29 de fevereiro de 2008

Guia de estilos para trabalhos académicos



O link desta semana é para o
"Chicago Manual of Style Online" que, tal como o nome indica, é um guia de estilos, online, indispensável para quem tem que escrever trabalhos académicos. Destaco, especialmente, "Chicago-Style Citation Quick-Guide".

28 de fevereiro de 2008

Sinais dinâmicos

As novas tecnologias, nomeadamente, os displays com luzes LED estão cada vez mais acessíveis e baratos. Daí, o seu uso cada vez mais generalizado. Uma aplicação, muito interessante, das novas tecnologias ocorre no âmbito dos sinais e avisos. Aquilo que, anteriormente, se fazia recorrendo a imagens impressas, hoje, pode ser feito em painéis dinâmicos de luzes. Este tipo de avisos possui várias vantagens sobre os seus antecessores estáticos. Uma delas é a possibilidade de serem accionados apenas quando necessários, o que reduz a habituação e a consequente perda de interesse. Por outro lado, sendo dinâmicos, podem adaptar-se ás condições ambientais e serem personalizados, ou seja, serem directamente pensados para cada utilizador, tomando em consideração as suas características individuais, seus conhecimentos e experiências.

Imaginem a seguinte situação: estão a conduzir, em excesso de velocidade e, num painel luminoso da via em que circulam, surge um aviso dizendo que vocês estão em transgressão. Mas, esse aviso surge personalizado, ou seja, com a matrícula do vosso veículo. Assustador, não? Será, certamente, muito mais difícil ignorar esse aviso.

Contudo, este tipo de solução também pode ser aplicada de uma forma maliciosa e brincalhona. Foi o que aconteceu num clube nocturno de Malmo onde, estes displays foram usados para identificar as casas de banho. A imagem exibida, que indicava Homens ou Mulheres, pode ser alterada ao ritmo da entrada e saída dos utilizadores.

Escusado será dizer que ocorreram imensas situações hilariantes, que foram captadas por uma câmara escondida.

Links (2º e 3º vídeos): Ladies and Mens Room Mixup.

27 de fevereiro de 2008

Ergoshow

No próximo dia 5 de Março de 2008 decorrerá, no Salão Nobre da Faculdade de Motricidade Humana, o lançamento do programa Ergoshow.

O Ergoshow, patrocinado pela Autoridade para as Condições do Trabalho e desenvolvido no Laboratório de Ergonomia da Faculdade de Motricidade Humana (FMH),da Universidade Técnica de Lisboa consiste em 2 produtos multimédia, de carácter pedagógico, destinados a um público em idade escolar, com o objectivo de contribuir para a melhoria da qualidade da formação e para a sensibilização para as questões da saúde e segurança do trabalho:

O Ergoshow 1 - Movimentação Manual de Cargas e Trabalho Sentado”, foi pensado para jovens dos 8 aos 14 anos e trata de assuntos relacionados com transporte, manipulação de cargas e trabalho sentado. Neste jogo, uma mascote – o Bone (esqueleto adolescente) dá, aos jovens, noções sobre o funcionamento da coluna vertebral, do sistema músculo-esquelético e do sistema circulatório. Depois, na forma de um questionário, a aquisição desses conhecimentos vai sendo verificada, como se de um jogo se tratasse.


O Ergoshow 2 - “Fábrica Segura e Saudável: O armazém”, foi pensado para jovens dos 15 aos 18 anos e aborda os riscos associados ao trabalho em armazéns. Os conteúdos são transmitidos inseridos num jogo, onde o objectivo é vencer (apreender os conteúdos). Neste jogo, o participante começa a trabalhar, numa fábrica de bicicletas, nos sectores mais básicos, como o armazém e pode ir subindo na hierarquia, até à chefia, através da aquisição de formação nas áreas da Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Para este jogo foram criadas três personagens paradigmáticas: a Dra. Gabi (ergonomista), o Nuno (colaborador mais antigo na fábrica) e o Quim (colaborador mais recente) que vão passar por diversas situações de trabalho, com mais ou menos perigo associado, onde os problemas são relatados e explicados.


A opção por meios multimédia, para transmitir conteúdos da Ergonomia, Segurança e Saúde no Trabalho é justificada pela grande popularidade que os jogos computorizados têm entre os mais jovens. Quanto à metodologia, usada para o desenvolvimento deste projecto, esta assentou no Design Participativo e no Design Centrado no Utilizador. Para saber mais, sobre este projecto, poderão ler o artigo intitulado “Ergoshow – Sistemas Multimédia para Formação de Jovens nas Temáticas da Ergonomia, Segurança e Saúde no Trabalho”, apresentado no Abergo 2006.

