15 de fevereiro de 2006

Um relógio contra o Alzheimer














Quando vi este relógio pela primeira vez questionei-me: porque razão haveria de querer ter um relógio atómico, de parede, controlado por rádio? Uma razão poderá ser a possibilidade de inverter os números, colocar o mecanismo a andar para trás, para que só seja possível ler as horas, correctamente, através de um espelho. Esta é, precisamente a ideia que está na origem deste novo relógio proposto pela Citizen (por agora só disponível na Coreia e no Japão).
Então e que benefícios isso trará?
Nenhuns… seria a resposta imediata, pois suspeito que muita gente se ia baralhar com este relógio.
Errado.
Afinal parece que até tem vantagens interessantes.
Quando já estava convencida que este relógio afinal era apenas mais uma pura perda de tempo oiço falar de “neuróbica”, que parece ser uma forma de ginástica cerebral benéfica para combater o Alzheimer. Segundo os autores da descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (Keep Your Brain Alive: 83 Neurobic Exercises, 1998) , a neuróbica é uma nova forma de exercício cerebral projectada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de actividades dos neurónios cerebrais. Cerca de 80% do nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem a vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro. Para contrariar essa tendência é necessário praticar "exercícios cerebrais" que fazem com que as pessoas pensem no que estão a fazer, ou seja, se concentrem na tarefa. Entre os exemplos apresentados surgem alguns curiosos como: usar o relógio de pulso no braço contrário; escovar os dentes com a mão contrária; vestir-se de olhos fechados e, entre outros, ver as horas num espelho. Cá está a razão que me faltava para aceitar esta inovação.
Bom, eu não sei isto funciona mesmo, mas aqui fica a dica, comprem este relógio e contrariem as rotinas, obrigando o vosso cérebro a um trabalho adicional.
Tudo é melhor do que ter ALZHEIMER.

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