30 de junho de 2006

Fido Luggage on Wheels


Eu transporto, no meu quotidiano, diversos quilos de material (computador, livros, pastas, documentos, etc.) e para isso uso uma mala com rodas. Todos sabemos que essa solução é a mais inteligente do ponto de vista ergonómico (as minhas costas que o digam). Se esta solução, tão banal, suscita alguns risinhos de colegas e alunos como seria se, em vez dessa mala, eu tivesse um robot-mala que me seguisse, tal cão bem-educado, para onde quer que eu fosse, obedecesse ás minhas ordens e não se deixasse ir nas cantigas de um qualquer amigo do alheio?
Que ideia tentadora…

Pois parece que essa é a ideia que está na base do conceito “Fido Luggage”, da autoria do arquitecto Peter Yeadon. Essa mala poderá seguir suavemente o proprietário, controlada por wireless, graças a rodas independentes e a um sensor laser que a auxiliará, na sua deslocação, a evitar obstáculos e a adaptar-se ao piso.

Esta mala, provavelmente, não estará disponível no mercado nos próximos tempos :(
Até porque poderia criar algumas dificuldades, numa época tão sensível e com tantos ataques terroristas, mas que era apetecível lá isso era…

29 de junho de 2006

Ergonomia nos portáteis... um desafio

Hoje foi o meu último dia de aulas, neste ano lectivo de 2005/06. Como é habitual, as entregas de trabalhos foram marcadas para hoje e, também como é habitual, surgiram inúmeros casos de alunos sem trabalho para entregar! É a época dos “zombies”, tal é o estado de fadiga, stress e pânico em que alguns alunos entram… No meio da conversa e das desculpas surgiram as inevitáveis queixas de dores de costas, de pescoço, de mãos/punhos e olhos… Coisas de quem já há dias não vai à cama e passa horas sem fim ao computador. Parte deste drama poderia ser evitado por um bom planeamento das tarefas e também pelo uso de equipamento adequado. Um dos principais motivos para a baixa produtividade pode ser o uso generalizado, pelos alunos, de computadores portáteis.

Calcula-se que tenham sido vendidos 49 milhões de notebooks em todo o mundo, especialmente na Europa e Estados Unidos. Muito embora estas sejam boas notícias para os fabricantes e comerciantes são preocupantes para os ergonomistas. Pois, como sabemos, os portáteis são os principais responsáveis pelas queixas dos utilizadores dos computadores. As suas reduzidas dimensões implicam teclados e ecrãs inapropriados para um uso frequente e diário. O maior problema é a distância reduzida entre o teclado e o ecrã. Se optarmos por colocar o ecrã à altura dos olhos (o que é correcto) estamos a criar uma postura insuportável ao nível dos ombros e braços. Também as nossas mãos e pulsos adoptam posições incorrectas para se moverem no pequeno teclado, podendo, como consequência, ocorrer uma sensação de dormência nos dedos.

Os portáteis nunca foram concebidos com a intenção de substituírem os PC’s tradicionais mas, aquilo que se vê, é um uso cada vez mais extenso (eu própria uso o meu portátil como computador de trabalho diário). Alguns investigadores acusam os portáteis de causarem lesões músculo-esqueléticas, danos oculares e até impotência.

Já existem algumas propostas interessantes de “portáteis ergonómicos” mas, a maioria das soluções passa sobretudo pelo design de acessórios. Estamos, portanto, na presença de um importante desafio para designers e ergonomistas: a concepção de um portátil que respeite as características humanas!

Já me ocorreram algumas ideias para resolver este problema… que tal pormos mãos à obra?


RAINER WERNER FASSBINDER
"Os filmes libertam a cabeça"

CICLO DE CINEMA DE 15 DE JUNHO A 8 DE JULHO

Cronista ímpar da sociedade alemã contemporânea, Rainer Werner Fassbinder, (1945-1982) construiu uma cinematografia de 43 filmes, realizados ao longo de 16 anos de uma vida que durou apenas 37. Estavam a chegar ao fim os anos 70, quando "O Casamento de Maria Braun" trouxe a Fassbinder o sucesso absoluto junto da crítica e do público. Urso de Prata no Festival de Berlim, o filme transformou Hanna Schygulla numa estrela que havia de iluminar por muito tempo o universo do cinema europeu.

Nascido sob as cinzas do nazismo, em maio de 1945, Rainer Werner Fassbinder cresceu com o "milagre económico" de Konrad Adenauer (chanceler de 1949 a 1963), período durante o qual a economia de mercado aliada a um anticomunismo feroz fizeram a receita certa para apagar da memória dos alemães a barbárie do nazismo. A constante interrogação sobre as origens da democracia alemã marcam uma forte presença na filmografia do realizador. Além de um "arguto cronista" do seu tempo, Fassbinder foi "um artista obcecado em revelar os efeitos perversos de um modelo social calcado exclusivamente nas forças do individualismo".

CENTRO CULTURAL MALAPOSTA

Rua Angola - 2620-492 Olival Bastotel. 219 383 100. E-mail: odivelcultur@odivelcultur.comWWW.odivelcultur.com


Dia 15. 21h30. "As Lágrimas Amargas de Petra von Kant". Apresentação: Joaquim Sapinho [cineasta](Leg.Ing.)

Dia 16. 21h30. "O Direito do Mais Forte à Liberdade". Apresentação: António Guerreiro [crítico literário - Expresso](Leg.Esp.)

Dia 17:18h30. "A Viagem ao Céu da Mãe Kuster". (Leg.Esp.)21h30"Roleta Chinesa"(Leg. Port.)

Dia 22. 21h30. "A Mulher do Chefe de Estação"(Leg. Port.)

Dia 23. 21h30. "A Segunda Dimensão”. Apresentação: Ansgar Shäfer [historiador](Leg. Franc.)

Dia 24.18h30. "Num ano de 13 Luas". Apresentação: Augusto M. Seabra [crítico e ensaista - Público](Leg. Port.). 21h30. "O Casamento de Maria Braun". Apresentação: Augusto M. Seabra [crítico e ensaista - Público](Leg. Port.)

Dia 29. 21h30. "Terceira Geração". Apresentação: Alberto Seixas Santos[cineasta](Leg. Port.)

Dia 30.21h30. "Lili Marleen". Apresentação: António Costa Pinto [historiador](Leg. Port.)

Cinema Quarteto
Rua Flores de Lima, 16 Tel. 217 971 378

De 3 a 8 de Julho. 18h45. "Berlim Alexanderplatz"

2ª, dia 3, parte 1; 3ª, dia 4, parte 2, 3, 4; 4ª, dia 5, parte 5, 6 e 7; 5ª, dia 6, parte 8, 9 e 10; 6ª, dia 7, parte 11, 12 e 13; Sábado, dia 8, epílogo.

Bilhete: € 2,50 por Sessão nas duas salas.

Culturgest



Roma Publications

É um projecto editorial independente, fundado em 1998 pelo artista Mark Manders (Volkel, Holanda, 1968) e pelo designer gráfico Roger Willems (Tilburg, Holanda, 1969).

Com a sua base em Amsterdão, ROMA Publications tem vindo a expandir-se de modo informal e dinâmico como uma plataforma para produzir publicações autónomas em estreita colaboração com um número crescente de artistas, designers, curadores, escritores e poetas. Ao longo dos anos, Mark Manders e Roger Willems construíram um território próprio que conjuga a arte, o design e a curadoria. Entre os mais de 80 títulos já publicados, com tiragens que variam entre 2 e 150.000 exemplares, contam-se livros de artista, catálogos, posters, uma revista, um website, um CD de música ou um DVD com obras em vídeo. As regras da sua distribuição variam consoante a natureza específica de cada projecto.

Patente até 27 de Agosto de 2006.

28 de junho de 2006

Programa Aliança / Portugal Fashion


Está aberto o concurso de Design 2006 Programa Aliança. O programa Aliança é um projecto do Portugal Fashion que procura jovens designers de moda interessados em entrar no mercado da Moda e do Sector Têxtil Nacionais.

