30 de novembro de 2005

A ergonomia e o design de um pionés








Algumas coisas parecem perfeitas e impossíveis de modificar (pelo menos para melhor). Mas a Ideation Designs criou os Tak Brand Pushpins, um novo conceito de pionés, multifuncional, ergonómico e cheio de estilo. Ao que parece, tudo começou durante uma sessão de brainstorming em design industrial. O novo pionés tem 2 pins, em vez de um como os tradicionais, tem um arco, em forma de ferradura e tem também uma pega ergonómica. As vantagens destes pequenos novos pionés, segundo os seus criadores, são a sua maior facilidade de uso, o canal que permite a passagem de cabos e o seu duplo pin que impede os papéis de girar. A inovação tem feito furor, por esse mundo fora, tendo sido referida na impressa: The New York Times, Innovation Magazine, ID Magazine, Men's Journal, The Washington Post, DETAILS Magazine, The Boston Globe and Metropolis Magazine. Também já ganhou alguns prémios: IDEA Award, The I.D. Design Distinction Award, entre outras nomeações.

E é apenas um pionés!
É caso para dizer que o design não se mede aos palmos

29 de novembro de 2005

Visual information for everyday use

“The success of a (comunication) design depends on the coordination of the two sets of constraints: information with the appropriate means for action and the means for action with the appropriate information”.

Zwaga, H. J. G.; Boersema, T. & Hoonhout, H.C. M. editors. (1999), Visual Information for Everyday Use: Design and Research Perspectives. London: Taylor & Francis.

O conceito de informação está relacionado com o significado. Se organizarmos um conteúdo para que possa ser usado, pelas pessoas, para atingirem os seus objectivos, isso é informação. A organização desses dados irá evocar um significado para o utilizador. Será o significado, ou a falta dele, que determinará o que é útil e o que é apenas ruído.
A transmissão da informação, ao receptor, é a comunicação. Como não usamos a telepatia (alguns dizem que usam) temos que usar suportes que permitam a passagem da informação de mente para mente. É aqui que entra o designer de comunicação… o carteiro (como lhe chamou Corto). O problema é conceber de forma a que a interacção, homem-design, seja óptima...
A área do design de informação está em franco crescimento. Este livro discute a metodologia e a investigação realizada sobre o design de comunicação para uso público. Nele podemos encontrar uma panorâmica sobre o estado da arte de diversas áreas do design de informação, acompanhadas de diversos estudos de caso. O livro tem o contributo de diversos especialistas mundiais, sobre esta área interdisciplinar, do design de informação. Entre eles encontram-se ergonomistas, designers, psicólogos, entre outros. Os seus contributos reflectem a riqueza, a diversidade de preocupações e de abordagens desta área. São focados tópicos como formulários, tabelas, gráficos, mapas, instruções, pictogramas e avisos. Se querem ser carteiros/designers eficazes, então comecem por ler este livro!

28 de novembro de 2005

Abaixo as pás













O fim-de-semana trouxe a neve a vários concelhos do distrito de Viseu e à Serra da Estrela. As previsões apontam para mais dias de neve. Os promotores turísticos já esfregam as mãos de contentamento, pois os Lisboetas (e arredores) costumam fazer “expedições” à Serra da Estrela para ver nevar!
Até é giro ver a paisagem toda branca, praticar “Sku” e fazer guerras de bolas neve… Pois é, mas quando neva, ela cai em todo o lado, mesmo onde não devia. Limpar a neve, dos passeios e pátios, para além de cansativo, pode trazer problemas graves como, quedas, lesões nas costas, pneumonias, ou pior…Para minorar um pouco a dificuldade desta tarefa foi inventado o Wovel, que pretende destronar as velhinhas pás. O Wovel é uma engenhoca que consiste numa roda com uma enorme pá na ponta. A ideia é usarmos o peso do corpo para empurrar a neve, e limpar o terreno rapidamente, poupando as costas.

Pessoalmente até gostava de experimentar esta engenhoca para remover alguns “desperdícios” que me aparecem, ás vezes, pela frente! Também já estou a imaginar alguém, a aplicar esta ideia numa bicicleta e, criar uma nova modalidade tipo Snow/BMX!!!!

27 de novembro de 2005

26 de novembro de 2005

Design Quotes

“Good design is the most important way to differentiate ourselves from our competitors.”
CEO Yun, Samsung Electronics Co.

