31 de dezembro de 2005
30 de dezembro de 2005
Moldura digital
Numa época em toda a gente tira, normalmente, bastante fotos, sabem dizer qual a percentagem dessas fotos que nunca serão impressas? Bom… eu calculo que, no meu caso, irei imprimir entre 5 a 10% das fotos que tiro. Mas lá porque não as transformamos em papel, não quer dizer que não gostássemos de as exibir ou apreciar… foi precisamente para resolver este impasse que foi criada a Philips Digital Photo Display (Visor de fotografias digital). Esta solução consiste numa moldura digital que é, na verdade, um mini ecrã LCD com resolução de 720x480, visível de diferentes ângulos com bastante qualidade de imagem. As fotos podem ser visualizadas directamente dos cartões de memória ou transferidas para a memória interna da moldura via USB. A moldura tem capacidade para armazenar cerca de 80 fotos.
Estava aqui a pensar que esta é uma boa solução para quem tem mais do que uma/um namorada(o)… assim é fácil mudar o conteúdo das molduras de casa…
29 de dezembro de 2005
Next Generation Design Competition Metropolis 2006
A Metropolis deseja descobrir a próxima geração de Grandes Ideias e de Criativos. Para isso criou o Next Generation Design Competition, que se destina tanto a designers como arquitectos. O prémio de $ 10,000 será atribuído à “Grande Ideia” que contribua de alguma forma para melhorar o meio ambiente, tornando-o melhor, mais seguro e mais sustentável.
Este concurso iniciou-se em 2003 como reconhecimento e encorajamento do activismo e envolvimento social dos designers. A propósito desta temática lembrei-me daquilo que Vítor Papanek* disse: “Tanto a época como o lugar dão aos designers a certeza de que as técnicas e os talentos que colocam no trabalho permanecerão válidos no futuro. No entanto, deveremos ser extremamente cuidadosos com aquilo que criamos e porquê. As mudanças ambientais no nosso frágil planeta são uma consequência daquilo que fazemos e dos instrumentos que utilizamos. Agora que as mudanças que provocamos são tão grandes e tão ameaçadoras, é imperativo que os designers e arquitectos dêem o seu contributo para ajudarem a encontrar soluções.”
Ainda podem enviar os projectos até ao dia 15 de Janeiro.
*Papanek, Victor (1995). Arquitectura e Design. Ecologia e Ética. Lisboa: Edições 70.
Este concurso iniciou-se em 2003 como reconhecimento e encorajamento do activismo e envolvimento social dos designers. A propósito desta temática lembrei-me daquilo que Vítor Papanek* disse: “Tanto a época como o lugar dão aos designers a certeza de que as técnicas e os talentos que colocam no trabalho permanecerão válidos no futuro. No entanto, deveremos ser extremamente cuidadosos com aquilo que criamos e porquê. As mudanças ambientais no nosso frágil planeta são uma consequência daquilo que fazemos e dos instrumentos que utilizamos. Agora que as mudanças que provocamos são tão grandes e tão ameaçadoras, é imperativo que os designers e arquitectos dêem o seu contributo para ajudarem a encontrar soluções.”
Ainda podem enviar os projectos até ao dia 15 de Janeiro.
*Papanek, Victor (1995). Arquitectura e Design. Ecologia e Ética. Lisboa: Edições 70.
28 de dezembro de 2005
Embalagem para garrafas
Continuando a falar de bebidas alcoólicas… (Isto deve ser por causa da época festiva)
Quantas vezes transportamos as garrafas em sacos, ou caixas, chocalhando, roçando, batendo umas nas outras? Vez sem conta… Tantas que, em algumas delas, acontecem coisas desagradáveis que vão desde o barulho do vidro contra vidro, do estragar dos rótulos ou, pior do que tudo, partir as garrafas derramando o seu conteúdo. Para resolver este problema a Regale Corp. criou uma solução interessante de embalagem, dividida em 2 partes, para transporte de garrafas de vidro.