Os prémios em concurso são: para os dois primeiros classificados a entrada directa para a 2a fase do Programa Aliança – Parcerias com a Indústria – o que compreende um conjunto de prémios/benefícios, como sendo: Incentivo financeiro para a criação e desenvolvimento da colecção; - Divulgação nos media das colecções apresentadas; Disponibilização de CD com clipping de toda a acção; Disponibilização de fotografia e vídeo da colecção apresentada; Apoio técnico aos participantes.

As propostas devem chegar à ANJE até ao dia 30 de Junho.

Para mais informações e entrega das propostas consulte a ANJE ou Portugal Fashion
E-mail: portugalfashion@anje.pt
Podem
consultar aqui o PDF.

Fonte:
Associação Nacional de Designers

Jovens criadores - Ceranor / Casa Cláudia

A Ceranor, em colaboração com a revista Casa Cláudia, lançam o concurso "Jovens Criadores – Ceranor/Casa Cláudia" que se destina a todos os finalistas e recém-licenciados de arte e design de interiores (equipamento e do espaço). O objectivo deste evento, promovido no âmbito da 16ª edição da CERANOR, é a criação de um padrão para azulejo, tecido e papel de parede.

O prémio, para o vencedor, consiste num diploma, na exposição do seu trabalho na Ceranor, da disponibilização de 3m2 na feira, a publicação do trabalho na Casa Cláudia e ainda uma reportagem sobre o vencedor com a publicação de mais trabalhos do autor.

A ficha de inscrição é publicada na revista Casa Cláudia de Julho e Agosto. Podem submeter trabalhos individuas até 23 de Agosto de 2006.
Para consultar o regulamento clique aqui.

Fonte: Comunicarte

27 de junho de 2006

A arte e o cérebro Humano

Solso, Robert L. (2003), The Psychology of Art and the Evolution of the Conscious Brain. The MIT Press.
ISBN: 0262194848

De que forma evoluiu o cérebro humano para podermos fazer e apreciar a arte?

A resposta a esta pergunta interessa a todos os criativos, de todas as áreas artísticas...
Podemos obter algumas respostas científicas, a esta questão, neste livro da autoria de um conceituado professor e investigador da psicologia cognitiva, da Universidade do Nevada, Reno -Robert Solso.

Tendo por base o seu anterior livro “Cognition and the Visual Arts”, Solso apresenta esta nova obra onde nos explica como se processou o desenvolvimento do cérebro e dos principais mecanismos da consciência. Entre os mecanismos mais importantes destaca-se a capacidade de imaginar objectos que não existem. Sem esta capacidade não seríamos criativos nem poderíamos percepcionar grande parte das obras de arte.

Neste livro podemos compreender a sequência neurológica, perceptiva e cognitiva que é posta em marcha durante a interacção com a arte. Segundo Solso, existem 2 processos distintos na fruição da arte: a percepção inatista – a sincronização do aparelho visual e do cérebro que transforma a energia electromagnética em sinais neurológicos e a percepção directa – que implica a história pessoal, o conhecimento e as expectativas individuais. Outros aspectos curiosos, como os aspectos neurológicos relacionados com a percepção dos rostos humanos, as ilusões visuais e o uso da perspectiva também são abordados neste livro.
São usadas bastantes ilustrações de diversas obras de arte para ajudar a entender as explicações teóricas.

Índice de conteúdos: Art… a Tutorial; Art and the Rise of Consciousness; Art and Evolution; Art and Vision; Art and the Brain; About the Face; Illusions: Sensory, Cognitive and Artistic; Perspective: The Art of Illusion; Art and Schemata.

26 de junho de 2006

Logotipo para Fornos

Está aberto um concurso para criação do logótipo para a Junta de Freguesia de Fornos e para “Ilha dos Amores”.

O 1º e único Prémio é de 400€.
As candidaturas devem ser entregues até 31 de Julho de 2006.

Para mais informações podem consultar aqui o PDF ou contactar a Junta de Freguesia de Fornos Cêpa
4550-360 Castelo de Paiva
Telem: 934 003 505
Fax. 255 699 596
e-mail: jf.fornos@gmail.com

Fonte:
Associação Nacional de Designers

Marca para o Litoral Alentejano

O objectivo deste concurso, promovido pela Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santiago do Cacém, é a criação de uma marca para a região do Litoral Alentejano. As propostas devem incluir um logótipo e um slogan. Pretende-se criar uma marca que unifique a comunicação dos serviços, empresas e produtos daquela região. Os criativos devem considerar o Litoral Alentejano como um local ideal para viver e para investir, devendo as suas propostas reflectir a diversidade e riqueza da região (economia, turismo, agricultura e industria).

Podem participar os actuais alunos de Design das Escolas, Institutos Politécnicos e Universidades existentes em Portugal Continental, Açores e Madeira (depois de devidamente comprovado o seu estatuto). Cada participante poderá submeter, no máximo 2 trabalhos, em suporte digital.
Os trabalhos deverão ser enviados por e-mail, ou por correio registado, até às 18 horas do dia 10 de Julho de 2006.

Os prémios são: 1º Prémio – € 5.000,00; 2º Prémio – € 1.500,00; 3º Prémio – € 750,00. Os 1º, 2º e 3º classificados ganharão ainda um fim-de-semana, para 2 pessoas, com alojamento gratuito (regime APA), no Hotel de Porto Covo.

As candidaturas devem ser registadas através de e-mail para: design.santiago@creditoagricola.pt

Informações adicionais podem ser obtidas no site do Crédito Agrícola
Crédito Agrícola

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Santiago do Cacém.
Avenida D. Nuno Álvares Pereira, 2
7540-102 Santiago do Cacém.


Fonte: Associação Nacional de Designers

25 de junho de 2006

Sem comentários

O Amarelo e o Rosa no ciclismo

E como só se fala de boa e de Mundial e do Cristiano Ronaldo e das namoradas dos jogadores... aqui fica um post sobre desporto, mas cuja actividade se socorre de uma bicicleta!


(...) O verde não é a única cor intimamente relacionada com o desporto. Existem muitas mais cores, cujo seu significado emocional se alterou após uma ligação íntima com a prática desportiva. Exemplo disto é a cor amarela. O amarelo foi fortemente menosprezado na Idade Média. Era a cor da mentira e da cobardia. Era a cor dos infames, dos traidores e dos excluídos. O amarelo estava conotado não só com a cultura judaica, mas também com os beatos, os leprosos e os muçulmanos. Estes três últimos apresentavam nomeadamente, pedaços de tecido amarelos, faixas amarelas, estrelas amarelas. Esta cor, apresentava pequenas similaridades com a simbologia do verde: as cores da desordem e da loucura. Apenas existia um amarelo que era cobiçado por todos, desejado por toda a sociedade, existia apenas um amarelo que trazia algo de bom, que era considerado o ópio do povo: o dourado. A cor do ouro Séculos mais tarde, percebe-se que o amarelo continua a ser uma cor de conotações negativas. Transformou-se na cor da doença, na Época Moderna. A doença e a morte, o ciúme e a traição, eram fortemente representados pelo amarelo. Na política também o amarelo se associa à revolução e à traição. No entanto, no ano de 1919, e contrariamente a todas estas conexões simbólicas e emocionais que a cor amarela apresentava, Eugéne Christophe, escolhe o amarelo, para assinalar e simbolizar o ciclista que ocupava o primeiro lugar na célebre prova de ciclismo o “Tour de France”. E foi mesmo o primeiro a usá-la, apesar de ter terminado esta edição em 3º lugar.
Esta escolha contribuiu em muito para ajudar a valorizar a cor amarela. Curiosamente, a preferência por esta cor, teve um critério associado à sua escolha, que não foi de todo nem simbólico, nem emocional e muito menos sensorial ou conceptual. Esta cor foi escolhida, pura e simplesmente, porque o jornal organizador deste evento, o “L'Auto” era impresso em folhas de papel amarelas. Foi portanto uma inteligente manobra de marketing para associar uma prova ao seu maior patrocinador e organizador. Este objecto amarelo, e ao contrário dos amarelos da Idade Média, passou a ser o objecto mais desejado e ambicionado por todos os ciclistas. Rapidamente esta ideia de que “quem está de amarelo está na frente” se extrapolou para os hábitos e práticas sociais de hoje. “Estar na frente”, “estar na cabeça”, “ser o chefe”, ou ser pura e simplesmente “o melhor”, significa obviamente ser “líder”. E ser líder é usar a camisola amarela em determinada função ou profissão. Curiosamente em Itália, o líder da Volta a Itália em bicicleta, “O Giro d'Italia” veste uma camisola rosa exactamente pela mesma razão que no “Tour de France” se veste uma amarela: o “Giro” era patrocinado pelo jornal “Gazzetta dello Sport” que era impresso em papel de cor rosa.


