23 de maio de 2007

Art Buliding

Conceito de Art Buliding chega sábado a Portugal

Percorrendo os olhos pelas notícias on-line, esta chamou-me a atenção:

Quinta-feira, pelas 22:00, vai «cair o pano» que tapa o nº27 da Rua Victor Cordon, prédio que está a ser reabilitado, para deixar a descoberto a obra WAR/WORK, do artista plástico Tiago Baptista.

A ideia partiu de um grupo de sociedades que desenvolvem projectos imobiliários, muitos deles ligados à reabilitação urbana.

«Sentimos a necessidade de fazer mais pela cidade, dar algo à população em troca dos transtornos causados pela execução das obras. Já que não se pode eliminar o transtorno, podemos minimizá-lo com esta iniciativa», explicou à Lusa José Carlos Queirós Carvalho, administrador da Mainside Investments.
O grupo de sociedades pretende criar um «Museu à escala da cidade», utilizando o conceito Art Building nos vários projectos que tem em realização em zonas de Lisboa como os Restauradores, Alcântara, Santos, Santa Catarina, Bairro Alto e o Chiado.

Depois de ter sido escolhida, através de um concurso, a obra que iria «embelezar» o nº27 da Rua Victor Cordon, chegou a altura de pedir o licenciamento da iniciativa à Câmara Municipal de Lisboa, que demorou cerca de seis meses a dar uma resposta (já ninguém se admira, não é?...digo eu!)
«A nossa ideia era começar já com outras intervenções, mas com os atrasos na chegada do licenciamento acabámos por deixar arrastar o processo. No entanto, esperamos que no mais curto espaço de tempo seja exposta outra instalação numa obra dos Restauradores», explicou o responsável à Lusa.
O edifício do Chiado vai estar coberto de redes de camuflagem, «mas não de forma evidente, porque só de perto se perceberá o que é», e na esquina do prédio serão colocadas duas palavras em néon: WAR e WORK (guerra e trabalho), revelou à Lusa Tiago Baptista, o artista plástico responsável pela obra.
«Escolhi as duas palavras com grafia próxima, que à priori têm sentidos opostos, mas que se juntam em muita coisa. São duas coisas que trazem mudança, revolução, e há o trabalho de guerra, como o dos mercenários. Quero que as pessoas pensem sobre o assunto», explicou.
Para Tiago Baptista esta é uma iniciativa «excelente» e «uma questão de arte pública», que foi fruto de um concurso e não um «trabalho encomendado.
«Em Portugal a arte pública está muito confinada ao poder local, às estátuas das rotundas. As cidades precisam de outro género de arte pública», disse à Lusa.

Diário Digital / Lusa
23-05-2007 13:17:33

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