O programa do evento de lançamento do Ergoshow é o seguinte:

14h30 - Recepção aos participantes e entrega de documentação

15h00 - Sessão de abertura (Prof. Doutor Alves Diniz, Presidente do Conselho Directivo da FMH-UTL e Dr. Paulo Morgado de Carvalho, Inspector-Geral do Trabalho, ACT)

15h20 - A Ergonomia na formação na área de SHST (Prof. Doutor Domingos Carvalhais - FMH-UTL)

15h40 - Apresentação do Ergoshow (Prof. Doutor Francisco Rebelo - FMH-UTL)

16h20 - Espaço para questões

16h45 - Sessão de Encerramento (Dr. Paulo Morgado de Carvalho, Inspector-Geral do Trabalho, ACT e Prof. Doutor Fernando Ramôa Ribeiro, Reitor da UTL)

As inscrições são gratuitas e limitadas à capacidade do salão nobre. Será distribuída documentação pelos participantes.

Poderão obter AQUI, no Portal da ACT, a versão electrónica da ficha de inscrição.

Informação sobre formas de acesso à Faculdade de Motricidade Humana:
Morada: Estada da Costa – Cruz Quebrada | 1495-688 Cruz Quebrada – Dafundo
De comboio: Estação da Cruz Quebrada (Linha de Cascais)
De autocarro: Autocarro da Carris n.º 76 (de Algés)

A não perder!...


26 de fevereiro de 2008

Cobertura para portáteis

Trabalhar no portátil no exterior coloca algumas dificuldades, nomeadamente, no que diz respeito aos agentes climatéricos, poeiras, iluminação e reflexos no ecrã.



Para tentar solucionar estes problemas têm surgido, no mercado, diversas soluções mais, ou menos, criativas. Vejamos algumas...

Se houver necessidade de uma protecção global, a opção poderá recair em produtos como o LapDome, uma de verdadeira tenda para o vosso computador.

Se o problema for, apenas, os raios solares e os reflexos no ecrã, então, a solução poderá assumir a forma de um feminino leque colorido como o Lapstix.


Qualquer uma delas é bastante ridícula e pouco funcional.
Haverá, certamente, soluções mais interessantes para este problema… o que vos parece?

Aqui está um bom tema para um concurso de ideias...


25 de fevereiro de 2008

Rapidinhas...


Hugo Create

O concurso internacional HUGO Create, promovido pelo HUGO Fragances, desenvolve-se em 4 etapas. Na primeira etapa os designers são desafiados a conceber um poster para e inspirado no, bem conhecido, frasco de perfume HUGO. Esta fase termina a 5 de Março de 2008 mas, o resto, decorre até Dezembro de 2008.



Power to the Pedal

O concurso internacional “Power to the pedal: Design na acessory for the bicycle”, promovido pelo Design 21, procura ideias inovadoras para acessórios de bicicleta, que estimulem o uso deste meio de transporte bastante saudável e ecológico. O prazo para submissão de trabalhos termina a 30 de Abril de 2008.



6 Nagoya Design Do!

O “6 Nagoya Design Do!”é um programa, que também assume a forma de concurso bianual, concebido para dar oportunidades aos jovens designers, de desenvolverem as suas capacidade e trocarem ideias entre si. Os seleccionados terão oportunidade de participar num workshop, em Nagoya, Japão, e entrarão automaticamente para a base de dados Nagoya Brain. O prazo para candidaturas termina a 30 de Abril de 2008.


Adobe Design Achievement Awards

Estão abertas as submissões de trabalhos ao 8º concurso “Adobe Design Achievemnt”. Este concurso internacional visa distinguir os melhores e mais promissores alunos de design gráfico, entre outras áreas criativas. O prazo para candidaturas termina a 2 de Maio de 2008.


Electrolux Design Lab 2008

Já está a decorrer o prazo de submissão de trabalhos à 6ª edição do concurso anual de design, promovido pela Electrolux, Electrolux Design Lab 2008. A edição deste ano é dedicada ao futuro próximo (2 a 3 anos) no âmbito da confecção, armazenamento e lavagem da comida. O prazo para candidaturas termina a 30 de Maio de 2008.


24 de fevereiro de 2008

23 de fevereiro de 2008

Design quotes

“It used to be that designers made an object and walked away. Today the emphasis must shift to designing the entire life cycle.”

Paul Saffo.


22 de fevereiro de 2008

Ergonomic Times



O site
Ergonomic Times é uma loja, on-line, de produtos vulgarmente designados por ergonómicos. Nela podemos encontrar ratos, teclados, mobiliário e outro equipamento diverso que têm, como denominador comum, a ergonomia. Na verdade estamos a falar de soluções pensadas para evitar o desconforto e as lesões promovendo, ao mesmo tempo, a segurança e a eficácia. Estes produtos resultaram de um processo de concepção multidisciplinar fundamentado em conhecimentos científicos relativos ao Homem. O site oferece ainda diversos links, bibliografia e informação diversa.

21 de fevereiro de 2008

Product Experience

Schifferstein, Hendrik N. J. & Hekkert, Paul [Editors] (2007). Product Experience. Elsevier Science; 1 edition (November 26, 2007). ISBN-13: 978-0080450896

O livro “Product Experience” apresenta uma súmula das mais recentes pesquisas efectuadas sobre o uso, a experiência, as emoções e o conhecimento humano dos produtos, sejam eles duráveis, efémeros ou virtuais. A abordagem efectuada é muito ampla e abrangente, construindo pontes entre áreas diversas, todas elas preocupadas com a usabilidade dos produtos.