Da esquerda para a direita:
_Camisola Amarela do “Tour de France”. Neste caso, Lance Armstrong (1971 - ?), vencedor das últimas 7 edições desta prova de ciclismo, a mais famosa e carismática do panorama internacional.
_Página do jornal, “L’Auto”. Jornal célebre que “deu cor” à camisola do vencedor do “Tour de France”
_O Camisola Rosa do “Giro d’Italia”. Neste caso, Marco Pantanni (1970 - 2004), a erguer o troféu da edição de 1998. Faleceu 2 anos mais tarde vitíma de uma overdose de cocaína.

24 de junho de 2006

Design quotes

“I prefer design by experts - by people who know what they are doing”
—Don Norman, 2005

23 de junho de 2006

2007 L’argus Trophy for the utility Vehicle of the Year



Este concurso destina-se à criação de um veículo utilitário global e universal com formas de adaptação, como por exemplo para ir ao encontro de especificidades locais de um mercado emergente à escolha. O concurso está aberto aos jovens estudantes de design na Europa.

Os concorrentes devem estar cientes de que, o maior desafio da indústria automóvel actual é saber como ultrapassar a saturação de mercados dos países industrializados e encontrar uma forma de competir com o recente dinamismo de países emergentes. Para isso é fundamental a oferta de produtos inovadores e de baixo custo. O concurso prende-se, exactamente, com a reflexão sobre esta problemática e para a enfrentar com soluções concretas a L’argus Automobile propõe duas etapas:
1. Uma plataforma universal: primeiro para conceber um veículo utilitário.
2. Adaptação Local: definir formas de adaptação aos mercados locais emergentes escolhidos pelo concorrente.

Os prémios envolvidos são: 1º prémio – 3000 € e um estágio num departamento de design de um dos patrocinadores do concurso; 2º prémio – 1500 €; 3º prémio – 500 €.Os melhores projectos serão exibidos durante a cerimónia “2007 L’argus Trophy for the utility Vehicle of the Year” a decorrer em 6 de Dezembro de 2006 na Torre Eiffel.

Os projectos devem ser entregues antes da meia-noite de 6 de Novembro de 2006.

Para mais informações e entrega das propostas consulte:
5ème Concours de Design L’argusc/o Hopscotch
40 rue d'Aboukir
75002 Paris, France
Tel : +33 (0)1 58 65 00 90
e-mail: concoursdesign@argusauto.com

Fonte: Associação Nacional de Designers

"Klimt", de Raoul Ruiz




"Klimt", de Raoul Ruiz, chega esta quinta-feira aos cinemas portugueses. Uma homenagem a um homem que estava à frente do seu tempo. Um filme sobre um dos mais notáveis pintores de sempre.

Título original: Klimt De: Raoul Ruiz. Com: John Malkovich, Veronica Ferres, Saffron Burrows. Género: Drama. Classificacao: M/12. ALE/Áustria/FRA/GB, 2006, Cores, 97 min.

Argumento

Paris, 1900. Gustav Klimt é homenageado na Exposição Universal enquanto em Viena é condenado como provocador. Vive a vida como a pinta, os seus modelos são as suas musas. Klimt está à frente do seu tempo. As suas relações apaixonadas com as mulheres e a busca eterna da perfeição e do amor reflectem-se em todas as suas obras. "Klimt", um filme sobre uma das mais notáveis figuras da modernidade europeia, um pintor que foi maior que o seu país e a sua época, é realizado por Raoul Ruiz.

Recomendado pelo Cinecartaz do “Publico.pt”.
LISBOA
King - Sala 1 - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h30Tel. 218480808
Monumental - Sala 1 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h40, 00h15Tel. 213142223

O Pintor que embelezava as mulheres

O pintor austríaco Gustav Klimt (1862 – 1918), grande Mestre do Simbolismo, detentor de um estilo plenamente original, é um dos artistas mais admirados pela plasticidade de suas obras. Foi o pintor que melhor inseriu a beleza feminina no meio artístico, criando um conceito de que o mundo tem uma aparência feminina.

O processo primitivo de Klimt como pintor deu-se através de cópias de fotografias num registo histórico realista. Gustav Klimt participou de várias cooperativas de artistas, mas sem muito sucesso. Como todos os grande talento da humanidade, rebelou-se contra convenções da sua época e a sua obra foi incompreendida, até pelos seus companheiros de pincel.
Klimt, procurou fortalecer a arte austríaca frente à estrangeira, deu um carácter anti-comercial à sua arte e defendeu uma abertura às modernas correntes artísticas estrangeiras.
Os seus processos de trabalho criaram um estilo original. Através de mosaicos e composições geométricas, Klimt criou quadros com uma textura intrigante. Para além dos seus quadros, produziu cartazes para exposições de artistas em Viena, e deixou mais de cinco mil desenhos, que serviram de estudos para os seus quadros, nos quais revela um exercício de imagens plenas de erotismo.

Lisbon Village Festival



Lisbon Village Festival
2006/06/21 até 2006/06/25

Cinema Digital, After-Parties, Exposições
ASSISTA, ACOMPANHE, PARTICIPE!

Conceito
A cultura contemporânea é de tal forma influenciada pelas tecnologias de informação e de comunicação que estamos perante uma mudança do paradigma cultural.Esta mudança é parte integrante de uma evolução global da sociedade para aquilo que chamamos de “sociedade do conhecimento” e “sociedade de informação”. Lado a lado com a evolução da tecnologia de informação e comunicação, a criatividade, a criação artística e cultural e a forma de acedermos à cultura está a mudar.

O Lisbon Village Festival® responde a essa mudança, oferecendo uma nova perspectiva na disponibilização e no acesso à cultura.O Lisbon Village Festival® é um evento cultural destinado à geração digital que inclui:

Village Internacional D-Cinema Festival (VIDCF), o primeiro festival de cinema 100% digital da Europa inclui na sua programação uma competição internacional de curtas e longas metragens, uma mostra das melhores obras que passaram pelo Skip City Internacional D-Cinema Festival, no Japão e uma mostra de filmes de produção espanhola. O Teatro Maria Matos, O Teatro de S. Luiz e o Cinema S. Jorge são os palcos principais deste festival.

Village Lounge, after parties animadas por DJ's, VJ's e performances, incluíndo também a festa de abertura do LVF, no Jardim de Inverno, do Teatro de S. Luiz e a festa de encerramento.

Village Gallery, exposições de artes plásticas, artes visuais e mostras de trabalhos na área dos New Media.Destaca-se também a presença de convidados internacionais como Mia Farrow, Tonino Guerra e Donald Sutherland.

O Village Internacional D-Cinema Festival® ocupa o palco central neste evento, uma vez que Portugal inaugurou recentemente a rede nacional de cinema digital que, não só tem um papel importantíssimo na redefinição da distribuição de cinema, mas também serve para promover a criação de obras cinematográficas em formato digital.

22 de junho de 2006

Purificador de água Mvura

O vencedor do Australian Design Award 2006 já foi referido neste blog, mas hoje vamos falar da medalha de bronze que foi atribuída à finalista de design Julie Frost, com o "Mvura Water Purifier" e que, no meu entender, é merecedor de grande destaque.



Este projecto consiste num recipiente, multi-funções, que pode funcionar como embalagem de transporte, purificador, reservatório e dispensador de água, destinado a populações de países em desenvolvimento, especialmente no continente africano.

O Mvura (que significa água) utiliza a técnica simples da pasteurização recorrendo à energia solar. Na prática, são expostos 15 litros de água a uma temperatura de 65ºC, durante 2 horas o que, pura e simplesmente, mata todas as bactérias nocivas.

