25 de novembro de 2005

O todo e as partes

Estes dois exemplos publicitários fizeram-me pensar sobre a percepção visual.

Lembrei-me dos psicólogos da Gestalt (palavra alemã que significa forma ou figura inteira) que defendem que a organização é uma característica essencial de toda a actividade cognitiva. Estes investigadores analisaram inúmeras qualidades da forma e propuseram algumas leis para explicar o modo como a percepção está organizada. Demonstraram, por exemplo, que objectos próximos entre si tendem a ser vistos como um todo (Lei da Proximidade); que quanto mais simétrica for uma região fechada, mais tende a ser vista como uma figura (Lei da Simetria); que quanto mais semelhantes forem os objectos, entre si, mais tendem a ser vistos como um todo (Lei da Semelhança) e que a organização que prevalece, do conjunto figura-fundo, é a que apresentar menores mudanças ou interrupções nas suas linhas (Lei da Boa Continuidade), entre outras.

Uma das ideias mais importantes da Teoria da Gestalt é que uma forma é perceptivamente sentida como uma gestalt intacta, coerente, um todo diferente da soma das suas partes. Isto significa que para percepcionar uma forma são mais importantes as relações, que se estabelecem entre os componentes das formas, do que os próprios elementos que a compõem.

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