25 de novembro de 2005

O todo e as partes

Estes dois exemplos publicitários fizeram-me pensar sobre a percepção visual.

Lembrei-me dos psicólogos da Gestalt (palavra alemã que significa forma ou figura inteira) que defendem que a organização é uma característica essencial de toda a actividade cognitiva. Estes investigadores analisaram inúmeras qualidades da forma e propuseram algumas leis para explicar o modo como a percepção está organizada. Demonstraram, por exemplo, que objectos próximos entre si tendem a ser vistos como um todo (Lei da Proximidade); que quanto mais simétrica for uma região fechada, mais tende a ser vista como uma figura (Lei da Simetria); que quanto mais semelhantes forem os objectos, entre si, mais tendem a ser vistos como um todo (Lei da Semelhança) e que a organização que prevalece, do conjunto figura-fundo, é a que apresentar menores mudanças ou interrupções nas suas linhas (Lei da Boa Continuidade), entre outras.

Uma das ideias mais importantes da Teoria da Gestalt é que uma forma é perceptivamente sentida como uma gestalt intacta, coerente, um todo diferente da soma das suas partes. Isto significa que para percepcionar uma forma são mais importantes as relações, que se estabelecem entre os componentes das formas, do que os próprios elementos que a compõem.

24 de novembro de 2005

O novo velho!














Um antigo transístor, de nome Regency TR-1, tem andado ultimamente nas bocas do mundo. Este pequeno rádio, fabricado em 1954, foi na sua época uma inovação muito popular, tendo sido o primeiro rádio de bolso a ser comercializado. Cabia na palma da mão, era alimentado por pilhas e estava disponível em diversas cores. O seu slogan era: "See it! Hear it! Get it!".
Até aqui tudo pacífico... até o responsável pela análise da tecnologia na BBC, John Ousby, levantar enorme polémica ao compará-lo ao novo iPod Mini da Apple. As semelhanças óbvias, entre ambos os aparelhos, criaram grande frisson, especialmente, entre a comunidade Mac. Apesar da grande discussão, Ousby acredita que as semelhanças são mera coincidência.

Coincidência ou não, a questão é pertinente. Será que os designers são vulneráveis à influência das boas soluções? Ou os clássicos são, de facto, uma inesgotável fonte de inspiração?
Sempre serve de consolo saber que, até os grandes criativos, foram/são influenciados pelos seus grandes mestres. Talvez se possa concluir que nada é totalmente novo, que tudo tem raízes algures…
Afinal o que é uma inovação?

23 de novembro de 2005

Lights of the Future 2006

O Concurso Europeu de Design Lights of the Future 2006 , destina-se a empresas de iluminação e a designers que queiram apresentar peças, na área da iluminação, inovadoras e ao mesmo tempo comercializáveis. Será realizado no certame Light & Building, em Frankfurt, em Abril de 2006, onde serão expostas as peças a concurso e serão entregues os prémios (5000€).
A ficha de inscrição deverá ser enviada para AIPI, até 6 de Dezembro.
aipi@aipi.pt

22 de novembro de 2005

Inteligência visual

Hoffman, Donald D. (2000) Inteligência Visual. Como criamos o que vemos. Rio de Janeiro: Editora Campus.

"Você é um génio criativo. Seu génio criativo é tão completo que parece, a si e aos outros, que é algo que se realiza sem esforço. No entanto, supera todos os esforços mais importantes dos mais velozes super computadores actuais. Para invocá-lo, você só precisa de abrir os olhos". Donald D. Hoffman

É assim que a editora apresenta este livro:
“Já conhecemos o QI há muito tempo, e estamos começando a valorizar a inteligência emocional, mas há ainda outra dimensão fundamental da inteligência que dá forma à nossa experiência, envolve aproximadamente metade do córtex cerebral, e passa amplamente despercebida: nossa inteligência visual. Num estilo informal, o cientista cognitivo Donald Hoffman apresenta a evidência científica que se impõe acerca dos poderes construtivos da visão – um conjunto de regras que governam nossa percepção de linha, cor, forma, profundidade e movimento.
Fartamente ilustrada e acessível, baseada nos avanços mais recentes da pesquisa da visão, a obra conclui que a visão não é meramente um produto da percepção passiva, ela é um processo inteligente de construção activa. O que vemos é, invariavelmente, aquilo que nossa inteligência visual constrói”.