Este projecto ainda apresenta outra característica interessante, que o torna culturalmente compatível com as culturas a que se destina: está pensado para ser transportado à cabeça. Uma cera soybean derrete quando é atingida a temperatura correcta indicando que a água está purificada e potável. Os componentes serão muito baratos e estarão disponíveis, no local, com facilidade para manter os purificadores operacionais.



O Mvura merece, sem dúvida, este prémio se pensarmos que, cerca de 1.2 biliões de pessoas não têm acesso a água potável e que, por essa razão, morrem cada ano 2,2 milhões de pessoas. A ideia de Julie é promover a distribuição deste purificador pelas organizações humanitárias que trabalham junto das populações carenciadas.

Os meus parabéns aos alunos premiados, aos professores que os ajudaram e aos juízes deste prémio.

Que inveja de não poder participar…

Centro Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian



HEIN SEMKE

Resumo biográfico

Nascido em 1989, no seio de uma família alemã, de Hamburgo, de parcos recursos, Hein Semke foi o quarto de oito filhos. Após a morte da mãe, é enviado para um orfanato onde fica até 1916 quando se alista como voluntário no exército. Anos mais tarde, problemas de saúde interditam-lhe ofícios fabris, iniciando então a sua formação plástica, em cerâmica e escultura nas Academias de Arte de Hamburgo e Estugarda.
Após uma primeira estada em Portugal em 1929, acabará por aqui se fixar dois anos mais tarde, onde é admirado por António Ferro e por muitos artistas modernistas, integrando várias exposições colectivas do grupo e algumas organizações oficiais, como a Exposição do Mundo Português, em 1940.
Semke soube sempre manter um caminho pessoal, aberto à experimentação. À prática da escultura cedo juntou a da cerâmica, do desenho e da pintura, chegando, nos últimos anos da sua vida, à gravura, arte cujas exigências técnicas o encantou e cujas possibilidades plásticas o seduziu. Em termos plásticos, é clara a influência da escultura e da cerâmica, nas outras expressões — como fica patente no grupo de obras desta pequena mostra de gravura. Meio plástico de síntese, aí cruzando os seus caminhos da escultura, como também os da cerâmica, da pintura e do desenho, a obra gravada de Hein Semke afirma-se, portanto, como corolário da sua longa carreira.


Mostra


Por ocasião do décimo aniversário da morte de Hein Semke, residente em Portugal desde 1932, onde morreu, no ano de 1995, diversos museus decidiram celebrar a data realizando uma exposição repartida da obra deste artista. Foi o caso do Museu do Azulejo, do Museu do Chiado e da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva. O Centro de Arte Moderna associa-se a esta iniciativa com a apresentação de uma série de gravuras da colecção.

Patente até 30 de Junho de 2006.

21 de junho de 2006

E se a relva fosse vermelha?



Ao longo dos dias, meses, anos e séculos, na linguagem e nos gestos, quer queiramos quer não todos nós utilizamos e nos socorremos dos símbolos. Dão um rosto aos desejos, incitam a determinadas atitudes, justificam comportamentos. A simbolização, ou seja, uma das formas mais evidentes de comunicação, faz-nos compartilhar regras de linguagem, hábitos, costumes, ideias. Para que essa comunicação seja eficaz, não é necessário que os intervenientes estejam de acordo, mas é imprescindível que todos participem do mesmo código de comunicação. O código simbólico da cor, chamemos-lhe assim, compactua cuidadosamente dos mesmos princípios.
A cor figura em tudo o que nos rodeia e muitas vezes questionamo-nos o porquê desta ou daquela cor em determinadas situações, em determinados sítios, em determinadas coisas e até em determinadas práticas sociais. Uma das práticas sociais onde esta está presente é no DESPORTO.
Hoje em dia o desporto tornou-se num ritual em que o excesso de cores é mais vivo que na Idade Média, por exemplo, e num ritual em que essas cores se coadunam de acordo com os sistemas mais bem sucedidos. O terreno de jogo sempre foi conotado com uma espécie de “espaço sagrado” onde se desenrola a prática do desporto. Este espaço delimita duas áreas distintas: o terreno dos deuses, ou seja, o espaço sagrado onde se desenrola determinado ritual, e o terreno do comum dos mortais. Se pensarmos na prática do futebol, que continua a ser o costume desportivo que mais público move, e olharmos atentamente para o terreno de jogo, apercebemo-nos que esse espaço de hábitos desportivos tem como tapete o verde. Um verde espectacularmente bem tratado e cuidado. O verde é a cor do desporto. Desde meados do séc. XII que esta cor, pelo menos no Ocidente, é a cor do jogo e do desporto. Se recuarmos no tempo até à cultura medieval, vamos ver o verde como cor do jogo, do desporto, da juventude e do movimento. A cor da Fortuna. É e sempre foi a cor mais dinâmica e ambígua de todas as cores. Uma cor que representa o que é e o que vai ser, o dito pelo desdito, a desordem e a ordem. O verde será então visto como uma cor ambivalente, pois se é a cor da Fortuna, também é a do infortúnio, se é a cor da juventude, esta mais tarde ou mais cedo acaba por se transformar em velhice. A cor verde está assim ligada simbolicamente, ao acaso e à sorte, ao dinheiro ou à falta dele. Por vezes à fatalidade. É a cor daquilo que muda.
Então... e se a relva fosse vermelha?

Falta de usabilidade/acessibilidade na TV

Nestes últimos dias não se fala de outra coisa a não ser no Mundial de Futebol 2006, que decorre na Alemanha. Para não ficar fora de contexto decidi prestar atenção a alguns dos programas especiais que foram criados especificamente para cobrir este evento. Durante a visualização de um programa da RTP deparei-me com alguns aspectos que me desagradaram profundamente. Para além das qualificações duvidosas dos comentadores convidados e das figuras tristes que os nossos conterrâneos fazem para aparecer na caixinha mágica, exibem alguns quadros informativos que me surpreenderam, pela negativa.



Se observarmos atentamente podemos constatar que, a dimensão dos caractéres é de tal forma diminuta que, é absolutamente ilegível para grande parte da população. Eu não consigo ler nada daquela informação a uma distância superior a 1,00m (e eu não tenho graves deficiênias visuais). Se juntarmos a isto o excesso de informação por quadro e o tempo reduzido de exibição… a coisa fica praticamente impossível!

Será que a presença do apresentador é fundamental em simultaneo com o quadro? É que, para além de o quadro ficar ainda mais pequeno, o facto de estar sobreposto a um fundo complexo (apesar do filtro semi-transparente) aumenta as dificuldades de concentração. Na RTPN esse mesmo quadro é exibido sobre um fundo colorido simples e o quadro é um pouco maior, o que já melhora um pouco.



Noutros quadros, como o caso daqueles que exibem os próximos jogos, exibem muita coisa menos aquilo que é importante: a hora dos jogos!



Não sei quem é o autor deste grafismo mas, na minha opinião, fracassou totalmente tendo criado uma forma de exibir informação que desrespeita absolutamente os princípios da usabilidade e acessibilidade da informação… Apesar de a qualidade estética ser razoável isso não é suficiente para ter uma avaliação positiva.

Um mau design, inadmissível num serviço público com audiências tão elevadas.

20 de junho de 2006

Biomecânica Ocupacional

Chaffin, D. B., Andersson, G. B. J. & Martin. B. J., (2006), Occupational Biomechanics. 4ª edição. Wiley-Interscience.
ISBN: 0471723436

ou em Português (do Brasil)

Chaffin, D. B., Andersson, G. B. J. & Martin. B. J., (2001), Biomecânica Ocupacional. Tradução da 3ª edição Norte Americana. Belo Horizonte: Ergo Editora

Na minha opinião, este livro é um recurso muito valioso para todos os interessados na ergonomia física. A sua 4ª edição foi totalmente revista e actualizada, incluindo os conhecimentos mais recentes das pesquisas sobre lesões músculo-esqueléticas, novas técnicas de avaliação e parâmetros biomecânicos de referência. Nele podemos encontrar uma espécie de resumo das principais descobertas, dos últimos anos, na área da biomecânica ocupacional aplicada às mais diversas situações de trabalho. A sua linguagem é bastante acessível e explícita, apoiada por mais de 200 ilustrações e imensos exemplos.