Para evitar o uso do plástico, foram utilizadas fibras recicladas para moldar esta embalagem, resultando numa solução muito positiva, ecológica e com custos muito baixos.
Neste caso, a forma segue a função... com bastante sucesso!
Espero que bebam com moderação!
27 de dezembro de 2005
Cadeira de rolhas de champanhe
Um estranho concurso de design parece ter-se transformado num clássico desta época. Estou a falar do concurso de design de cadeiras feitas com rolhas de champanhe - o DWR Champagne Chair Contest.
Tudo começou, há alguns anos atrás, quando um senhor, chamado Rob Forbes, recebeu uma cadeira em miniatura feita com rolhas de champanhe e respectiva armação de arame. Como essa miniatura fez enorme sucesso, ele teve a ideia de criar este evento de design.
O desafio é simples: trata-se de criar uma miniatura de cadeira usando as rolhas, os arames e as chapas de, no máximo, 2 garrafas de champanhe.
Este concurso está aberto a todos os designers, sejam profissionais, professores ou estudantes. O prazo de participação foi alargado até 6 de Janeiro de 2006. Uma selecção das melhores cadeiras será exibida nos DWR Studios. Os 6 finalistas serão mencionados no site e na Design Newsletter, para além de receberem um vale de compras da DWR. Nos últimos anos, as cadeiras seleccionadas apareceram em posters, na comunicação social em geral, em catálogos e galerias.
Já que vão beber… em vez de ficarem a olhar para as rolhas, com olhos esbugalhados, usem a criatividade para ganhar este concurso. Divirtam-se...
23 de dezembro de 2005
22 de dezembro de 2005
21 de dezembro de 2005
O gesto é tudo
Uma grande percentagem da informação, transmitida na comunicação interpessoal, é gestual. O nosso cérebro especializou-se em ler a linguagem corporal e tirar daí as devidas ilações.
Podemos simpatizar ou odiar os nossos interlocutores apenas com base na sua linguagem corporal e facial. As primeiras impressões são, por vezes, fatais na futura relação. Tanto poderá ser um caso de amor à primeira vista, como de ódio para sempre…
Bom… mas, quando apresentados fora de contexto, os gestos podem transmitir informações contraditórias, ou desconcertantes, como é o caso que aqui deixo…
Afinal, eles estarão a falar do quê… ou de quem?
Podemos simpatizar ou odiar os nossos interlocutores apenas com base na sua linguagem corporal e facial. As primeiras impressões são, por vezes, fatais na futura relação. Tanto poderá ser um caso de amor à primeira vista, como de ódio para sempre…
Bom… mas, quando apresentados fora de contexto, os gestos podem transmitir informações contraditórias, ou desconcertantes, como é o caso que aqui deixo…
Afinal, eles estarão a falar do quê… ou de quem?
20 de dezembro de 2005
Evaluation of Human Work
Wilson, J. R. & Corlett, E. N. (1995). Evaluation of Human Work.
A practical ergonomics methodology. 2ª Edição; Taylor & Francis.
Este livro é um “best-seller” no domínio da ergonomia.
É um verdadeiro compêndio de metodologias e técnicas ergonómicas para avaliação do trabalho humano.
Aborda conteúdos como: metodologias gerais; métodos e técnicas básicas da ergonomia; técnicas em produção; design de sistemas e avaliação; avaliação e design do posto de trabalho; análise da actividade de trabalho; análise da tarefa; interface homem-computador; stress de trabalho; avaliação de risco; observação da peformance; função psicofisiológica; design experimental; recolha de dados, entre muitos outros.
A practical ergonomics methodology. 2ª Edição; Taylor & Francis.
Este livro é um “best-seller” no domínio da ergonomia.
É um verdadeiro compêndio de metodologias e técnicas ergonómicas para avaliação do trabalho humano.
Aborda conteúdos como: metodologias gerais; métodos e técnicas básicas da ergonomia; técnicas em produção; design de sistemas e avaliação; avaliação e design do posto de trabalho; análise da actividade de trabalho; análise da tarefa; interface homem-computador; stress de trabalho; avaliação de risco; observação da peformance; função psicofisiológica; design experimental; recolha de dados, entre muitos outros.