Donald Hoffman é professor de ciência cognitiva, filosofia e ciência de computação na Universidade da Califórnia, Irvine, podem encontrar alguns exemplos curiosos, sobre esta temática na página pessoal de Donald D. Hoffman

21 de novembro de 2005

Inteligência no estendal...

Não tem feito outro tempo, neste últimos dias, do que chover… Eu sei que a chuva faz bastante falta, mas que é aborrecido lá isso é! Especialmente para algumas tarefas que dependem do sol… como por a roupa a secar. Quantas vezes já nos aconteceu, perder imenso tempo a estender a roupa para, alguns minutos depois, ter de apanhar tudo a correr porque começou a chover? Tantas vezes que já aceitamos isso como uma fatalidade inevitável… ou não. Uma nova geração, de molas de roupa inteligentes, promete evitar que a sua roupa, recém lavada, apanhe chuva. Estas molas, que são capazes de prever o tempo, foram criadas por Oliver MacCarthy, um aluno finalista de design, da Universidade de Brunel. O recipiente das molas é sensível à pressão atmosférica e envia sinais eléctricos à mola que, em caso de chuva próxima (dentro de 30 min), se recusa a abrir. Desta forma não dá para pendurar a roupa no estendal...
Infelizmente o sistema não consegue proteger a roupa da chuva, depois de esta estar estendida, nem evitar que a roupa voe durante um forte temporal.

20 de novembro de 2005

19 de novembro de 2005

Design quotes

“The greatest challenge to any thinker is stating the problem in a way that will allow a solution.” Bertrand Russel

18 de novembro de 2005

O 50º aniversário da Miffy!









O DESIGN MINIMALISTA ESTÁ DE PARABÉNS!
Esta é uma singela homenagem ao designer holandês Dick Bruna, de Utrecht, cujo trabalho, ainda hoje, marca o imaginário infantil. Dick Bruna escreveu e ilustrou mais de 100 livros, que estão traduzidos em mais de 40 línguas, tendo vendido mais de 80 milhões de cópias em todo o mundo.
Muitos de nós temos boas recordações de infância onde aparecem as suas personagens: o cão corajoso “Snuffy”, a pequena porquinha “Poppy”, o urso “Boris” e sua namorada “Bárbara” e, o mais popular, a coelhinha branca “Miffy”, que nasceu em 1955.
O sucesso do design de Bruna reside, provavelmente, na simplicidade da sua linguagem, nos seus contornos simples, no desenho bidimensional, no uso das cores primárias.

No site oficial de Dick Bruna podem encontrar jogos, miffy song, postais electrónicos e um pouco da história de Dick Bruna e das suas personagens.
Vale a pena passar alguns momentos a navegar neste espaço e apreciar esta atmosfera tão relaxante e tão pura… e tão distante dos nossos dias actuais!
Obrigada La, pela dica…;)

17 de novembro de 2005

Artista e designer

Em relação a este post, aqui fica uma espécie de condimento para ajudar (ou confundir) a discussão.
Este post foi gamado daqui. Mas o propietário desse blog é um gajo porreiro e não se chateia com estes gamanços!

O artista trabalha com a imaginação e o designer com a criatividade. A imaginação é uma faculdade de espírito capaz de criar imagens mentais diferentes da realidade, imagens essas que podem ser irrealizáveis em termos práticos. A criatividade por seu lado, é uma capacidade produtiva em que a razão e a imaginação operam em conjunto, e da qual, por conseguinte, resulta sempre algo realizável.Com a imaginação, o artista, vê o que pensa, vê se o quiser, a obra já concluída. Noutros casos pode até ir trabalhando a sua obra mantendo sempre em alerta a fantasia, que lhe vai sugerindo os passos a dar, até que em certa altura o artista “sente” que a obra está concluída. Recorrendo à criatividade, o designer, após analisar o problema, procura uma síntese dos dados fornecidos a fim encontrar a melhor solução, uma solução que se quer inovadora e inédita. Pode dizer-se até que o artista por vezes menospreza o público, trabalhando para si próprio, enquanto que o designer trabalha para o agrado da sociedade. O designer tem que ser compreendido pelo público, enquanto que o artista, no campo da arte pura, pode fazer o que entender sem ter que se preocupar com o receptor das suas obras.O sonho de um artista é ocupar um lugar num Museu. O sonho de um designer é ocupar um espaço numa loja ou parede do seu bairro.

Adaptado de “Artista e Designer”de Bruno Munari

Ainda faço parte deste blog!