Como o nome indica, o livro aborda a biomecânica ocupacional. A biomecânica utiliza leis da física e conceitos de engenharia para descrever movimentos realizados por vários segmentos corpóreos e forças que agem sobre estas partes do corpo durante actividades normais da vida diária. É uma ciência multidisciplinar que requer a combinação dos conhecimentos das ciências físicas e da engenharia com as ciências biológicas e comportamentais. Existem diversas aplicações da biomecânica, como a biomecânica desportiva e artística, entre outras.
Ao design e à ergonomia interessa a biomecânica ocupacional, que é a disciplina que se ocupa do estudo da interacção física do Homem com as ferramentas, máquinas materiais e equipamentos, a fim de aumentar o desempenho e, em simultâneo, reduzir o esforço e os riscos de distúrbios músculo esqueléticos. Esta é uma disciplina aplicada, no âmbito da biomecânica geral.

Eu recomendo este livro a todos os designers, independentemente da sua área de especialização, pois todos devemos ter noção dos factores que afectam o nosso corpo. Se o indivíduo for sujeito a uma carga de trabalho físico, ou stress biomecânico, elevado podem ocorrer lesões graves e incapacitantes, decorrentes de uma deterioração gradual dos tecidos ao longo de semanas, meses e anos. As estatísticas revelam que a causa mais comum de lesão é a combinação de trauma por impacto e esforço excessivo.
Para evitar a ocorrência de desconforto, lesão ou trauma, o designer deve possuir conhecimentos sobre a biomecânica ocupacional para o entendimento do mecanismo da lesão. Só dessa forma, em colaboração com o ergonomista, poderá traçar estratégias de prevenção, que incluem a concepção de espaços de trabalho e de equipamentos, que respeitem a capacidade de trabalho Humana e permitam o desempenho seguro das suas tarefas.

Obviamente, para os designers de produto este livro devia ser obrigatório.

Alguns dos temas abordados no livro:
Biomecânica Ocupacional como especialidade; Estrutura e Funcionamento do sistema músculo-esquelético; Antropometria em Biomecânica Ocupacional; Avaliação da capacidade Mecânica para o trabalho; Bio instrumentação para a Biomecânica Ocupacional; Modelos em Biomecânica Ocupacional; Métodos de classificação e avaliação do trabalho manual; Limites para o manuseio de cargas; Directrizes para o trabalho na posição sentada; Considerações biomecânicas no projecto de painéis de controlo de máquinas e de postos de trabalho; Directrizes para o projecto de ferramentas manuais; Directrizes para a vibração segmentar e de corpo inteiro; Considerações sobre selecção e treino de trabalhadores e equipamentos de protecção individual.

Centro Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian








FERNANDO LEMOS - DESENHOS, MEMÓRIAS

Resumo Biográfico


Fernando Lemos nasceu em Lisboa, a 03 de maio de 1926, na Rua do Sol ao Rato. Cursou a Escola António Arroio e a Sociedade Nacional de Belas-Artes. Veio para o Brasil em 1953, onde fixou residência e permanece até hoje, naturalizado brasileiro. Segundo o próprio Fernando Lemos:
Fui estudante, serralheiro, marceneiro, estofador, impressor de litografia, desenhador, publicitário, professor, pintor, fotógrafo, tocador de gaita, emigrante, exilado, director de museu, assessor de ministros, pesquisador, jornalista, poeta, júri de concursos, conselheiro de pinacotecas, comissário de eventos internacionais, designer de feiras industriais, cenógrafo, pai de filhos, bolseiro, e tenho duas pátrias, uma que me fez e outra que ajudo a fazer. Como se vê, sou mais um português à procura de coisa melhor. (Lemos: 1994)

MOSTRA: DESENHOS, MEMÓRIAS


Foi este o nome de uma exposição de Fernando Lemos realizada na Fundação Gulbenkian em 1985 e que reunia um conjunto de desenhos, formas geométricas desenhadas com caneta, a tinta da china em chapa de offset, desenvolvendo um jogo subtil, à primeira vista contraditório, entre uma aparente objectividade do suporte e do processo e a intervenção criadora do artista. Mostram-se agora 15 desses desenhos.

Patente até 30 de Junho de 2006.

19 de junho de 2006

Mulheres no design

Já todos ouvimos falar da célebre lei da paridade e do respectivo veto presidencial. As opiniões quanto a este tipo de leis são diversas e contraditórias. Podemos defender a obrigatoriedade da inclusão das mulheres ou, achar que isso é assumir uma forma disfarçada de exclusão positiva. Eu não concordo com a inclusão de mulheres, seja em que área da sociedade for, por decreto-lei. Acho que nós (mulheres) devemos alcançar os lugares, que merecemos, por mérito! Porém, de facto, aquilo que se verifica é um monopólio dos cargos de chefia pelos homens. Isso seria aceitável se não houvesse, de facto, discriminação no acto da escolha com base no género.

No design este fenómeno também não é novidade e não é exclusivo de países machistas como Portugal. Revelador do peso desta injustiça é o evento “Women in Design”, patrocinado pela Chartered Society of Designers, que terá lugar no próximo dia 20 de Junho de 2006.
Os objectivos desta acção são promover o papel das mulheres no design, junto dos parlamentares britânicos, incentivar o desenvolvimento de politicas que facilitem a igualdade e melhorar o recrutamento de mulheres designers. Para discursar no evento foi convidado um ministro e 2 mulheres designers de sucesso: Ingrid Baron (chefe do departamento de design industrial da IDEO London) e Anita Brightly-Hodges FCSD, fundadora da Still Waters Run Deep.

Talvez devêssemos promover uma iniciativa semelhante em Portugal!!!

Para mais informações contactem:
Christina Onesirosan-Martinez
The Chartered Society of Designers
T: 020 7357 8282
E: info@csd.org.uk


Via:
dexigner

18 de junho de 2006

Sem comentários

Vamos pôr a cultura em dia

Agradeço a calorosa recepção a este blog!...

Aqui vai sumariamente a proposta de intenções:Esta colaboração pontual, pretende preencher um espaço informativo sobre acontecimentos culturais, que se julgarem interessantes, mas não só para que leiam e continuem a ficar comodamente instalados, não! Pretende sim que as sugestões aqui feitas sirvam para que deixem a inércia, calcem uns sapatinhos confortáveis e toca a sair de casa, porque apesar da cultura neste país ser tão maltratada, há propostas interessantes para ver, observar, fruir e absorver!

Aqui vai a primeira para alimentar a vossa cultura visual:

Museu Arpad Szénes – Vieira da Silva

Nikias Skapinakis

O Quarto de Frida Khalo, 2004óleo/tela100 x 73 cm, collecção particular, Porto.
O tecto da cama está suportado por colunas pontiagudas, aludindo ao desastre ocorrido na juventude de Frida. O candeeiro refere-se a um desenho surrealista e o quadro na parede a uma natureza morta. No cavalete, em primeiro plano, o retrato esboçado de Rivera.



Resumo biográfico:

O pintor Nikias Skapinakis venceu a 5.ª edição do Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, atribuído pela Câmara Municipal de Amarante e pelo Museu Amadeo de Souza-Cardoso em reconhecimento da sua carreira.Depois de Fernando Lanhas (em 1997, ano em que a autarquia reinstituiu o galardão), Fernando Azevedo, Costa Pinheiro e Júlio Pomar, este prémio bienal será entregue a Nikias Skapinakis, numa cerimónia a realizar no dia 17 de Setembro. A decisão foi tomada por unanimidade do júri, este ano presidido por Rui Mário Gonçalves e constituído por António Cardoso, Bernardo Pinto de Almeida, Fátima Lambert e Fernando Pernes. De ascendência grega, Nikias Skapinakis nasceu em 1931, em Lisboa, e já tem realizado numerosas exposições, como a retrospectiva de retratos no Museu do Chiado (1996) e mostras antológicas na Gulbenkian (pintura, 1985), Palácio Galveias (1993) e Serralves (pintura e desenho, 2000). Autor de um painel do café A Brasileira do Chiado, dedica-se ainda à litografia, serigrafia e ilustração, e recebeu em 1990 o prémio da AICA-Associação Internacional de Críticos de Arte.