19 de dezembro de 2005
Mala de mão iluminada
Aquilo que as mulheres põem dentro das suas malas de mão continua a ser um verdadeiro mistério, por vezes até mesmo para as suas donas. Uma aluna da Universidade de Brunel, chamada Rosanna Kilfedder, propõe-se dar uma mãozinha, ou melhor dizendo, uma luzinha, para acabar com este problema. A nova solução, que consiste numa mala que se auto-ilumina, promete tornar mais fácil encontrar as chaves de casa, ou outros objectos, dentro do caos. Este novo conceito de mala, apelidada de Sun Trap, usa uma célula solar, aplicada no exterior, para obter energia. A energia é armazenada numa bateria que alimenta a luz, semelhante à que encontramos nos telemóveis, e que é ligada através da abertura do fecho que funciona como interruptor. A luz apaga-se assim que o fecho é corrido, ou quinze segundos depois de ligada, para os casos em que a mala fica aberta por esquecimento. Esta bateria pode ter um uso secundário importante, pois pode ser usada como carregador móvel para telemóveis ou de outros pequenos aparelhos.
Rosanna afirma que teve esta ideia ao observar as dificuldades das suas amigas, em encontrar as chaves de casa no escuro, ou vendo-as a usar os telemóveis para iluminar o seu interior.
18 de dezembro de 2005
17 de dezembro de 2005
Design quotes
“Questions about whether design is necessary or affordable are quite beside the point: design is inevitable. The alternative to good design is bad design, not no design at all.”
Douglas Martin
Douglas Martin
16 de dezembro de 2005
Design sem preconceitos
E se uma empresa lhe pedisse para conceber brinquedos sexuais, como vibradores?
Aceitariam o desafio ou ficariam com receio?
A solução escolhida assentaria numa réplica real daquilo que a natureza criou?
Ou optariam por soluções esculturais, cheias de expressividade artística?
Por outro lado, talvez se pudesse investigar a ergonomia dessa interacção para encontrar a solução mais adequada!
Este desafio foi colocado, pela Myla , a diversos designers e artistas.
Ultrapassando preconceitos, ou falsos moralismos, estas peças de design não foram concebidas para estar escondidas na gaveta, quando não estão em uso, mas também não são meras esculturas ou peças decorativas.
O Bone, da autoria de Tom Dixon, actual director criativo da Habitat internacional, até tem uma edição especial, feita artesanalmente em cristal e, apesar do preço elevado da versão normal (240€), tem uma interminável lista de encomendas. Sobre este trabalho, o designer afirmou: «É extraordinário, que objectos destinados a um uso tão íntimo e agradável sejam tão destituídos de qualidade em termos de design e material. Objectos como estes devem ser preciosos, bonitos e higiénicos, reflectindo a sua função.». Marc Newson, designer australiano, é o autor de Mojo, cuja palavra-chave parece ser “divertido”. Sobre ele o autor disse: «Cada projecto é um desafio único, e não vejo nada de estranho em desenhar tudo, desde um jet privado a um acessório sexual». Tara Cottam, escultora britânica, é a autora de Seed, uma solução mais inspirada na natureza. A solução encontrada não se afasta muito da linha das suas esculturas, sempre inspiradas em objectos naturais e trabalhadas em pedra ou bronze. Outra escultora, Mari-Ruth Oda, japonesa, conhecida pelos seus trabalhos em pedra, é autora do Pebble, que passa bem por uma vulgar pedra rolada, a não ser que comece a vibrar no meio da sala...
Aceitariam o desafio ou ficariam com receio?
A solução escolhida assentaria numa réplica real daquilo que a natureza criou?
Ou optariam por soluções esculturais, cheias de expressividade artística?
Por outro lado, talvez se pudesse investigar a ergonomia dessa interacção para encontrar a solução mais adequada!