Se calhar era bom eu postar alguma coisa inteligente, não?
Tenho andado desaparecido, mas prometo que isto vai mudar!
Digo tanta treta nas aulas que depois falta-me inspiração para escrever...

Bad design: fritadeira

Pela primeira vez, neste blog, temos um post proposto por uma aluna de design. A Helena Ferreira trouxe-nos uma fritadeira que é um verdadeiro exemplo de mau design. Podemos constatar, pelas fotos que apresenta, que são diversos e graves os erros existentes, tal como passamos a identificar:

1 – O botão de comando possui 3 posições específicas, para três tipos de fritura, mas essas características são ilustradas unicamente com pictogramas. Como sabemos, os pictogramas não são uma solução universal, pelo que, seria útil a transmissão redundante da informação através de texto (no caso de dúvidas, só nos resta consultar o manual de instruções). Este botão não inclui a função “on-off, que também não existe em mais lado algum, pelo que a fritadeira apenas pode ser ligada e desligada com o cabo de corrente. Seria desejável a introdução de um botão, ou uma posição, para esta função.

2, 3, 4 – A tampa possui uma pequena reentrância, na frente, para a sua abertura mas, devido à sua reduzida dimensão, torna-se muito difícil o seu uso (sobretudo para aqueles com problemas articulares, pouca coordenação motora ou mãos grandes). Ao abrir a tampa, usando esta pega frontal, o braço do utilizador fica exposto directamente aos vapores escaldantes do óleo, podendo sofrer queimaduras.

5 – Existe uma pega, nas traseiras da fritadeira, que supostamente deve ser o sistema de abertura da tampa preferido (para evitar o referido nos pontos anteriores). Porém, aquilo que se constata é que esta pega não possui dimensão suficiente para funcionar correctamente. Para além disso, estando colocada atrás da fritadeira obriga a rodar o aparelho para lhe aceder, ou então, ao uso do aparelho posicionado lateralmente na bancada.

6 – A tampa possui umas ranhuras para saída do vapor do óleo, mas não permite qualquer visualização do seu interior, pelo que, para acompanhar a evolução da fritura temos que abrir a tampa.

7 – O contentor do óleo não é destacável da fritadeira, pelo que as tarefas de vazar o óleo usado e lavar a cuba ficam seriamente comprometidas.

8 – Não existe qualquer encaixe que permita colocar o cesto em suspensão, para o encher ou para escorrer o óleo dos alimentos fritos.

Como é possível um aparelho destes ter sido comercializado?...Temos a obrigação de desenvolver o nosso espírito crítico e capacidade de análise, como designers, ou como consumidores, para que não desperdicemos o nosso dinheiro em objectos que nos aborrecem, nos colocam em perigo e nos fazem sentir defraudados.
Recomenda-se, ao fabricante, que contrate, URGENTEMENTE, um bom designer!!! (posso recomendar alguns).
Obrigado Helena por nos teres dado esta oportunidade... pois este é um exercício que se deve fazer diariamente...

16 de novembro de 2005

Designers à conversa

Hoje decorre uma palestra com o tema: “O Designer Face à Sociedade”, no Porto, no Auditório Soares dos Reis, pelas 21.30h.
Estas palestras são promovidas pela Associação Portuguesa de Designers (APD), sob a designação de "Designers à Conversa".
As duas primeiras "conversas" já aconteceram (a primeira ocorreu no dia 28 de Setembro e teve como tema – "Jovens Designers: Como começar no Mercado de Trabalho”, e a segunda, que ocorreu no dia no dia 26 de Outubro, teve como tema – “O Ensino e o Designer. Comunicar o Design”), mas ainda vão a tempo de assistir às restantes. A tomar nota, os próximos temas serão:
- “O Estatuto Profissional do Designer”, no dia14 de Dezembro – Lisboa, SNBA ás 21h30.
- “O Designer e a Actividade Associativa” no dia 25 de Janeiro de 2006 – Lisboa, SNBA ás 21h30.
Eis uma iniciativa louvável, que visa proporcionar uma melhor perspectiva a quem se inicia na profissão, mas que Infelizmente passou despercebida a muita gente.

15 de novembro de 2005

Arte ou Design? eis a velha questão...

Calvera, Anna (Ed.) (2003),
Arte? Diseño? Barcelona: Editorial Gustavo Gilli.