Questões da psicologia como a percepção, a cognição e as emoções, são relacionadas com design de produto, a interacção homem-computador e o marketing. Pesquisas efectuadas sobre esta temática nas áreas da Arte, da Tecnologia, do Marketing e da Ergonomia são discutidas. O produto é analisado segundo diversas vertentes, numa perspectiva global, mais ampla do que o próprio produto em si mesmo. São analisadas as questões da estética, do design, da ergonomia, da usabilidade, do respeito pelas capacidades e habilidades humanas, do entretenimento, da marca, do consumo e da embalagem.

Índice:

Part I: From the human perspective

IA. Senses
1. On the visual appearance of objects (Harold T. Nefs)
2. The tactual experience of objects (M.H. Sonneveld and H.N.J. Schifferstein)
3. The experience of product sounds (R. van Egmond)
4. Taste, smell and chemesthesis in product experience (Armand V. Cardello and Paul Wise)
5. Multisensory product experience (H.N.J. Schifferstein and C. Spence)

IB. Capacities & skills
6. Human capability and product design (John Clarkson)
7. Connecting design with cognition at work (David D. Woods and Axel Roesler)
8. Designing for expertise (Axel Roesler and David D. Woods)

Part II: From the interaction perspective

9. Holistic perspectives on the design of experience (Gerald C. Cpuchik and Michelle C. Hilscher)
IIA. The aesthetic experience
10. Product aesthetics (P. Hekkert and Helmut Leder)
11. Aesthetics in interactive products: correlates and consequences of beauty (M. Hassenzahl)
IIB. The experience of meaning
12. Meaning in product use - a design perspective (Stella Boss and Heimrich Hanis)
13. Product expression: bridging the gap between the symbolic and the concrete (T.J.L. van Rompay)
14. Semantics: meanings and contexts of artefacts (Klaus Krippendorff and Reinhart Butter)

IIC. The emotional experience
15. Product emotion (P.M.A. Desmet)
16. Consumption emotions (Marsha L. Richins)

IID. Specific experiences and approaches
17. Product attachment: design strategies to stimulate the emotionalJan P.L. Schoormans, and Hendrik N.J.Schifferstain)
18. Crucial elements of designing for comfort (Peter Vink and MIchiel P. de Looze)
19. Co-experience: product experience as social interaction (Katja Battarbee and Ilpo Koskinen)
20. Affective meaning: the Kansei Engineering approach (Simon Schutte, Jorgen Eklund, S. Ishihara, and M. Nagamachi)

Part III: From the product perspective

IIIA. Digital products
21. The useful interface experience: the role and transformation of usability (John M. Carroll and Helena M. Mentis)
22. The experience of intelligent products (David Keyson)
23. The game experience (Jeroen Jansz)

IIIB. Non-durables
24. Experiencing food products within a physical and social context (Herbert Meiselman)
25. The mediating effects of the appearance of nondurable consumer goods and their packaging on consumer behavior (Larry Garber, Eva M. Hyatt, and Unal O. Boya)

IIIB. Environments
26. Office experiences (Christina Bodin Danielsson)
27. The shopping experience (Ann Marie Fiore)
Closing reflections (H.N.J. Schifferstein and P. Hekkert)

Mais informação no No Google books

20 de fevereiro de 2008

Museu Nacional de Arte Contemporânea - Chiado




"Revolução cinética"

14 Março – 16 Junho
Inauguração: 13 Março. Quinta-feira. 19.00h


A arte cinética baseia-se, sobretudo, numa utopia: levar a arte à vida. De facto, ela foi uma das correntes artísticas que mais se aproximaram dessa meta, graças à influência que teve na sociedade, como fonte de inspiração em terrenos tão diferentes como a indústria da moda, a criação arquitectónica, o mundo dos media e a criação gráfica.

O público tem a possibilidade de se movimentar no interior das obras, de interagir com elas, de as apreender, de se perder nelas, de se misturar com elas. Enquanto elemento fundador do movimento o público converte-se em autor da obra. Efectivamente, a obra necessita dos olhos do espectador para estar «viva» e poder alargar todo o seu sentido, a sua expressão: se ninguém passar diante dela, mesmo que fugazmente, nenhum movimento se produz.

Na origem desta utopia existiu um acontecimento fundamental: a exposição Le Movement, na Galerie Denise René, em 1955. Victor Vasarely, que tinha obras suas em exposição, foi o instigador. Essa exposição foi um acontecimento fundamental da história da arte do pós-guerra. Obras de Marcel Duchamp e Victor Vasarely, pioneiros do movimento, confrontavam-se com os trabalhos de jovens artistas como Yaacov Agam, Pol Bury, Jesús Rafael Soto e Jean Tinguely. As obras expostas representavam o movimento, alegórica ou realmente. Dez anos mais tarde chegaria uma espécie de consagração, com a exposição The Responsive Eye no Museum of Modern Art de Nova Iorque. Foi a propósito desta exposição que o crítico de arte norte-americano Lawrence Alloway empregou o termo Op Art, num artigo publicado no Times. Este foi, em todo o caso, o momento culminante da arte cinética; chegou a crer-se, brevemente, que ela iria destronar a Pop Art. Mas este pico da arte cinética foi também o seu canto do cisne.