Este desafio foi colocado, pela Myla , a diversos designers e artistas.
Ultrapassando preconceitos, ou falsos moralismos, estas peças de design não foram concebidas para estar escondidas na gaveta, quando não estão em uso, mas também não são meras esculturas ou peças decorativas.
O Bone, da autoria de Tom Dixon, actual director criativo da Habitat internacional, até tem uma edição especial, feita artesanalmente em cristal e, apesar do preço elevado da versão normal (240€), tem uma interminável lista de encomendas. Sobre este trabalho, o designer afirmou: «É extraordinário, que objectos destinados a um uso tão íntimo e agradável sejam tão destituídos de qualidade em termos de design e material. Objectos como estes devem ser preciosos, bonitos e higiénicos, reflectindo a sua função.». Marc Newson, designer australiano, é o autor de Mojo, cuja palavra-chave parece ser “divertido”. Sobre ele o autor disse: «Cada projecto é um desafio único, e não vejo nada de estranho em desenhar tudo, desde um jet privado a um acessório sexual». Tara Cottam, escultora britânica, é a autora de Seed, uma solução mais inspirada na natureza. A solução encontrada não se afasta muito da linha das suas esculturas, sempre inspiradas em objectos naturais e trabalhadas em pedra ou bronze. Outra escultora, Mari-Ruth Oda, japonesa, conhecida pelos seus trabalhos em pedra, é autora do Pebble, que passa bem por uma vulgar pedra rolada, a não ser que comece a vibrar no meio da sala...
15 de dezembro de 2005
Auto-café expresso
Há dependências que são mal vistas pela sociedade, como a dependência do álcool, das drogas e agora, cada vez mais, do tabaco, entre outras. Mas outras dependências são bem aceites, como a dependência financeira... e a dependência da cafeína. Aliás, são tão aceites que até arranjamos maneira de reduzir o sofrimento, daqueles que estão a sofrer os efeitos da privação… Nesse sentido, a Bertone criou uma máquina de café para ser usada nos automóveis, ou outros veículos motorizados. Assim, se é café-dependente, já pode dar cabo do vício mesmo enquanto aguarda nas filas de trânsito. Basta ligar a Velox ao isqueiro do carro e esperar...
Resta saber o impacto que esta inovação irá ter na sinistralidade!!!
Já estou a ver a cena: “Sr. Guarda, estava a mudar o filtro do café e não vi que o sinal tinha mudado…ou então, estava a mexer o café e não podia fazer "pisca"... eheheheh
Se a moda pegar, terão que incluir novas regras no código da estrada, como: proibido tomar café em andamento; proibido usar chávenas de porcelana nos automóveis, proibido atirar borras de café para a via pública, etc. etc…
A máquina custa cerca de 59€ e, como é óbvio, pode ser usada com o carro estacionado ;)
Resta saber o impacto que esta inovação irá ter na sinistralidade!!!
Já estou a ver a cena: “Sr. Guarda, estava a mudar o filtro do café e não vi que o sinal tinha mudado…ou então, estava a mexer o café e não podia fazer "pisca"... eheheheh
Se a moda pegar, terão que incluir novas regras no código da estrada, como: proibido tomar café em andamento; proibido usar chávenas de porcelana nos automóveis, proibido atirar borras de café para a via pública, etc. etc…
A máquina custa cerca de 59€ e, como é óbvio, pode ser usada com o carro estacionado ;)
14 de dezembro de 2005
Cortinas solares
Pensar em design significa pensar nas necessidades humanas, mas também, e não menos importante, pensar na sustentabilidade do design. De que serve ter um mundo altamente tecnológico se destruirmos o planeta e tornarmos, a nossa grande casa, inabitável?
Não é fácil encontrar soluções onde haja equilíbrio entre as questões do design, do lucro, do consumidor e do ambiente. No entanto, muito se poderá fazer com pequenas, mas maravilhosas soluções…semelhantes àquela que menciono neste post.