“Nuevos capítulos en una polémica que viene de lejos”… É assim que começa este pequeno livro, muito interessante, que pretende ser um espaço de reflexão sobre a relação do design com a arte. Esta é uma questão inerente, pertinente e inevitável para o design. Neste livro é dado especial relevo à área do design gráfico (visual) e suas ténues fronteiras com a arte. Os capítulos são redigidos por diversas personalidades da área do design e das artes plásticas, de todo o mundo, como Bruno Munari, Yves Zimmermann, Óscar Salinas, Roxana Meygide, Francisco Providência, entre outros.

A não perder... infelizmente só disponível na lingua de nuestros hermanos.

14 de novembro de 2005

Terei o peso ideal?















O que é o Índice de Massa Corporal (IMC)?
O IMC é um método, fácil, para obter uma indicação se está abaixo do peso, no peso ideal, acima do peso ou obeso. É apenas uma indicação, não é totalmente rigoroso...

A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é:
IMC = peso / (altura)2

Como sei se estou com o peso ideal?
A Organização Mundial de Saúde usa um critério simples de categorização:

IMC em adultos
abaixo do peso: abaixo de 18,5
no peso normal: entre 18,5 e 25
acima do peso: entre 25 e 30
obeso: acima de 30

Podem calcular o vosso IMC no site: emagreça com saúde

The "Big-Shoe" is watching you!










“As estatísticas dizem que, a nível nacio­nal, 31,5% das crianças entre os 9 e os 16 anos são obesas ou sofrem de excesso de peso. E daqui sobressai uma conclusão: é preciso agir. Caso contrário, a já ameaçada esperança média de vida destes miúdos vai ser ainda mais curta do que aquela que a geração dos pais tem neste momento” in Médicos de Portugal

Gillian Swan é aluna de Design, da Universidade de Brunel, em Londres, e decidiu por o design ao serviço da saúde pública ao criar os “square-eyes”, que são uma inovação que pretende combater os efeitos do sedentarismo. Abaixo os corpos e mentes quadrados, é o lema destes sapatos que têm um pedómetro embutido na sola. Este dispositivo conta os passos do seu utilizador e, através de um pequeno transmissor, envia os dados para o televisor lá de casa. O que é que isto tem fantástico? É que o televisor só permanecerá ligado durante o mesmo tempo que o indivíduo gastou em actividade física…

Pois é, embora a autora tenha direccionado o seu projecto para o combate à obesidade infantil, eu acho que ele pode ser útil a muita gente adulta.
Em todo o mundo existem 300 milhões de obesos e em Portugal são 1,5 milhão!!!

13 de novembro de 2005

12 de novembro de 2005

Design quotes

“Like all forms of design, visual design is about problem solving, not about personal preference or unsupported opinion.”
Bob Baxley, 2003

11 de novembro de 2005

Tecnologias de informação e comunicação sem barreiras

Todos estamos de acordo sobre a importância da usabilidade e acessibilidade para a melhoria das condições de vida das populações. Porém, demonstrar alguma sensibilidade não basta. Como designers compete-nos lutar, activamente, contra a “info-exclusão” ou a “e-exclusão” (exclusão do mundo das tecnologias de informação e comunicação). O primeiro passo deve ser, exactamente, na realização de projectos que respeitem as orientações de usabilidade e acessibilidade existentes.

O problema não é encontrar erros no nosso projecto, o problema é não reconhecer a necessidade de os corrigir…e não saber como corrigi-los.

Para superar esta dificuldade, existem diversas ferramentas, gratuitas na Net, que permitem avaliar a acessibilidade dos conteúdos da Web. Um dos avaliadores clássicos, e o mais famoso, é o Bobby, que está disponível no site da WatchFire. Podem encontrá-lo com o nome WebXact da WatchFire, ou no site da acesso, entre outros recursos semelhantes.
As recomendações da W3C's Web Content Accessibility podem ser consultadas , em português, numa tradução realizada pela Universidade de Trás os Montes e Alto Minho e que é parte integrante do MANUAL DIGITAL . Este manual digital é uma ajuda preciosa para estes casos, pois reúne programas na área da acessibilidade (ao computador e à Internet) e ergonomia. A vantagem é que estão incluídas explicações muito simples e ferramentas que, na grande maioria, estão disponíveis gratuitamente on-line.