artistas
Nadir Afonso . Yaacov Agam . René Bertholo . Martha Boto . Pol Bury . Carlos Cruz-Diez . Hugo Demarco . Ángel Duarte . Marcel Duchamp . Equipo 57 . Darío Pérez Flores . Karl Gerstner . Eduardo Nery . Julio Le Parc . António Pedro . Bridget Riley . Artur Rosa . Horacio García Rossi . Pierre Rovère . Nicolas Schöffer . Eusebio Sempere . Paul Sharits . Francisco Sobrino . Jesús Soto . Joël Stein . Jean Tinguely . Gregorio Vardanega . Victor Vasarely . Dominique Willoughby . Jean-Pierre Yvaral

Curador: Emmanuel Guigón, director do Musée dês Beaux-Arts et Archéologique de Besançon

patrocínio:



Sabiam que... # Chindogu Design

# Sabiam que o Chindogu é o termo atribuído a um tipo de actividade criativa, que pode ser enquadrada no âmbito de design de produto, criada no Japão e que se dedica a criar soluções estapafúrdias para problemas do quotidiano?

A tradução literal da palavra Chindogu reforça essa noção de design desnecessário: “Chin” significa estranho, ou pouco comum, e “dogu” significa ferramenta.

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O pai do termo Chindogu foi Kenji Kawakami, um inventor e escritor Japonês, autor de diversos livros sobre esta questão como, por exemplo, “ 101 Unuseless Japanases Inventions: The Art of Chindogu”. Contudo, soluções idiotas e loucas sempre existiram, a novidade aqui é a ideia de conceber, com intencionalidade, soluções que irão criar mais problemas do que aqueles que se propõem resolver.

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Na verdade, as soluções criadas, segundo a filosofia do Chindogu, são tão absurdas que ninguém, no seu perfeito juízo, se atreverá a usá-las. E, se o fizer, irá experimentar, certamente, grandes dificuldades. No entanto, apesar de o Chindogu não se destinar a ser usado com o mero propósito da sátira, essa, parece ser a sua função natural mais óbvia.


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Apesar de ser conceptualmente livre e de se dedicar a ridicularizar o mais simples bom-senso, o Chindogu assenta em 10 princípios básicos, que devem ser respeitados:


1) Um Chindogu não se destina a uso real;

2) Um Chindogu tem que existir;

3) O espírito de anarquia é inerente a cada Chindogu;

4) Os Chindogus são ferramentas para a vida quotidiana;

5) Os Chindogus não são para venda;

6) O humor não deve ser a única razão para criar um Chindogu;

7) Um Chindogu não é propaganda;

8) O Chindogu não pode ser um taboo;

9) Um Chindogu não pode ser patenteado;

10) Um Chindogu é-o sem preconceitos.


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Na minha opinião, o Chindogu, pode ser uma excelente forma de criticar o consumismo, a obsolescência, o design fácil e inconsequente, assim como, a ideia de que é possível facilitar a vida comprando mais uma engenhoca qualquer. Por isso, apesar de algumas das soluções criadas no espírito Chindogu serem verdadeiramente hilariantes, eu não considero esta questão um mero divertimento. Se levada a sério, esta forma de encarar o design, pode ser muito produtiva. Especialmente como ferramenta para estimular a imaginação e a criatividade dos designers, ou, para salientar aspectos ridículos da nossa vida, que nem sempre são criticados como merecem.


O Chindogu é, por isso, uma ferramenta com bastante potencial educativo…


Para saber mais:

http://www.designboom.com/history/useless.html

http://www.chindogu.com/

http://www.japaninc.com/article.php?articleID=762

http://website.lineone.net/~sobriety/

http://www.chindogugallery.com/


19 de fevereiro de 2008

Miguel Rios Design

O Gabinete Miguel Rios Design venceu 2 importantes concursos nacionais de design de vestuário – O Concurso de Design de Equipamentos de Protecção Individual, promovido pelo CITEVE e o Concurso para a Concepção de Fardamento para a ANA, Aeroportos de Portugal, SA.

Segundo a informação disponibilizada, pelo Gabinete Miguel Rios Design, o prémio de Design de Equipamento de Protecção Individual foi ganho com o projecto PROTECT URBAN PRO, composto por 3 peças de vestuário, destinado à classe profissional de cantoneiros das grandes urbes, que procura reinterpretar e reabilitar a imagem negativa associada aos trabalhadores do lixo.



Quanto ao fardamento para a ANA, SA., o projecto foi apresentado sob o lema “On time – on Classy” e implica fardamento para 4 categorias profissionais distintas, TIRP, OPA, OPS e MANUTENÇÃO. Ao que parece, foi privilegiada a sobriedade, o conforto, a versatilidade na conjugação das peças e alguma irreverência.

Bom trabalho!
Muitos parabéns a toda a equipa!...