As Energie Curtain procuram resolver um dos maiores problemas que enfrentamos, que é a nossa dependência energética, sobretudo dos combustíveis fósseis, altamente poluentes e escassos. A ideia é simples - porque não usar cortinas solares, que acumulam a energia solar durante o dia para, durante a noite, iluminar os nossos espaços?
Esta inovação, criada pela Re:form, uma subsidiária dos Interactive Studios poderá, potencialmente, revolucionar o mercado dos cortinados e dos candeeiros, principalmente em Portugal, um país com uma média de horas de sol tão generosa. A Re:form dedica-se a explorar novas tecnologias, aplicáveis na concepção de interiores domésticos inteligentes, e têxteis interactivos.
É óbvio que se levantam algumas dúvidas, sobretudo técnicas ou tecnológicas, sobre esta solução, mas quanto a mim, vale pela originalidade e arrojo da proposta. Este projecto é um exemplo do equilíbrio entre as preocupações Humanas e ecológicas.
Não é fácil encontrar soluções onde haja equilíbrio entre as questões do design, do lucro, do consumidor e do ambiente. No entanto, muito se poderá fazer com pequenas, mas maravilhosas soluções…semelhantes àquela que menciono neste post.
As Energie Curtain procuram resolver um dos maiores problemas que enfrentamos, que é a nossa dependência energética, sobretudo dos combustíveis fósseis, altamente poluentes e escassos. A ideia é simples - porque não usar cortinas solares, que acumulam a energia solar durante o dia para, durante a noite, iluminar os nossos espaços?
Esta inovação, criada pela Re:form, uma subsidiária dos Interactive Studios poderá, potencialmente, revolucionar o mercado dos cortinados e dos candeeiros, principalmente em Portugal, um país com uma média de horas de sol tão generosa. A Re:form dedica-se a explorar novas tecnologias, aplicáveis na concepção de interiores domésticos inteligentes, e têxteis interactivos.
É óbvio que se levantam algumas dúvidas, sobretudo técnicas ou tecnológicas, sobre esta solução, mas quanto a mim, vale pela originalidade e arrojo da proposta. Este projecto é um exemplo do equilíbrio entre as preocupações Humanas e ecológicas.
13 de dezembro de 2005
Uma história natural dos sentidos
Ackerman, Diane (1990). Uma História Natural dos Sentidos. Lisboa: Circulo de Leitores.
Diane Ackerman conta-nos , de forma acessível e rigorosa , a história dos sentidos, como nasceram e evoluíram, como são entendidos pelas várias culturas , a que limites estão sujeitos , que podem ensinar-nos sobre o mundo surpreendente em que vivemos.
Aqui ficam alguns excertos, para aguçar o apetite...
“O corpo selecciona e desbasta a experiência, depois envia-a ao cérebro para que ele a arquive ou utilize para algum fim. (…) Nem tudo é sentido por nós com força suficiente para enviar uma mensagem ao cérebro; muitas sensações invadem-nos sem nos dizerem nada. Muito perde-se na tradução ou é censurado, e os nossos nervos nem sempre disparam de imediato. Alguns permanecem silenciosos enquanto outros reagem. Isso faz com que a nossa versão do mundo seja algo simplista, tendo em vista a complexidade desse mesmo mundo. O corpo não vive em busca da verdade mas sim da sobrevivência.
(…)”Um dos maiores paradoxos da condição humana é que a grande abundância de sensações, que tanto significam para nós, não é percepcionada directamente pelo cérebro. (…) O cérebro é cego, surdo, mudo, insensível”.
Diane Ackerman conta-nos , de forma acessível e rigorosa , a história dos sentidos, como nasceram e evoluíram, como são entendidos pelas várias culturas , a que limites estão sujeitos , que podem ensinar-nos sobre o mundo surpreendente em que vivemos.
Aqui ficam alguns excertos, para aguçar o apetite...
