10 de setembro de 2007

Métodos de avaliação em Design #04


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3) Avaliação de protótipos funcionais

Ao contrário do que foi dito para as maquetas não funcionais, os protótipos funcionais já permitem a avaliação das soluções em condições reais de uso. Isto porque, estes protótipos, como o nome indica, já funcionam, ou seja, já permitem a realização das tarefas para as quais foram concebidos. Na verdade, esta é a melhor forma de avaliar a usabilidade de um produto ou sistema pois, as tarefas executadas diferem bastante quando se usa uma maqueta rudimentar ou um protótipo funcional. No entanto, devemos considerar que nem sempre um protótipo é uma réplica absolutamente fiel do produto final. Existem protótipos que são réplicas rigorosas do ponto de vista visual mas que, na realidade, não têm as suas funcionalidades activas. Por razões económicas, nem todos os protótipos são realizados à escala real. Ou então, existem protótipos que são semi-funcionais, ou seja, nem todas as funções estão activas ou disponíveis. Existem, ainda, outros protótipos que funcionam na absoluta perfeição mas, cujo aspecto é rude, tosco ou inacabado. Em qualquer um dos casos mencionados, devemos tomar alguns cuidados metodológicos para evitar que este facto prejudique a avaliação da solução.

Sempre que seja possível devemos preferir os protótipos funcionais aos não funcionais. O uso de protótipos funcionais permite que recorramos a diversas técnicas e métodos de avaliação da usabilidade. A sua maior vantagem é que, a avaliação, pode ser feita em campo, com potenciais utilizadores a desempenhar tarefas prováveis. Dessa forma, os designers podem obter informação sobre como determinada solução é usada e como se integra no seu sistema envolvente, ou contexto de uso. Mas, infelizmente, como não há bela sem senão, esta ferramenta também tem as suas desvantagens. A principal, são os elevados custos associados à sua produção. Também, não podemos ignorar a sua complexidade construtiva e o tempo de construção. Outra grande desvantagem é o facto de, os protótipos funcionais, só surgirem numa fase muito avançada do processo de design. Isto implica que não seja muito viável produzir grandes modificações ao projecto, ou, caso elas sejam necessárias, se tenha de deitar para o lixo grande parte do investimento feito até à data, com todos os problemas que isso acarreta para o projecto. O surgimento de técnicas de prototipagem rápida veio reduzir, não só os custos de produção, como também os tempos envolvidos na produção do protótipo. Isto pode, em alguns casos, permitir que o protótipo esteja disponível mais cedo do que era habitual. E, como é lógico, isso aumenta a usabilidade do produto.

continua...

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