O símbolo da acessibilidade (fechadura), criado pelos Estúdios Stormship de Boston, Massachusetts, deve ser aplicado nos sítios Web que contêm funcionalidades de acessibilidade que vão ao encontro das necessidades dos utilizadores com deficiências. A utilização do símbolo é gratuita, pelo que, não nos fornece nenhuma garantia que a sua aplicação é adequada. É por isso fundamental que os cibernautas tenham um espírito crítico, denunciando eventuais usos indevidos, mas também estimulando a correcção dos erros detectados e sugerindo eventuais modificações.
Antes de afixar o símbolo de acessibilidade, devem pedir à equipa do Programa ACESSO da UMIC que verifique a acessibilidade do site. Dessa forma, para além da certeza de que cumprem os requisitos necessários para ostentar o símbolo de acessibilidade, passam também a figurar na Galeria da Acessibilidade Web.

Somos designers, e também utilizadores, profissionais ou "experts", não podemos continuar a alimentar a imagem de criativos ao serviço da especulação, da moda, da estética e do "giro"...

10 de novembro de 2005

Lillian Moller Gilbreth

Lillian Moller Gilbreth(1878-1972) é considerada, por alguns, a primeira ergonomista da história. Esta mulher, que trabalhou até aos 90 anos, mãe de 12 filhos, destacou-se pela sua tenacidade e vontade de vencer num mundo hostil para as mulheres. Foi investigadora, professora, consultora para a indústria e para o governo. Gilbreth estudou literatura inglesa, mas a sua grande paixão de sempre foi a psicologia, área na qual obteve o doutoramento em 1915.

Lillian dedicou grande parte da sua vida a estudar a “melhor forma” de desempenhar uma tarefa, para aumentar a eficiência e a produtividade na indústria. As suas propostas científicas foram aplicadas na empresa do seu marido, mas também na sua própria casa, transformando-a numa mini-industria. Os Gilbreth filmavam, planeavam e controlavam as actividades domésticas e o orçamento familiar, para posterior análise das estratégias escolhidas, tentando optimizar os processos.
Na sua dissertação de doutoramento – Psychology of Management – Lillian defendeu a importância das relações humanas e das diferenças individuais, psicológicas e fisiológicas, entre trabalhadores. As noções de justiça e felicidade também foram incluídas nas suas análises e interpretação da gestão científica.
O que torna as ideias de Gilbreth tão especiais é o facto de ter sido a primeira a integrar a psicologia na gestão industrial.

As ideias de Gilbreth também foram aplicadas noutros contextos, fora da indústria, por exemplo desenvolveu técnicas cirúrgicas mais eficazes e métodos de reabilitação de pessoas com handicaps físicos. Durante a Grande Depressão ajudou o presidente Hoover a encontrar soluções de emprego e durante a II Guerra Mundial foi consultora do governo, ajudando a pensar as bases militares e as indústrias de armamento. Mas Gilbreth continuou sempre o seu estudo da melhoria das condições de trabalho das donas de casa americanas, tentando encontrar formas de poupar tempo e energia nas tarefas domésticas.
Algumas das suas criações são o balde do lixo com tampa de pedal e as prateleiras dentro das portas do frigorífico.

9 de novembro de 2005

O poder da mente

M473M471C0 (53N54C1ON4L):
4S V3235 3U 4C0RD0 M310 M473M471C0
D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 M3 P0NH0 4 P3N54R 3M NUM3R05,
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 R4C10N4L.
540 5373 D1550, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505
H1NDU-4R481C05

Pode não resultar à primeira, mas ao fim de várias leituras o texto fica compreensível.
Fantástico, não é? Mais fantástico é saber porque isto acontece!
Isso fica para uma próxima...

8 de novembro de 2005

Introduction to ergonomics
















Bridger, Robert S. (2003). Introduction to Ergonomics. 2ª edição. CRC Press. ISBN: 0415273781

O livro Introduction to Ergonomics foi revisto e melhorado numa nova edição mas, tal como o nome indica, continua a ser um livro de introdução à ergonomia, aos seus princípios fundamentais e suas áreas de intervenção. Os capítulos iniciais do livro apresentam os fundamentos da anatomia e fisiologia o que permite, ao leitor leigo, compreender os conteúdos apresentados com facilidade. O livro aborda tópicos como a antropometria, biomecânica, design de postos de trabalho, trabalho em escritórios, manuseamento e transporte de cargas, fadiga e stress, design de displays e comandos, ergonomia cognitiva, interacção homem-máquina, sistemas de informação, erro humano, organização do trabalho, entre outros.
É um livro de referência para estudantes, professores ou formadores.
Pessoalmente, acho que é um óptimo livro, apesar de não ter ainda visto a nova edição...

