7 de setembro de 2007

Métodos de avaliação em Design #03


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2) Avaliação de maquetas não funcionais;

No processo de design a ante-visão do produto e a antecipação do seu uso são necessários. Mas como, nas fases iniciais, o produto não está ainda disponível recorremos a diversas técnicas para o tornar visível e palpável. Ao fazê-lo, estamos a construir modelos. De salientar que, as técnicas de modelação podem ir, desde os esboços rápidos, até aos protótipos funcionais. A sua escolha depende, sobretudo, dos objectivos de cada fase, das verbas e tempos disponíveis. Porém, como é esperado, cada uma delas tem as suas vantagens e desvantagens, assim como o seu momento apropriado de uso. Todos os designers estarão familiarizados com o uso das maquetas. Contudo, nem todos sabem como tirar o máximo proveito desta ferramenta. Isto porque, a maqueta poderá aumentar muito a sua utilidade se for inserida nos métodos de avaliação da usabilidade, vulgarmente usados em ergonomia.

Uma maqueta rudimentar é um modelo físico a três dimensões, não funcional, do produto que estamos a conceber. Ela pode simular as características físicas dos produtos, a interface e a interacção prevista, ou, simular o contexto do produto. O seu uso poderá ser muito útil sobretudo na fase de desenvolvimento conceptual. No entanto, devido ás suas características, a maqueta não reproduz, na totalidade, o verdadeiro uso do produto. Contudo, mesmo assim, ela permite a participação de potenciais utilizadores e permite a avaliação da usabilidade do produto. Inclusivamente, com a maqueta, podemos avaliar a interacção do produto com o ambiente de uso.

Como é óbvio, a maqueta poderá ser usada em diversos métodos e técnicas de avaliação. Cabe ao designer escolher o tipo de maqueta que lhe poderá ser mais útil, assim como escolher o tipo de avaliação mais pertinente. A gama de técnicas de avaliação da usabilidade que podem ser usadas com a maqueta é vasta, podendo ir das análises de tarefa ou protocolo, até ás entrevistas e checklists. No entanto, o designer deverá estar consciente que existem diferenças entre o uso do produto real e o uso de uma maqueta. Diferenças ao nível perceptivo, cognitivo e físico. Deverá ter a noção clara de que partes do uso não ocorrerão no uso da maqueta, nem serão sequer mencionadas pelos utilizadores, porque a maqueta não permite a sua ocorrência. Nesse sentido, as nossas conclusões deverão levar essas limitações em conta.

Continua...

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