“O corpo selecciona e desbasta a experiência, depois envia-a ao cérebro para que ele a arquive ou utilize para algum fim. (…) Nem tudo é sentido por nós com força suficiente para enviar uma mensagem ao cérebro; muitas sensações invadem-nos sem nos dizerem nada. Muito perde-se na tradução ou é censurado, e os nossos nervos nem sempre disparam de imediato. Alguns permanecem silenciosos enquanto outros reagem. Isso faz com que a nossa versão do mundo seja algo simplista, tendo em vista a complexidade desse mesmo mundo. O corpo não vive em busca da verdade mas sim da sobrevivência.
(…)”Um dos maiores paradoxos da condição humana é que a grande abundância de sensações, que tanto significam para nós, não é percepcionada directamente pelo cérebro. (…) O cérebro é cego, surdo, mudo, insensível”.
12 de dezembro de 2005
WC de emergência
Muitos se lembram dos banquinhos de cartão, tão populares nas longas filas da Expo 98. E se agora pudessem comprar uma sanita segundo a mesma filosofia? Ou seja, uma sanita efémera, totalmente reciclável e biodegradável. Uma sanita de emergência que pode ser usada nos sítios mais remotos, mesmo onde não há água.
A UnBathroom, que é o nome deste equipamento, é fabricada em cartão canelado encerado, para resistir ás condições atmosféricas adversas, e tem uma montagem muito fácil... Esta sanita pode ser espalmada para facilitar o transporte e o armazenamento. O seu revestimento interno, em plástico, que equivale ao contentor, pode ser selado para ser depositado, mais tarde, no lixo sanitário. Depois de usados os revestimentos interiores, e por questões de higiene, a base em cartão pode ser reciclada. A altura da sanita pode ser ajustável, para idosos ou deficientes, ao ser colocada sobre qualquer superfície estável.
Ao criar esta sanita de emergência, William Hsu, estudante do Art Center College of Design, Pasadena, CA, ganhou uma menção honrosa atribuída pela I.D. em 2004.
A abordagem feita por William Hsu, à questão sanitária, revela um pensamento global e sistémico muito bom e que falta a muitos alunos de design. Este projecto impressiona pela simplicidade da solução, mas também pela forma como lida com os desperdícios. A informação aplicada é apenas a essencial, não possui material gráfico excessivo.
Fico espantada pelo nível de projecto destes alunos… O que acaba por levantar algumas questões problemáticas. Será que fazer estruturas em palitos, ou escadas industriais são temáticas correctas para ensinar alunos de design??? Poderíamos, ou não, fazer mais e melhor pelo ensino do design?
Aqui fica a questão para reflexão…
A UnBathroom, que é o nome deste equipamento, é fabricada em cartão canelado encerado, para resistir ás condições atmosféricas adversas, e tem uma montagem muito fácil... Esta sanita pode ser espalmada para facilitar o transporte e o armazenamento. O seu revestimento interno, em plástico, que equivale ao contentor, pode ser selado para ser depositado, mais tarde, no lixo sanitário. Depois de usados os revestimentos interiores, e por questões de higiene, a base em cartão pode ser reciclada. A altura da sanita pode ser ajustável, para idosos ou deficientes, ao ser colocada sobre qualquer superfície estável.
Ao criar esta sanita de emergência, William Hsu, estudante do Art Center College of Design, Pasadena, CA, ganhou uma menção honrosa atribuída pela I.D. em 2004.
A abordagem feita por William Hsu, à questão sanitária, revela um pensamento global e sistémico muito bom e que falta a muitos alunos de design. Este projecto impressiona pela simplicidade da solução, mas também pela forma como lida com os desperdícios. A informação aplicada é apenas a essencial, não possui material gráfico excessivo.
Fico espantada pelo nível de projecto destes alunos… O que acaba por levantar algumas questões problemáticas. Será que fazer estruturas em palitos, ou escadas industriais são temáticas correctas para ensinar alunos de design??? Poderíamos, ou não, fazer mais e melhor pelo ensino do design?