18 de fevereiro de 2008

Rapidinhas…


The Body: Connections with Fashion

A 10ª conferência “The Body: Connections with Fashion”, organizada pela International Foundation of Fashion Technology Institutes (IFFTI), decorrerá na RMIT University: School of Architecture & Design and School of Fashion & Textiles, Melbourne, Austrália, entre 8 e 9 de Março de 2008. O objectivo desta conferência é discutir o estado da arte da pesquisa efectuada no design de moda e explorar os aspectos relacionados com o corpo na moda.



DMI Singapore Conference
A conferência DMI International Singapure, que decorrerá entre
13 e 14 de Março de 2008, terá como tema o “
Design Value - Using design and design thinking to solve business objectives”.



China Design Now
A exposição “China Design Now” estará aberta ao público, no museu Victoria & Albert, Londres, a partir do próximo dia 15 de Março e até 13 de Julho de 2008. Esta exposição irá explorar as mais recentes novidades e tendências do design chinês.



ITS Accessories Competition
O concurso “ITS#Accessories”, organizado em parceria com o YKK, destina-se a jovens talentos do design de moda que se dedicam a criar acessórios. Os acessórios seleccionados serão exibidos em Trieste, Itália em Julho próximo. O prazo de submissão termina no final de Março de 2008.



5º International Bauhaus Award 2008
A Fundação Bauhaus Dessau está a promover a 5ª edição do “Prémio Bauhaus”, inserido no âmbito das pesquisas sobre "Updating Modernism". Este concurso está vocacionado para as questões da habitação moderna e do mobiliário – “Housing Shortages – The minimum subsistence level housing of today”. O prazo para submissão de trabalhos termina a 31 de Março de 2008.


Bombay Sapphire Designer Glass Competition
Até ao próximo dia 7 de Abril de 2008 poderão concorrer a mais uma edição dos prémios
Bombay Sapphire, para design de um copo para Martini. No próximo dia 28 de Fevereiro decorrerá uma sessão de esclarecimento no Porto, no Centro Comercial Bombarda, ás 18.30h.


HOW InHOWse Design Awards 2008
A revista HOW design está a aceitar a submissão de trabalhos para os prémios In-HOWse Design. Os premiados serão publicados no número de Fevereiro de 2009.
O prazo para submissão termina a 14 de Abril de 2008.


17 de fevereiro de 2008

16 de fevereiro de 2008

Design quotes

“design… deserves attention not only as a professional practice but as a subject of social, cultural, and philosophic investigation.”

Richard Buchanan and Victor Margolin.

15 de fevereiro de 2008

100.000



Hoje, dia 15 de Fevereiro de 2008, pelas 17.18h atingimos a barreira psicológica das 100.000 visitas.

Sejam bem-vindos!...
Obrigada a todos :-)

Sustainability Communications



O Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) acabou de lançar o CD-ROM "Sustainability Communications - A Toolkit for Marketing and Advertising Courses". Esta ferramenta oferece um leque de recursos pedagógicos da área da sustentabilidade apresentando estudos de caso, exercícios práticos, bibliografias, sumários e mais de 300 documentos e weblinks.

Os conteúdos do CD-ROM estão organizados em quatro módulos que resumem a informação teórica e metodológica, ilustrada por um grande número de estudos de caso:
- O primeiro módulo faz um balanço aos aspectos éticos e práticos principais da sustentabilidade, com ênfase na comunicação.
- O segundo módulo aborda as principais questões económicas e sociais abordadas nas comunicações sobre sustentabilidade: esforços para codificar responsabilidade social e os seus efeitos nas práticas de comunicação; atitudes para o consumo responsável em oposição ao comportamento real, e os efeitos deste nos mercados; e os desafios e oportunidades de campanhas de comunicação na área da sustentabilidade.
- O terceiro módulo resume as práticas implicadas na comunicação da sustentabilidade: “green marketing”, comunicação corporativa, marketing social e responsável, participação cívica e campanhas de consciencialização. Também são abordados os riscos implícitos e é evidenciado como a transparência e o planeamento estratégico são pré-requisitos essenciais da comunicação.
- O quarto módulo apresenta uma série de cinco exercícios que aboradam teoricamente e na prática a comunicação na área da sustentabilidade: uma investigação na coerência entre a estratégia de comunicação de uma companhia e as suas ações, uma análise de campanha comparativa, um estudo de imagem corporativo, a identificação de indicadores de realização publicitários, e a preparação de uma estratégia de comunicação.

Para mais informações e aceder ao download da ferramenta clique aqui.

Via: agenda21

14 de fevereiro de 2008

Com muito amor...humor...

Por esta altura do ano, a propósito do Dia dos Namorados, divirto-me a divulgar alguns produtos que considero absolutamente extraordinários, no sentido de me conseguírem espantar... pela negativa! No entanto, ainda assim, merecem a minha atenção por me fazerem sorrir. São daquelas coisas que eu diria, à partida, que ninguém quer comprar mas que, pela sua reiterada presença, ano após ano, parecem ter um nicho de mercado activo e comprador.


O destaque de 2008, para o melhor produto alusivo ao Dia dos Namorados é...

