5 de fevereiro de 2007

Antoni Guadi e a Art Nouveau

A Arte Nova conheceu várias formas de expressão artística ao longo da Europa. Mais conhecida por Art Nouveau, em França e na Bélgica, pelas mãos de Guimard e Victor Horta, desenvolveu-se na Escócia (Escola de Glasgow) pelo fabuloso trabalho de Charles Rennie Mackintosh, na Áustria (a Secessão Austríaca) através dos trabalhos de Olbrich e Otto Wagner. Um pouco por toda a Europa se fez sentir esta nova estética que atravessou o campo das artes. Desde a Escultura, à pintura, este movimento no entanto destacou-se claramente nos campos do design e da arquitectura.

Quem não conhece as estações de metro francesas? Das quais temos uma réplica em Picoas.
A famosa secretária de Henry vna de Velde? As cerâmicas e as jóis de Gallé e Lalique? Os edifcíos de Charles Rennie Mackintosh?
E quem não foi ainda a Barcelona? Eu.
Mas estou a tartar disso. Daqui por 15 dias estarei plantado em pleno Parque Güell! Obra do conceituado Antoni Gaudi.
Gaudi foi o grande impulsionador do Modernismo catação, a variante espanhola da Art Nouveau. Juntamente com o arqitecto Montaner, Gaudi foi um utilizador exímio da técnica catalã tradicional do trencadis, que consiste de usar peças cerâmicas quebradas para compor superfícies. Pode admirar-se a utilização do trencadis em locais como o Parque Güell , por exemplo.
Foi Eusebi Güell que encomendou a Gaudí, a construção de uma cidade-jardim, na sua propriedade. Güell acabou por ser uma espécie de mecenas do arquitecto catalão.
É neste parque que está situada a Casa-Museu Gaudí, embora esse edifício não pareça pertencer a este parque, pela sua traça completamente diversa das outras casas aí existentes.
Gaudi conseguia sempre este efeito na paisagem. O efeito de estranheza e surpresa. Com o projecto da Casa Milà, também conhecida como La Pedrera, Gaudi conseguiu um fantástico edifício de aparência biomórfica que foi detestado por todos. Para muitos na altura um monte de pedras sem qualquer utilidade, onde o aproveitamento do espaço não era optimizado, daí o seu nome "A Pedreira". Hoje é apenas... um dos marcos da cidade.
Falar de Gaudi e não falar da
Sagrada Família, é como ir a Barcelona e... não ir ao Parque Güell. A obra por execelência de Gaudi, apesar de estar inacabada. A obra, que ainda se encontra em construção, sobrepôr-se-á a todas as dimensões conhecidas; estima-se que poderá levar no seu coro 1.500 cantores, 700 crianças e cinco órgãos.
A visitar. Claramente um local a visitar.



(ver mais no Molho de Brócolos)

1 comentário:

Anónimo disse...

Pois só acho que deves mesmo ir, claro!
Já agora recomendo que não percas a oportunidade de visitar el Palau de la Musica, onde é provável que haja algum excelente concerto e, sobretudo para "endoideceres" completamente com o fabuloso, fantasioso e mais palavras acabadas em oso, com o interior. É absolutamente imperdível.
Boa viagem!!!