Esta mostra apresenta uma série de pinturas, realizadas entre 2001 e 2006, em que Nikias Skapinakis escolheu como tema "Quartos Imaginários". Muitos dos trabalhos expostos são dedicados a artistas e escritores por quem Arpad Szenes e Vieira da Silva tinham grande admiração ou amizade, como por exemplo Cézanne, Picasso, Morandi, Klee e ainda os escritores Fernando Pessoa e Cesariny.

“Pintar o seu próprio quarto, que coisa mais rara ou mais preciosa! Mas pintar o de um outro artista, ou de um poeta, deitar-se nos seus lençóis, mergulhar no tingimento dos seus sonhos, que transmigração! A nossa voz muda com as suas palavras e os seus silêncios. A nossa realidade muda com as suas angústias e as suas esperanças.” Michel Butor

17 de junho de 2006

Design quotes

“Design is creating something you believe in”
Chuck Green

Em tempo de Mundial...

Se nos perguntarem: O que significam as palavras vermelho, azul, preto, branco?, Podemos, bem entendido, mostrar imediatamente coisas que têm essas cores. Mas a nossa capacidade de explicar o significado dessas palavras não vai além disso.”
Ludwig Wittgensteinn.1889 m.1951



A cor fala. A cor diz-nos coisas. A cor faz-nos sentir. A cor é a transmissão de estados de espírito. A cor é sensação. A cor é emoção. A cor comunica.
O Ferrari que passa é vermelho, é rápido, é veloz, é como uma labareda que se atravessa no nosso caminho.
A noiva casa de branco, é pura, é virgem.
A relva dos campos de futebol é verde, a cor da fortuna, da sorte.
O laranja é energia.
Mas... será que sempre foi assim? As cores sempre tiveram o mesmo significado emocional? Não. Claro que não. E historicamente? E porquê? Que cores? A adopção de certas cores para determinados fins leva-nos a conotar cores com emoções e sensações, estados de espírito e pessoas. Certas cores são vitória, outras são a morte, algumas são alegria. A cor é de facto qualquer coisa de indefinível. (...)
Uma das práticas sociais onde esta está presente é no DESPORTO. Em qualquer tipo de desporto nós podemos tentar descodificar o porquê de determinadas cores, visto que esta prática que move massas, sempre teve relações estreitas e privilegiadas com o uso e a escolha das cores. Hoje em dia o desporto tornou-se num ritual em que o excesso de cores é mais vivo que na Idade Média, por exemplo, e num ritual em que essas cores se coadunam de acordo com os sistemas mais bem sucedidos.
Mas em tempo de Mundial, quem quer saber de teorias e divagações sobre cor?
Queremos é os fulanos de cor de tinto a marcar golos... como hoje!

16 de junho de 2006

Bem vinda XXL

Este blog foi pensado para ser uma obra colectiva, da autoria de diversos designers, para divulgar, reflectir e promover o design e a ergonomia em português. Mas, tal como acontece no mundo real, este mundo virtual também é dinâmico e está em constante evolução (esperamos que para melhor), por isso, alguns membros desistem e novos aderem...
Este post serve para dar as boas vindas ao novo membro deste blog, a nossa querida amiga XXL. A partir de hoje contamos com a sua preciosa colaboração para nos manter sempre informados sobre design, arte e muitos outros temas do nosso interesse.

Obrigada pela tua disponibilidade
Em nome do blog: Bem vinda!

Um carro alimentado a água



O meu sonho transformou-se em realidade!
Foi criado um carro que pode percorrer cerca de 240 km com 4,5 litros de água, na forma de uma célula de hidrogénio.

O Microcab é uma espantosa solução, ecológica, não poluente, para os táxis citadinos, da autoria de John Jostins, professor de design da Universidade de Coventry University. A célula de combustível foi desenvolvida pela Universidade de Loughborough.
Este veículo pode transportar 4 pessoas a uma velocidade máxima de 48km/h.

Eu não possuo um poço de petróleo mas possuo um poço de água…e acredito que isso ainda vai valer muito dinheiro…

Via: BBC

15 de junho de 2006

Loja do Saber

A primeira “Science Shop” portuguesa - a Loja do Saber- da qual sou membro fundador, existe desde 2004 mas, infelizmente, ainda está em “banho-maria”. As razões para este impasse são várias, desde a pouca disponibilidade dos seus membros, à falta de fundos e ao reduzido número de sócios, entre outras.

Mas é pena estarmos a desperdiçar esta ideia fantástica :(

Para quem não sabe o que é uma science shop passo a explicar:
A Loja do Saber, que tem o estatuto jurídico de uma associação sem fins lucrativos, alinha-se num movimento que se tem vindo a desenvolver na Europa desde os anos 70, visando a transferência de conhecimento para e de organizações da sociedade civil.

A definição de science shops é baseada no conceito de community based research, que poderá ser traduzido para português como investigação enraizada na comunidade. Assim, a Loja do Saber é uma instituição que dá apoio à investigação científica independente e participativa e procura resposta a questões que inquietam a sociedade civil.
A palavra ciência é, portanto, utilizada num sentido vasto, englobando não só as ciências naturais e técnicas, mas também as ciências humanas e sociais, as artes, e todo o saber acumulado de modo informal na sociedade (ex. saberes e técnicas tradicionais). As lojas da ciência visam facilitar o acesso a conhecimentos científicos e técnicos necessários para promover o desenvolvimento social e ambiental. O que diferencia estas organizações de outras formas tradicionais de transferência de conhecimento é a abordagem participativa dos seus métodos. Uma grande parte da investigação das lojas da ciência responde directamente às necessidades de saber expressas por organizações comunitárias, e reflecte, portanto, mais as inquietações dos cidadãos do que os interesses particulares de investigadores, instituições académicas ou empresas privadas.

Do ponto de vista institucional, há dois tipos de science shops:
· as que actuam directamente ligadas a uma universidade (modelo também chamado holandês)
· as que cooperam com diversas instituições produtoras de saber, incluindo o saber tradicional que existe na sociedade.
A Loja do Saber pertence a este último grupo e foi fundada por iniciativa de várias personalidades e entidades portuguesas, que formam o grupo de sócios fundadores.

No entanto, a associação está aberta a todos os que queiram aderir e apoiar esta iniciativa.

Precisamos de por esta ideia em marcha... se estiverem interessados em contribuir e apoiar este movimento contactem a Loja do Saber.
lojadosaber@gmail.com

14 de junho de 2006

Prémio Outros Mercados 2006


Este Prémio é promovido pela empresa Outros Mercadus e organizado pelo Centro Português de Design e pela Ordem dos Arquitectos.

Serão aceites obras de arquitectura - espaços efémeros, realizados por profissionais, designers, arquitectos e artistas plásticos, com residência fixa em Portugal e que se considerem realizadas ou em actividade, no biénio 2004 e 2005, qualquer que seja o país no qual tenham sido executadas.
O prémio no valor de € 10.000,00 será atribuído ao(s) autor(es) da obra premiada.

Data limite: 30 de Junho de 2006.

Type on Football no "Molho"!

Posts "de bola" camuflados de "design de tipos de letra"!
Algumas camisolas de selecções presentes no Mundial e de equipas dos campeonatos europeus.
Hoje a camisola e o respectivo tipo de letra desse "gordo" jogador que é o Ronaldo!
E não é o Brasil...

13 de junho de 2006

Um guia sobre ergonomia

Helander, Martin (2005). A Guide to Human Factors and Ergonomics. 2ª edição. Taylor & Francis. CRC Press.
ISBN: 0415282489

Este livro, já na 2ª edição revista e actualizada, ao contrário do que é habitual, desenvolve principalmente os aspectos cognitivos da ergonomia, relegando a ergonomia física para segundo plano. Este guia fornece-nos algumas ferramentas importantes para a resolução de problemas e para a descoberta de boas soluções de design. Através deste livro também podemos compreender o impacto positivo da ergonomia sobre a eficácia dos sistemas, tornando óbvia a rentabilidade acrescida que pode ser obtida através da aplicação da ergonomia à maioria dos sistemas.