Concurso de design inclusivo

A Handitec francesa promove um concurso, internacional, de inovação. Este concurso destina-se a todos os profissionais e estudantes de arquitectura, design, artes aplicadas e electrónica, que apresentem um projecto que possa facilitar a vida de pessoas com incapacidades motoras, cegos ou amblíopes.
Se a temática não é suficiente para vos cativar, talvez o valor do prémio o faça: 5500€
A data limite de envio da documentação é 1 de Março de 2006: handitec2@handitec.com

7 de novembro de 2005

Via Verde

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O sistema Via Verde foi desenvolvido por investigadores da Brisa. A Via Verde foi introduzida em 1991, tendo sido revisto o sistema em 1995 e alargado a todas as auto-estradas do país.
Foi uma invenção portuguesa que foi distinguida a nivel internacional com prémios.

E de repente temos mais trânsito nos acessos da Via Verde!
Há uns anos atrás, de Lisboa para o Algarve saía-se na Marateca equem tinha Via Verde era um tirinho, quem não tinha gramava ali umas horas na portagem. E acreditem eram mesmo horas!

"Ganda" balde!
















É última moda para o banho dos bebés, no Reino Unido vende-se a uma velocidade tal que chegam a ser vendidos 100 por dia. O nome oficial deste gadget é TummyTub e é uma “banheira” para bebés concebida, na Holanda, há mais de uma década. Segundo os seus autores, facilita a transição do útero materno para o novo mundo. Os bebés, dentro deste recipiente, adaptam-se facilmente à posição fetal e permanecem calmos e relaxados. O plástico usado é transparente, para facilitar a visualização do bebé, não é tóxico e é reciclável. Não existem arestas cortantes, a sua base é anti-derrapante e o centro de gravidade, colocado muito em baixo, permite uma grande estabilidade e segurança. O facto de ser um reservatório de reduzidas dimensões permite poupar água e energia, mantendo-a quente durante cerca de 20 minutos. Mesmo quando está cheio é fácil de transportar, não só pelo seu reduzido peso, mas também porque têm uma pega ergonómica.

Para mim parece-se demasiado com um balde e é produzido tal qual um balde, mas custa a módica quantia de £20 (cerca de 30€). Enquanto a moda não chega a Portugal podem comprar, na feira mais próxima, um baldito transparente por cerca de 1,50€… Não me interpretem mal, eu sou a favor dos bebés, sou a favor do bom design e da ergonomia mas, parece-me espantoso o poder do marketing …Haja euros!!!

6 de novembro de 2005

5 de novembro de 2005

Design quotes

“Design is a plan for arranging elements in such a way as best to accomplish a particular purpose”.
Charles Eames / Eames Foundation

4 de novembro de 2005

Concurso Super Bock











A Super Bock e a Experimentadesign 2005 lançam um novo desafio aos designers portugueses: a criação de um novo copo de cerveja, inovador e arrojado, e a criação e desenvolvimento dos respectivos suportes de comunicação .

A solução deve basear-se na marca e o resultado deve ir além do convencional (seja lá o que isso for...).

As inscrições, abertas a designers profissionais e estudantes, decorrem até 15 de Novembro.

Para mais esclarecimentos podem consultar o regulamento disponível, no site da marca , ou pedir informações para o endereço seguinte: info@superbock.pt

3 de novembro de 2005

Ajudas à comunicação







Imaginem que necessitam de deixar uma mensagem, para alguém que é cego, disléxico ou analfabeto.Como é que resolviam essa situação?........... Pois é, não é fácil encontrar uma solução satisfatória. Contudo, a empresa sueca Libego, desenvolveu o VoiSec, que é um gravador minúsculo (parece um botão) que permite gravar, guardar e reproduzir pequenas mensagens faladas. Um autêntico “Post-It falante” que pode ser colado a qualquer coisa.
Diversas ajudas para a comunicação, como esta, são comercializadas em Portugal pela Anditec , que é uma empresa exclusivamente dedicada às Tecnologias de Apoio representando, no nosso país, marcas e produtos oriundos dos países mais desenvolvidos neste domínio, que vale a pena conhecer.