...é...


O peluche “Never Miss me Again Doll” foi concebido para representar o amado(a) ausente. É um boneco, para se abraçar, que contém uma moldura para fotografia e, também um gravador de som, para se gravar uma mensagem de voz da pessoa amada…

Digam lá que não é divertido?... hein?...

13 de fevereiro de 2008

Janelas para o mundo

Muitos ambientes hospitalares, consultórios médicos, clínicas, centros de imagiologia médica têm em comum serem espaços fechados, bastante divididos, cheios de portas e cubículos estreitos, onde não há janelas e a luz é artificial. Se, por um lado, isto pode ser positivo no que diz respeito à protecção da privacidade dos pacientes, por outro, cria uma sensação de claustrofobia, aumenta a ansiedade e o nervosismo de quem já está preocupado com o seu estado de saúde. Para não falar dos profissionais, que passam o seu dia de trabalho absolutamente privados de olhar o mundo exterior.

Diversos estudos têm revelado os aspectos positivos associados à contemplação da beleza natural. Qualquer um de nós sabe, por experiência própria, como é relaxante a visão da natureza, ou, como o olhar perdido, na exploração de detalhes, rouba a atenção dos problemas que nos angustiam no momento. Por comparação, também sabemos como é angustiante estar enclausurado, concentrados numa ideia que, de repente, se transforma num gigante dentro da nossa consciência.


Infelizmente, muitas pessoas estão obrigadas a permanecer nestes espaços fechados, estéreis e frios, porque estão internados num hospital, porque fazem hemodiálise, 3 vezes por semana em sessões de 4 horas, porque necessitam de fazer TAC ou Ressonância magnética. Contudo, a indústria médica, sobretudo a privada, sempre preocupada em satisfazer os seus clientes, está disposta a melhorar a qualidade subjectiva dos seus ambientes e, nesse sentido, está a apostar numa solução técnica simples, mas eficaz, que consiste na aplicação de imagens nos tectos e paredes. Essas telas podem ser produzidas por qualquer gráfica mas, algumas empresas dedicam-se a este tipo de produtos, vendendo imagens em tamanhos diversos, com temas diferentes e com bases de suporte distintas.



As telas, de instalação muito fácil, oferecem garantia de resistência ao fogo e podem ser aplicadas em material de isolamento acústico. Uma solução barata, simples de aplicar e que parece compensar o investimento.

Alguns links: Ceiling Scenes / Clipso-design


12 de fevereiro de 2008

Bioplásticos by Coza


A empresa brasileira, Coza, especializada em acessórios para a casa, é conhecida pela qualidade do design dos seus produtos em plástico. A empresa tem investido bastante para se tornar cada vez mais “verde” e amiga do ambiente. Em 2006 lançou a linha de produtos Bios, inteiramente produzidos numa mistura de polipropileno e lignina, ou lenhina (substância existente nas células vegetais, que lhes confere rigidez). Actualmente, na sua nova linha, a Coza Organic, os produtos são todos produzidos em plástico 100% biodegradável. Este material, o bioplástico, que resulta dos resíduos da batata, poderá decompor-se ao fim de 18 semanas em contacto com o solo. A gama de cestos está disponível em três cores, verde, azul e branco e em três tamanhos, com ou sem tampa. Podem ser adquiridos, on-line na, Loja Coza.

Um excelente exemplo!...

11 de fevereiro de 2008

Rapidinhas...


Logo Design Love Awards

Estão abertas as submissões aos prémios “Logo Design Love”. O objectivo deste galardão é promover designers gráficos menos conhecidos e descobrir os melhores logos de blogs. Podem submeter os vossos próprios trabalhos, ou, sugerir logos de blogs que vocês conhecem e acham muito bons. Para ser admissível, o logo, deve estar publicado no blog entre Fevereiro e Abril de 2008. É totalmente gratuita a submissão e termina a 1 de Março de 2008.



Life and Work on the Moon

A NASA está a desafiar os alunos de artes, design industrial, arquitectura e computação gráfica a submeterem trabalhos sob o tema: “Viver e trabalhar na Lua”. Esta é uma oportunidade para constituir equipas de trabalho multidisciplinares, no sentido de conceberem soluções bem fundamentadas e credíveis para este desafio. Os trabalhos podem ser submetidos em formato 2D, 3D e digital. O prazo de submissão termina a 1 de Março de 2008.



Microsoft Mouse Awards

A Microsoft Digital Advertising Solutions está a promover a quarta edição do concurso Europeu de Design Digital - os prémios MOUSE. O objectivo deste prémio é promover a inovação e a criatividade no marketing digital. As submissões terminam a 10 de Março de 2008.



Focus Green 2008

Está a decorrer o prazo de submissões de trabalhos ao prémio “Baden-Württemberg International Design Award”, promovido pelo Design Center Stuttgart. Na edição de 2008 o lema é “Focus Green”. O prazo de submissão termina a 20 de Março de 2008.



Lite-On Awards 2008

Os jovens designers industriais podem concorrer, até 24 de Março de 2008, aos 8ºs “Lite-On Awards”, um galardão prestigiado da China, patrocinado pela Lite-On Technology Corporation desde 2001.


