(…) “Research confirms that users make aesthetic decisions about the overall visual impression of web pages in as little as 50 milliseconds (1/20th of a second)” (…)
A discussão sobre o impacto do belo na usabilidade das interface, e aqui estou a referir-me à qualidade gráfica das soluções, já não é coisa recente. É aquela velha questão, da forma que segue a função, ou, nem por isso... Muito se tem dito e escrito a este respeito mas, a polémica persiste.
Por vezes, os ergonomistas e/ou peritos em usabilidade levantam algumas reservas quanto ao esforço que os designers investem para “vestir” as suas soluções. E, por vezes, com alguma razão, pois, alguns designers, ignoram as mais elementares regras da usabilidade para dar primazia àquela ideia ou àquele grafismo. Esses designers, qual “artista plástico”, procuram, a todo o custo, deixar a sua marca pessoal e artística na cultura visual, como se não houvesse outras gentes, com diferentes experiências e necessidades, a usar as suas soluções. Pior ainda, rejeitam, quando confrontados com essa possibilidade, fazer uma avaliação com utilizadores à qualidade das suas propostas. Numa postura do tipo “nunca me engano e raramente tenho dúvidas”...
Voltamos, aqui, à velha polémica da relação entre arte e design... entre inspiração divina e ciência...
Mas, como em tudo na vida, é preciso bom senso. Eu acredito que o belo é uma parte essencial da experiência com as interfaces. E que, sem essa qualidade, tudo seria, definitivamente, muito mais pobre e menos divertido. Mas, também acredito que, parte dessa qualidade a que chamamos belo, reside na adequação das soluções ás capacidade, necessidades e expectativas dos utilizadores. Isto é, a usabilidade é, ela mesma, uma parte fundamental da harmonia e da coerência das interfaces, que as torna mais belas!
Sobre esta questão, Patrick Lynch, publicou um artigo, muito interessante, intitulado "Visual decision making", no site "A List apart", que vale a pena ler.
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