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1) Simulação (computorizada ou Realidade Virtual).
A simulação computorizada, recorrendo a modelos em CAD, pode ser usada para avaliar o design e o seu uso potencial em diferentes fases do processo projectual mas, especialmente nas fases de desenvolvimento conceptual. Esta simulação, realizada usando softwares específicos, permite visualizar e modificar representações realistas (com detalhes, cor, textura, luz-sombra, etc) e a 3D do produto. Depois de dominado o software o processo restante é relativamente simples. A principal vantagem, associada ao uso dos modelos CAD, é a possibilidade de comparar diferentes alternativas antes de a decisão final ser tomada. Contudo, esta ferramenta não é suficientemente poderosa para nos permitir interagir com o produto simulado. Por isso, poderemos não ficar suficientemente esclarecidos, para tomar a decisão final, antes da avaliação de um protótipo físico. Dependendo do grau de realismo da simulação, quando muito, será possível avaliar a percepção geral sobre o produto, mas não a sua usabilidade.
A Realidade Virtual (RV), por outro lado, consiste num mundo gerado por computador, que poderá possuir um elevado grau de realismo, com o qual poderemos interagir e o qual deverá reagirá às nossas acções. Contudo, apesar de esta poder ser uma alternativa com mais potencial, será de aplicação mais difícil e complexa. Isto porque é preciso desenvolver uma plataforma específica, ou produzir modificações a uma já existente. Também serão necessários equipamentos mais ou menos dispendiosos, que podem ir desde os simples óculos, luvas, passando pelos trackings ou recorrendo ao sofisticado CAVE. Obviamente, a escolha da tecnologia terá consequências sobre a sensação de presença experimentada pelo visitante do mundo virtual. Esta sensação de presença (mais correctamente será telepresença), ou seja, de estar realmente naquele ambiente, é fundamental para a RV. Seja qual for o nível de interacção, de telepresença ou de imersão oferecidos, será necessário possuir bastante poder de computação para correr tais aplicações com elevado grau de qualidade gráfica. Contudo, potencialmente, a possibilidade de colocar pessoas reais a interagir com produtos simulados em ambientes virtuais, mas realistas, permitirá avaliar a usabilidade e a qualidade da interacção. No entanto, esta é uma área ainda em desenvolvimento e com custos relativamente elevados de implementação. As principais vantagens da RV são a avaliação da interacção com produtos dispendiosos, de dimensões extremas (muito grandes ou muito pequenos), de acesso difícil (no espaço, submarinos, etc.), que envolvam perigo para a integridade das pessoas.
continua...
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