10 de fevereiro de 2008

Sem palavras

Revista "Ncontrast"

Aí vai outra...esta é recente. É uma Revista de Cultura Visual.

O lançamento foi na Fábrica de Braço de Prata no passado dia 8 de Fevereiro, no espaço da "Ler Devagar", para marcar o nº. 0, on-line, como experiência piloto.
O nº. 1 sairá em papel, será bimestral e será de distribuição gratuita.
Ficamos à espera...
Para um primeiro contacto visual podem aceder a:

http://www.ncontrastcp.com/

Revista de Design

Aqui vai o link para uma nova revista "pensante" de design, como a intitulam os seus autores:
www.agitprop.com.br

Pode fazer a sua inscrição no site e aceitar o convite para colaborar.
.

9 de fevereiro de 2008

Design quotes

"Ideas make design distinctive and identity, function, aesthetics and value make design work.”

Pentagram.


8 de fevereiro de 2008

A acessibilidade é um direito



“Accessibility is about giving equal access to everyone”

A acessibilidade é um direito que todos nós temos. Não devemos pensar nesta questão como uma acto de caridade ou solidariedade porque, todos nós, sem excepção, somos ou seremos, em algum período da nossa vida, deficientes. Já fomos crianças, seremos idosos, algumas de nós fomos ou seremos grávidas, podemos partir uma perna ou sofrer de alguma maleita que nos deixe fragilizados. Nessas circunstâncias o mundo pode ficar, literalmente, inacessível.


Para evitar a exclusão e aumentar a qualidade de vida teremos que eliminar as barreiras, construindo um ambiente inclusivo e amigável. Também cabe aos designers, sobretudo aqueles que se especializam em design de ambientes, desempenhar um papel fundamental nesta tarefa. Nesse sentido, peço aos meus alunos, no âmbito dos seus trabalhos académicos, que façam uma análise à acessibilidade de edifícios públicos. O objectivo deste trabalho é que eles, como designers e utilizadores desses espaços, desenvolvam uma consciência critica, ao mesmo tempo que aprendem a desenvolver ferramentas de análise rigorosas. Essas avaliações devem servir de base de sustentação aos projectos de remodelação desses espaços.


Para a realização de um trabalho deste tipo é fundamental a consulta de algumas fontes de informação. Entre os recursos que lhes recomendo, disponíveis on-line e em Português, está o site do Instituto Nacional para a Reabilitação . Do qual destaco a consulta ao Guia "Acessibilidade e mobilidade para todos", versão .pdf (16,6 Mb) que procurou complementar o Decreto-Lei nº163/2006, de 8 de Agosto, que regulamenta as Normas Técnicas de Acessibilidade aos edifícios habitacionais.


Muitos outros recursos se podem encontrar na WWW, para isso basta fazer uma procura criteriosa ou assistir a uma aula de Ergonomia... ;-)

Bons trabalhos...


7 de fevereiro de 2008

Um aspirador com argumentos da Ergonomia

A Hoover, uma conhecida marca de electrodomésticos, descobriu que muitos utilizadores apresentam queixas físicas durante o uso dos seus aspiradores domésticos. Eu sou estou, definitivamente, incluída nessa lista.

Para tentar minorar o impacto do uso do aspirador, porque aspirar é uma tarefa tão inevitável quanto frequente, a Hoover desenvolveu o FreeMotion.


Este aspirador procura prevenir o aparecimento de dores, nos pulsos e nas costas, através de uma nova pega que permite manter um ângulo mais confortável do punho, o ajuste da altura do tubo de aspiração e o acesso fácil a todos os comandos, incluindo o on-off e a selecção de diferentes programas de aspiração.

Eficaz, ou não, quero salientar o facto de a opinião (queixas) dos utilizadores estar a servir de factor de promoção de um produto. Quero acreditar que estas também tenham sido consideradas no momento da concepção e que, por isso, esta solução seja fruto de um verdadeiro processo de “user-centred-design”. Por outro lado, estranho o facto deste produto não estar a ser devidamente publicitado em todos os países onde a Hoover opera, Portugal Incluído. O maior destaque surge no site da Hoover Holandesa.

Será que a Ergonomia não constitui um factor de atracção para os consumidores?

Ou, será que, no que diz respeito a aspirar, as lesões não são tão frequentes e graves que justifiquem o argumento?


6 de fevereiro de 2008

Lilybug



O post de hoje não se refere a um tema directamente ligado ao design, ou à ergonomia, diz respeito à vida, mais especificamente, a um problema que nos afecta a todos: a sinistralidade rodoviária. Especialmente, aquela provocada pelo consumo excessivo de álcool. Infelizmente, neste aspecto, Portugal está no topo das estatística
s (como se viu agora, no Carnaval, com 11 mortos...)

Enquanto a mortandade vai continuando, assistimos a enormes e dispendiosas campanhas de sensibilização, assim como a um aumento significativo do esforço e do investimento, das autoridades, na fiscalização e punição dos condutores. Porém, tudo parece ser em vão porque, na verdade, o problema subsiste.