A linguagem usada é bastante acessível e simplificada tornando-se, por isso, mais interessante para os iniciados nesta temática. Nele podemos aprender a recolher dados fidedignos e a transformá-los em boas soluções de design. Também é um bom guia para a concepção e análises de sistemas.

Apoiando-se na sua experiência, como professor e ergonomista, o autor explica-nos e desmistifica alguns mitos, equívocos e falácias mais comuns sobre a ergonomia.
É um bom manual para introdução à área da ergonomia/factores humanos.

Índice de conteúdos:

INFORMATION-CENTERED
Introduction to Human Factors and Ergonomics
Cost Benefit Analysis of Improvements in the Human Factor Design
Conducting a Human Factor Investigation
Vision and Illumination Design
Human Information Processing
Design of Controls, Displays, and Symbols
Design of Human Computer Interaction

HUMAN-BODY-CENTERED
Anthropometry in Workstation Design
Work Posture
Manual Materials Handling
Repetitive Motion Injury and Design of Hand Tools
Physical Workload and Heat Stress
Noise and Vibration

ORGANIZATION/MANAGEMENT-CENTERED
Ergonomics of Computer Workstations
Training, Skills, and Cognitive Task Analysis
Shift Work
Design for Manufacture and Maintenance
Accidents, Human Errors and Safety

12 de junho de 2006

Design ergonómico de um violino


A finalista de design (e ex-violinista) Tricia Ho,
da Faculty of the Built Environment
ganhou os prémios Gold Australian Design Award e Dyson Student Award de 2006 com o seu "Ergonomic Violin”.

Esta proposta consiste num violino eléctrico, composto por diversas partes, que permite ao utilizador "costumizar" (personalizar) o seu instrumento, de forma a adaptá-lo ás suas características anatómicas e ás suas estratégias de desempenho. Esta adaptação versátil permite uma redução das lesões músculo esqueléticas, que afectam sobretudo as regiões dos ombros e pescoço dos violinistas, que um instrumento tradicional nunca alcançaria. Graças ao design ergonómico de um auto-apoio este violino permite ao violinista tocar sem ter de agarrar o violino debaixo do queixo.



Para conceber este violino foram escolhidos materiais como a fibra de carbono, para o corpo rígido, e polímeros com memória, Veriflex, nas zonas adaptáveis. Estes polímeros, que podem ser moldados a uma temperatura de 60º, permitem ao utilizador encontrar a forma que mais se adequa ao seu perfil. Para modelar os componentes basta colocá-los alguns minutos numa vulgar máquina de lavar loiça. Podendo ser remodelados as vezes que se desejar.

Considero este projecto um exemplo fantástico de bom design. Não só porque resolve os aspectos ergonómicos, mas também porque é arrojado na escolha dos materiais e na forma como lida com os aspectos estéticos do objecto, apresentando linhas modernas e arrojadas.
Muito bom!!!

11 de junho de 2006

10 de junho de 2006

Design quotes

"Colour does not add a pleasant quality to design - it reinforces it."
Pierre Bonnard

9 de junho de 2006

Blob, um telefone especial


O Blob não é apenas um telemóvel, é um telefone móvel muito especial que, graças ás suas características, pode ser usado como um dispositivo pessoal de acompanhamento e vigilância. Está indicado para crianças, idosos, pessoas com deficiências mas, também pode ser usado pelas empresas no controlo dos seus colaboradores :(

O Blob usa a nova tecnologia Super LSB (Location Based Services) que permite a localização do aparelho em qualquer lugar, sem limites de alcance. O aparelho ainda possui uma frequência rádio, um sensor sonoro e 3 botões com números pré-programados que ligam o utilizador a casa, ao trabalho ou a qualquer outro lugar pré-definido. Um 4º botão liga directamente ao Easy Track's Information Service Center que, por sua vez, liga imediatamente para os serviços de emergência.

Este dispositivo permite, ás pessoas com problemas de memória, ligar para familiares ou profissionais de saúde sem ter de decorar os números. Se se perderem podem ser facilmente encontrados por via electrónica ou frequência rádio. Também pode ser programado para alertar para a hora da toma de medicação. Para pais preocupados com a localização dos filhos, pode ser usado para monitorizar os miúdos directamente pela Internet.

A usabilidade dos equipamentos actuais tornou-se um caso sério. Aquilo que se fazia com 1 botão faz-se hoje com 10. Para fazer uma chamada bastava marcar o número e para receber uma chamada bastava apenas levantar o auscultador… Porém, o Blob é um excelente exemplo de simplificação do interface. É mais simples do que um telemóvel convencional, possui novos recursos mas é mais fácil de usar.

Os equipamentos devem ser de uso tão intuitivo que nem devia ser necessário consultar o manual de instruções. As formas simples do Blob não remetem para os produtos hightech e talvez por isso não assuste os utilizadores menos familiarizados com a tecnologia.
O Blob estará disponível, no Brasil, apartir de Agosto de 2006.

8 de junho de 2006

FUEGO, um churrasco com design


"I like to think of the Fuego as the 'campfire for modernists. (…) Our intention is to re-invigorate the outdoor grill market by breaking all boundaries with a product that is functional, yet appeals to the modern urbanite's lifestyle."
Robert Brunner.

Aquela velha imagem, estereotipada, do churrasco está prestes a mudar.
Fuego é uma nova linha de grelhadores de exterior com elevados níveis de qualidade de design. Estes equipamentos, da autoria do designer Robert Brunner e de Alex Siow, colocaram o churrasco no Séc. XXI. O Fuego apresenta uma interessante combinação de materiais com funcionalidades que um churrasco tradicional não oferece e está disponível em diferentes versões. O grelhador pode dar origem a uma “ilha” de confecção, com superfícies para preparação dos alimentos e para apoio das louças, talheres e vidros. O Fuego apresenta um sistema de alimentação híbrido, onde o chefe pode escolher, facilmente, entre o tradicional carvão e o gás. Para os mais inexperientes, o equipamento também vem equipado com um termómetro que indica a temperatura do grelhador e nos dá pistas para determinar se a comida já está pronta.
A mobilidade também não foi esquecida e este grelhador vem equipado com rodas ocultas.
Assim até fica bem assar umas sardinhas pelos santos populares...

7 de junho de 2006

‘the skin of Corian®’



A Dupont, em parceria com a Designboom, está a promover o concurso internacional de design -‘the skin of Corian®’ - para tratamento inovador de superfícies interiores. O concurso está aberto a profissionais, alunos de design e todos os interessados em geral.

Na base deste concurso está a área de actividade da DuPont, em especial a gama de tratamento de superfícies - Corian®, que se destina a superfícies interiores, domésticas ou comerciais (pavimentos, tectos e objectos excluídos). O tratamento das superfícies pode ser obtido através de soluções/técnicas como a translucidez, a estampagem, gravação por CNC, impressão, litografia, entre outros processos adequados.

Poderão concorrer em 2 categorias:
A – projectos já concluídos;
B – conceitos.

O vencedor de cada categoria receberá um prémio de 2500€.
Serão ainda atribuídas diversas menções honrosas.
Poderão ser submetidas, no máximo, 3 propostas.

Mais informações sobre a Dupont/Corian®.
O registo deverá ser efectuado até 15 de Setembro de 2006. Registem-se aqui

6 de junho de 2006

The Green Imperative

Papanek, Victor (1995) The Green Imperative: Natural Design for the Real World. Thames & Hudson.
ISBN: 0500278466

Um dia depois do dia Mundial do Ambiente não podia deixar de abordar esta problemática que tanto me preocupa. Assim, seleccionei o livro do Vítor Papanek “The Green Imperative” por considerar esta obra como obrigatória para a formação de qualquer designer.Tal como fez no seu clássico “Design for the Real World” Papanek zomba do consumo desenfreado, da obsolescência e tenta promover a ética no design. O autor usa exemplos de diversas culturas, pesquisas recentes para sustentar a sua posição e apelar aos designers para incorporarem a ética nos seus projectos (o objecto ajuda os necessitados? Utiliza recursos escassos?) e a humanidade (a luz, a acústica e a escala promovem o bem-estar?). Os exemplos dados vão das embalagens de comida até aos edifícios inteligentes.

