14 de outubro de 2006

Pequena crónica de uma visita ao Palácio de Queluz



Para que saibam, um destes dias das minhas vacances, "cá dentro", decidi visitar o Palácio de Queluz, ao qual já não ía há muitos anos.

A ideia que tinha era a de um espaço muito agradável, sobretudo no que respeita aos jardins envolventes, onde aliás todos os anos se realizam alguns eventos deveras interessantes.
Cheia de orgulho nacional, vendo tantos estrangeiros à porta para entrar, aí vou eu, de sorriso escondido - que é como quem diz: em Portugal também temos belos palácios - iniciar a visita pelos edifícios palacianos, edificados à moda de un très petit Versailles.
Comprei o bilhete e esperei por um folheto, ou qualquer papelito onde pudesse haver alguma explicação adicional…nada!

Resignada, entrei na primeira ala. Não vou comentar a recriação dos espaços em si, porque isso transcende os meus conhecimentos de História, mas detectei alguns problemas que foram desmerecendo o tal orgulho, tais como as tabelagens explicativas estarem apenas em 2 línguas, a nacional e em Inglês. A sinalética que deveria indicar o percurso é completamente inexistente e substituída por voz, pelos funcionários que vigiam os visitantes, isto se lhes perguntarmos, claro!

Mas passemos então à minha grande expectativa que iria fazer as minhas delícias neste dia de sufocante calor, os jardins envolventes…
Ah! Se estão à espera de grandes comentários, nem pensem! Decididamente nem pensar em alongar-me com apreciações sobre este espaço, ou seja, enfim, recuso-me, não me apetece e sabem porquê?

Aí vai…Os jardins mal cuidados, a falta de sinalética exterior, para indicar os percursos, à excepção de algumas setas que mal se viam, começaram a deixar-me deveras irritada. A cafetaria, essa encontrei-a por simples acaso! Entrei para comer alguma coisa e da lista afixada pouco havia. O espaço poderia ser agradável, embora diminuto, mas também está muito mal cuidado. A outra alternativa seria o exterior, onde existem algumas mesas, mas que estavam completamente ao sol, porque só havia um chapéu para proteger uma delas. A irritação foi ao rubro!

Retornei pelo mesmo caminho e entrei na outra ala do Palácio, para finalizar a visita. A saída era novamente pelo jardim, do qual tinha saído há pouco. Saí por aquela por porta enigmática, aberta e sem qualquer indicação, pela qual já tinha espreitado anteriormente!

Fiz o mesmo caminho que já tinha feito, desta vez com muito menos alento e a derreter de calor, lá dei com uma saída para a rua, também por acaso!

Quis fotografar a fachada principal, mas nada feito! Os carros estacionados à porta comprometeriam qualquer enquadramento…

Enfim…mais não digo para não entrar em lugares comuns e em frases feitas, daquelas que tão bem conhecemos e usamos para classificar o estado em que está o nosso Património.
Tirem as ilações que entenderem!
Bons passeios!
http://www.ipar.pt/monumentos/palacio_queluz.html

3 comentários:

Atom Ant disse...

Infelizmente, esta tua crónica pode aplicar-se a inúmeros locais do património nacional. E tu não te deslocas em cadeira de rodas (felizmente) porque, nesse caso... a tragédia seria bem maior.
É uma vergonha. :-(

Atom Ant disse...

Obs.
Gostei da sinalética!!!!

CORTO MALTESE disse...

Sinalética ou sinalização?
:)