Porque será?
Será que somos mais ignorantes do que todos os outros povos e não compreendemos o problema?... hum… Não acredito nisso.

Vendo pela minha experiência pessoal, sou levada a concluir que, muitos de nós, nos sentimos “obrigados” a conduzir, depois de ingerir algum álcool, por falta de opções alternativas, ou, pelo seu preço elevado. Se houvesse uma forma, cómoda, barata e acessível de voltar para casa depois de uma festa, de um jantar ou de uma saída nocturna, eu não pensaria sequer em conduzir… nem arriscaria naquela ideia do - "se calhar, não bebi o suficiente para afectar a minha condução!"...


Pois é… enquanto alguns optam pelas multas outros agem… são proactivos. Isso foi o que fez William Heath, um cidadão inglês de Hampton que, após a morte de uma amiga sua, vítima da colisão com um condutor embriagado, inventou um serviço engenhoso para ajudar a combater o problema do álcool ao volante – a Lilybugscooters.com. A ideia consiste no aluguer de pequenas scotters com, ou sem condutor, estrategicamente posicionadas junto de zonas de diversão. Também existe a possibilidade de requisitar um condutor para levar o cliente embriagado e o carro a casa. A pequena scooter é facilmente transportada numa bagageira de automóvel.


Para quando uma serviço similar em Lisboa e noutras zonas do país?...

5 de fevereiro de 2008

O Carnaval tradicional

As origens do Carnaval remontam a antigos rituais, da Antiguidade, associados ao fim do Inverno, início da Primavera e do novo ano agrícola. São conhecidas as ligações entre as celebrações do Carnaval e diversas festas em honra de deuses como Ísis, Saturno, Baco, Dionísio e Luperco, o deus dos pastores e protector dos rebanhos, entre outras. Comum a todas estas celebrações é a quebra, temporária, das regras e da ordem estabelecidas nas sociedades. Em Roma, durante os 3 dias das festas, os escravos tomavam o lugar dos amos, vestiam-se como eles e satirizavam do seu modo de vida. Muitos rituais incluíam o uso de máscaras e de trajes, danças e cortejos mais ou menos frenéticos e uma ingestão, pouco saudável, de carne, daí, o nome Carnaval...

Em Portugal, uma das primeiras referências escritas ao Entrudo remonta ao reinado de D. Afonso III, num documento de 1252. O Carnaval de cariz cristão terá começado no Sec. XVI, constituindo-se como um período de excesso para preparar, mentes e corpos, para o rigor da Quaresma que lhe sucede de imediato.


Tendo atravessado a história da humanidade, até aos dias de hoje, o Carnaval surge-nos como uma oportunidade de desrespeitar as regras e normas estabelecidas, subverter e anular os padrões, dar azo a pensamentos e comportamentos libertinos, enfim, virar o mundo ás avessas sem sofrer as consequências. Porém, mesmo com este enorme potencial e energia criativos, o Carnaval actual, em vez de se constituir como uma oportunidade de libertação e de inspiração, surge cada vez mais pobre, triste, desprovido de sentido, massificado, vítima de uma sociedade global e capitalista. Cobrindo, com a sua saia, o negócio das fantasias, das caraças made in China, que põem em perigo os seus utilizadores mas são baratas, das escolas de samba made in Portugal, e dos deprimentes e ensurdecedores trios eléctricos. Aqui e ali ainda se mantém o hábito, salutar, da crítica pública, sobretudo à classe politica, mas, a maioria dos festejos é apenas uma manifestação triste, amarga, das frustrações pessoais e profissionais de um povo pobre e deprimido. O que se passa com o nosso imaginário, que se deixa levar pelos hábitos e costumes vindos de outros povos, preferindo os corpos nus, ainda que debaixo de grandes chuvadas e frio intenso, às manifestações genuínas da nossa cultura? Talvez seja mais um exemplo da triste perca da identidade nacional...


Eu gostava que o Carnaval fosse aproveitado para ensinar os miúdos a reaproveitar materiais usados, estimulando a criatividade e a imaginação na construção das suas próprias fantasias. Gostava que o Carnaval fosse usado para dignificar e promover rituais e tradições ancestrais, que tornam cada povo único. Gostava que o Carnaval se tornasse um factor de atracção e não, apenas, um escape para as angústias da vida...


Gostava que o Carnaval fosse mais como os magníficos exemplos de arte popular dos Caretos de Podence (Macedo de Cavaleiros) e de Lazarim (Lamego), o Enterro do Pai Velho do Lindoso (Ponte da Barca) e os Cardadores do Vale de Ílhavo (Ílhavo), entre outros.


Os Caretos de Podence


Os Caretos de Lazarim


Os Caretos de Ousilhão


Os Cardadores do Vale de ìlhavo


Para quem se interessa pelas festas populares e tradições Portuguesas recomendo a colecção, de 8 volumes, “Festas e Tradições Portuguesas”, editada pelo Círculo de Leitores, de Jorge Barros e Soledade Martinho Costa. O Carnaval surge no volume dedicado ao mês de Fevereiro.