Papanek rejeita tudo aquilo que possa ser desnecessário e até insensato, como todas as coisas que não melhoram o desempenho e só servem para esgotar os recursos. Ele incita os designers a quebrar o ciclo do consumo e estarem atentos à diferença entre o marketing enganador e o bom design. Se os designers e arquitectos possuem uma capacidade notável para incorporar no projecto as exigência estéticas e tecnológicas porque não adicionar também as exigências com a ecologia, com a inclusão de inovações para lidar com a poluição, com os desperdícios, com a degradação ambiental?

Neste livro podemos encontrar modos interessantes de avaliar o impacto ambiental de diversos materiais e processos industriais. Um livro bastante amplo (talvez demasiado amplo) e por vezes demasiado poético na forma como discute o design dos Inuit ou de outras culturas exóticas.

A responsabilidade ecológica não deve recair apenas sobre os criativos, todos nós, como consumidores, devemos ser cada vez mais exigentes com o mercado, de modo a vivermos em harmonia com a natureza.

Devemos exigir um melhor design, mais responsável!

Índice de conteúdos:
The power of design; Here today, gone tomorrow; Designing for a safer future; Toward the spiritual in design; Sensing a dwelling; The biotechnology of communities; The lessons of vernacular architecture; Form follows fun; Is convenience the enemy; Sharing not buying; Generations to come; The best designers in the world?; The new aesthetic: making the future work.

5 de junho de 2006

Shift 2007 Calendar Competition


Está aberto, desde 1 de Junho, mais uma edição do concurso internacional para o calendário Shift 2007.

A Shift , através deste calendário, oferece uma oportunidade para divulgarem o vosso talento, ou seja, o objectivo deste concurso é a descoberta, divulgação e apoio aos novos criadores.
Podem submeter quaisquer trabalhos, desde que não tenham sido propostos em mais nenhum concurso.
O tema é livre.

As propostas podem ser enviadas até 10 Setembro de 2006.

3 de junho de 2006

Design quotes

“Your products run for election every day and good design is critical to winning the campaign.”
Procter & Gamble CEO A.G. Lafley, 2005

2 de junho de 2006

RE-think + RE-cycle

O concurso Macef Design Award 2005, subordinado ao tema: "RE-think + RE-cycle" deu asas à criatividade e engenho de milhares de designers de todo o mundo. Ao consultar a página dos resultados fiquei tão entusiasmada que resolvi destacar, aqui, alguns dos projectos que mais me impressionaram.

O vencedor foi o projecto Watering Can, da autoria de Nicolas le Moigne, Suiça, que consiste na reutilização de PET (PolyEthylene Therephthalate), normalmente usado em garrafas de água e refrigerantes e garrafas de vidro.

Uma união PET consegue ligar-se a garrafas, de diferentes formatos, e transformá-las num regador de plantas.
Simples mas brilhante!




O design nacional foi premiado com uma menção honrosa atribuída ao News, de Cláudio Cardoso e Telma Veríssimo, Portugal.
Este projecto consiste num cesto elaborado a partir de 60 folhas de jornal.
Simplesmente eficaz!

Também muito interessante, e útil, é o energy index, de Klaus Küppers, Alemanha, que consiste num sistema de visualização dos consumos energéticos domésticos.

A observação deste painel permite ao consumidor acompanhar a evolução dos seus consumos e reagir, a tempo de moderar ou alterar hábitos.
Amigo da nossa carteira e do planeta!

Considero que essêncial a estimulação da criatividade em torno de princípios tão críticos como a reciclagem. Infelizmente, nas nossas escolas exercíta-se pouco esta temática…

Muitos outros trabalhos interessantes podem ser consultados na página do Designboom.

1 de junho de 2006

Design para as crianças



Neste dia Mundial da criança achei que devia reflectir um pouco sobre os contributos do design para a melhoria da qualidade de vida dos mais pequenos. O design, sobretudo de produto, pode fazer muito pela segurança, saúde e conforto das crianças... mas ás vezes não faz! Basta observar os problemas que estes pequenos consumidores enfrentam no seu dia a dia.

Alguns investigadores sugerem que as crianças estão sujeitas aos mesmos riscos (ou talvez maiores) do que os adultos, uma vez que estão expostas aos mesmos perigos. Veja-se o caso do mobiliário escolar, das mochilas, dos novos equipamentos electrónicos, do vestuário e calçado, dos brinquedos, dos parques infantis, entre muitos outros. Por exemplo, se o trabalho com um computador pode provocar lesões por esforços repetitivos e problemas de visão nos adultos o que fará a uma criança? Se transportar sacos de supermercado pode provocar uma lesão na coluna vertebral dos adultos, carregar uma mochila, com 10kg de livros, o que provocará na coluna de uma criança?

Para que os nossos projectos sejam, de facto, adequados ás crianças é importantíssimo possuirmos alguns conhecimentos de ergonomia que, felizmente, tem vindo a dedicar bastante atenção a esta população. As crianças não podem ser considerados como adultos em ponto pequeno, por isso, o designer deverá possuir conhecimentos específicos sobre elas.

A nossa atenção deverá focar sobretudo 2 aspectos cruciais: a biomecânica e a visão das crianças, entre outros.

Alguns exemplos que ilustram esta problemática:

Os ossos das crianças estão em processo de ossificação, o que significa que o seu crescimento longitudinal só estará completo no final da adolescência, ocorrendo o ponto máximo de deposição de minerais por volta dos 20-30 anos de idade. Mas, frequentemente, as pessoas assumem que as crianças mais altas podem executar, com segurança, tarefas manuais como levantamento de pesos. Contudo, as crianças podem estar a correr grande risco após um “salto” no crescimento, pois os ossos longos podem alcançar, em média, 80% do seu comprimento máximo aos 7 anos de idade, enquanto que o conteúdo mineral dos ossos é de apenas 40% do nível final. Ou seja, os ossos crescem, ficam mais longos, antes de se tornarem mais fortes. O risco também é elevado porque, a seguir a uma fase de crescimento acentuado as crianças precisam de aprender a coordenação motora da nova postura e os tecidos moles precisam de se desenvolver para se adaptar ás novas dimensões.

Outros problemas sérios, que podem afectar toda a vida futura da criança, ocorrem na coluna vertebral. Os bébés nascem sem a curvatura lombar. A sua curvatura lombar desenvolve-se ao longo do seu caminho para a adolescência. Adolescência implica mudanças hormonais que afectam a distribuição de músculo e gordura e, consequentemente, a forma externa das nossas costas. Daí a importância do exercício regular, do movimento, do não transporte de cargas e das posturas de sentar correctas nas crianças (e adultos), tão importantes para a correcta alimentação dos discos intervertebrais e para abrandar o processo degenerativo.

A visão das crianças está em desenvolvimento. Alguns problemas, como a miopia, podem ter origem na sala de aulas ou no design do "posto de trabalho" da criança. Devemos prestar bastante atenção às alturas dos monitores que, inevitavelmente, os forçam a manter campos visuais excessivamente altos. Uma boa iluminação e uma correcta postura contribuirão para uma visão saudável.

Uma coisa é certa, tanto as crianças como adultos podem ficar debilitados pela dor. Estudos recentes indicam que os mais novos experimentam níveis mais elevados de desconforto e dor do que aquilo que normalmente se pensava. Alguns investigadores sugerem que as taxas de dor lombar e de pescoço, das crianças, são comparáveis ás dos adultos.

Enquanto que os adultos estão numa fase de degeneração, as crianças estão em formação!
A infância é uma oportunidade crítica para ensinar bons hábitos de trabalho que podem garantir práticas seguras para a vida. Mais vale aprender, inicialmente, as boas práticas do que ter que reaprender mais tarde, com esforço e de forma dolorosa.

Atenção, pois qualidade do nosso design (ou a falta dela) é definitivamente um factor crítico neste processo.

Podem encontrar alguns recursos (livros, artigos, links) sobre a ergonomia aplicada aos mais pequenos (entre muitos outros temas) no site Humanics Ergonomics.