2 de novembro de 2005

Lentes de contacto

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Parece mentira mas o primeiro desenho de uma lente de contacto foi feito por Leonardo Da Vinci, em 1508, mas é a René Descartes que se deve a ideia de colocar uma lente directamente sobre a superfície da córnea. No entanto, a lente de contacto só começou a se utilizada sobre a córnea no ano de 1888, com os desenhos de Adolf Finck.

E agora bebemos café sem embaciar os óculos e beijamos sem ter as cangalhas a atrapalhar os movimentos. Fantástico, não?
E pensar que no séc. XVI, Da Vinci, começou a pensar nisso...

Bodyspace

Pheasant, Stephen (1996). Bodyspace: Anthropometry, Ergonomics and the Design of the Work . 2ª Edição. CRC Press.

O Bodyspace tem sido um dos livros mais usados, nos últimos anos, pela comunidade de designers de todo o mundo e recomendado pela maioria das instituições de ensino. Este livro aborda a problemática da concepção de espaços e produtos numa perspectiva do design ergonómico. O livro fornece, não só uma ampla gama de dados antropométricos mas também considerações ergonómicas e explicações sobre como os usar.
Os conteúdos são: PARTE I – Ergonomia, Antropometria e Design do trabalho – Introdução; Princípios e prática da antropometria; Design do local de trabalho; Sentar e assento; Mãos e manípulos; Ergonomia no escritório; Ergonomia em casa; Saúde e Segurança no trabalho; PARTE II – As tabelas do espaço corporal – Diversidade humana; Dados antropométricos; Resumo matemático de Antropometria.

Um livro indispensável na biblioteca de qualquer designer!

1 de novembro de 2005

Vemos o que queremos...

O tema da semana em design bidimensional é a visão.
Como é que funciona a visão humana? Como é que o olho humano vê? Porque é que algumas pessoas vêem melhor do que outras? Porque é que algumas pessoas necessitam de usar óculos? Porque é que algumas letras são ilegíveis a certas distâncias? Existem orientações para o facilitar a legibilidade? Estas serão algumas das perguntas mais frequentes que colocarão sobre a visão humana. Podemos encontrar algumas das respostas no site da Webvision e também nas próximas aulas.

Os olhos, são dos órgãos mais importantes do corpo pois, permitem-nos ver o mundo. Grande parte do conhecimento é adquirido através da visão mas, na realidade, não vemos com os olhos mas sim com o cérebro. Os olhos são as portas da mente, são apenas o início de todo o processo da visão.

A visão é uma construção!

O dia que mudou Lisboa

Faz hoje 250 anos que ocorreu o Terramoto de Lisboa (1 de Novembro de 1755). Não é uma data que mereça ser festejada, ou que devesse ser feriado nacional, mas pela sua dimensão e significado merece ser recordada porque este dia acabou por ser, de forma trágica e cruel, um factor de progresso. A Lisboa pombalina transformou-se na cidade mais moderna da época.
Calcula-se que o terramoto tenha destruído um décimo das casas da cidade, o tsunami terá entrado cerca de 250 metros dentro de terra e o incêndio, que se seguiu, queimou bairros inteiros. Enquanto o rei e a corte “acampavam” no Real Abarracamento, o Marquês de Pombal, de nome Sebastião José de Carvalho e Melo liderou a reconstrução da cidade ainda nesse ano. Livraram-se, rapidamente, dos mortos enterrando-os, ou lançando-os ao mar e começaram a cuidar dos vivos. A nova cidade foi pensada tendo em mente a higiene e a limpeza, como factores de saúde pública. O arejamento e a luz foram considerados factores importantes para tornar as zonas urbanas menos vulneráveis ás doenças.

A construção dos prédios passou a adoptar a, célebre e inovadora, estrutura da “gaiola pombalina” como solução anti-sísmica, felizmente, nunca seriamente testada até hoje (e espera-se que por muitos mais anos).
Actualmente continuamos sem saber o que acontecerá aos edifícios se o terramoto se repetisse. Uma empresa portuguesa, a Vítor Cóias e Silva, desenvolveu uma tecnologia contra sismos inovadora. O projecto, testado no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), é inovador no sentido em que aposta no reforço dos edifícios construídos em alvenaria e madeira, alterando o mínimo na estrutura já existente. Esta solução aplica novos materiais, compósitos e fibras sintéticas, de alta resistência, em vez do betão armado. O desafio está lançado, é crucial aplicar esta nova tecnologia aos edifícios.