15 de outubro de 2008

Sabiam que... #Lei de Yerkes-Dodson

# Sabiam que, segundo a Lei de Yerkes-Dodson há uma relação entre a excitação (estado de activação) e a performance mas, apenas até a um certo ponto?

A Lei de Yerkes-Dodson, que foi desenvolvida por Robert M. Yerkes e J. D. Dodson em 1908, diz que a performance aumenta juntamente com a excitação psicológica e mental mas, apenas até um certo ponto. Isto é, quando o nível de excitação atinge valores muito altos a performance diminui. Esta relação é ilustrada por um gráfico, numa curva em forma de parábola (U invertido).


A primeira metade da curva da Lei de Yerkes-Dodson pode ser interpretada como o efeito energizante da excitação, enquanto que a segunda metade da curva pode ser entendida como os efeitos negativos dessa excitação. Tais efeitos negativos podem ser entendidos, numa linguagem corrente, como os efeitos do stress.

Naturalmente, nem todas as tarefas exigem iguais nível de excitação para que o desempenho seja o melhor. Algumas tarefas são favorecidas por níveis de excitação mais baixos enquanto que, noutras, ocorre o inverso. Isso terá que ver com, por exemplo, o tipo de esforço envolvido na tarefa. Uma tarefa monótona poderá beneficiar de um nível de excitação superior, como factor de motivação, já uma tarefa complexa, nova ou difícil, poderá ser prejudicada por elevados níveis de excitação, que poderão comprometer a concentração. Esta relação também varia em função da experiência da pessoa envolvida na tarefa.

Um grau muito baixo de "stress" (entendido como força de activação) limita a qualidade do desempenho. Se a tensão for moderada, o desempenho vai subindo moderadamente. Se os níveis de tensão continuarem a subir, de forma intensa e prolongada, o desempenho cai.

O mais importante é perceber que, cada tarefa e cada indivíduo possuem um ponto óptimo de activação, ou de ansiedade, para o um desempenho óptimo.

Referências:
Yerkes, R.M. & Dodson, J.D. (1908) The relation of strength of stimulus to rapidity of habit-formation. Journal of Comparative Neurology and Psychology, 18, 459-482
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