Fui visitar a exposição "O Poder da Arte”. Esta exposição exibe, em diversos espaços do interior Assembleia da República, peças de arte contemporânea do acervo da Fundação de Serralves. As obras seleccionadas, da autoria de alguns dos mais significativos artistas portugueses e estrangeiros, utilizam suportes diversificados como a pintura, a escultura, o vídeo, a fotografia, o livro de artista e a instalação. A minha visita acabou por cumprir um duplo propósito, uma vez que aproveitei para visitar, pela primeira vez, o parlamento Português. As visitas são acompanhadas por um monitor e iniciam-se, ao fim de semana de 30 em 30 minutos e durante a semana de hora a hora (até 16 de Abril de 2006).
Para minha surpresa, enquanto aguardava pelo início da visita, surge uma pessoa que desejava trazer um familiar, de cadeira de rodas, a visitar a exposição. Já estão a antever a cena… O acesso à exposição faz-se pela entrada principal, que fica no topo da escadaria e, como é habitual, não existe nenhuma rampa. Também não há nenhuma sinalética a indicar um provável acesso para deficientes, pelo que, se a pessoa se deslocar sozinha na sua cadeira, poderá ficar lá em baixo, aos gritos, a ver se alguém a ajuda…
Ao assistir ao processo descobri que, o acesso para deficientes se faz pela zona da GNR, por uma entrada lateral (junto à Calçada da Estrela), mas que, para entrar é necessário obter autorização prévia dos militares… Foram telefonemas e mais telefonemas. Mais um pouco e a visita iniciava-se sem aquela pessoa que, por “azar”, é deficiente e gosta de arte contemporânea!!!
Podemos ser levados a pensar que não é muito grave porque, a exposição é temporária e afinal existe uma entrada acessível. Mas, ainda assim, para mim, isto é escandaloso…
Não se admite tamanha discriminação!!!
A minha opinião sobre a exposição fica para depois...
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