Aqui fica a questão para reflexão…
11 de dezembro de 2005
10 de dezembro de 2005
Design quotes
“The ability to simplify means to eliminate the unnecessary so that the necessary may speak.”
Hans Hoffman
Hans Hoffman
9 de dezembro de 2005
Scooba, lava o chão já!
O Homem criou a máquina para reduzir o seu desgaste biológico, ao mesmo tempo que aumentava a capacidade produtiva. Esperava, com isso, ter mais tempo para o lazer. Mas na verdade, aquilo que se verifica, na maior parte dos casos, é sobrar tempo para trabalhar cada vez mais… Assim, trabalhamos em 1 ou 2 empregos e trabalhamos em casa, ocupando dessa forma as 16 ou mais horas úteis do dia. Por isso, cada vez mais, as pessoas começam a perceber as vantagens dos robots domésticos (aqueles que se preocupam com a higiene doméstica!). Há alguns anos atrás a relutância face a estas máquinas era enorme, mas agora é uma área em franco crescimento (o Roomba, vendeu mais de 1 milhão de unidades em 2 anos).
Os engenheiros e designers envolvidos na concepção deste tipo de produtos analisaram, cuidadosamente, as necessidades de higiene doméstica e concluíram que a tarefa de lavar o chão levanta alguns problemas:
a) a água fica suja rapidamente, bem como a esfregona, acabando por espalhar o lixo em vez de o remover;
b) é necessário transportar um balde com 7 ou mais litros de água, o que significa um peso considerável;
c) a limpeza do balde e da esfregona é muito desagradável e pouco eficaz;
d) pessoas com dificuldades motoras (idosos, doentes com artrite, pessoas com problemas de coluna, etc.) não podem efectuar estas tarefas, ou estão sujeitos a grande sofrimento para o fazer.
Neste sentido, para responder a estas necessidades, e para contentamento dos calões, criaram o Scooba, o 1º robot doméstico que lava o chão . Este robot, muito semelhante ao seu antecessor, o Roomba, tem o aspecto de disco voador e promete reformar as esfregonas de muitas casas. É fácil de usar e está adequado para pavimentos de cerâmica, linóleo ou pedra natural e madeira.
O Scooba funciona da seguinte maneira:
1º aspira todo o lixo, poeiras e pequenas areias do chão;
2ª enxagua o chão, usando uma solução de limpeza designada por Clorox;
3º esfrega o chão para remover nódoas e lixo agarrado;
4º Enxuga o chão, removendo a solução suja, deixando o chão limpo e seco.
Devido à sua reduzida altura consegue ir debaixo da maioria dos móveis. Também vem equipado com sensores que o impedem de cair pelas escadas ou de ficar preso em cantos recônditos. Consegue determinar a configuração da divisão e não deixa ficar nenhuma parte por limpar, aliás, até passa mais do que uma vez pela mesma área. Para impedir que ele passe para outras divisões pode ser instalado um dispositivo, que cria uma barreira invisível, que o robot não ultrapassará. Se o Scooba se meter em apuros irá desligar-se automaticamente.
Aqueles que já o usaram afirmam que não faz um trabalho perfeito, mas é muito aceitável. Ele próprio é muito fácil de limpar e manter. As suas peças desmontam-se com facilidade e podem ir, na maioria, à máquina de lavar.
Como é um robot, basta carregar no botão e ele fica a fazer a limpeza. Não reclama, não pede ordenado nem aumento, não diz que está cansado ou que tem que ver o futebol na tv.
Outros robots domésticos virão num futuro próximo. O Scooba custa $399.99 ou 342€.
Se me perguntarem… eu digo que já escrevi ao Pai Natal a pedir um Scooba…por causa das minhas costas, claro ;)
Os engenheiros e designers envolvidos na concepção deste tipo de produtos analisaram, cuidadosamente, as necessidades de higiene doméstica e concluíram que a tarefa de lavar o chão levanta alguns problemas:
a) a água fica suja rapidamente, bem como a esfregona, acabando por espalhar o lixo em vez de o remover;
b) é necessário transportar um balde com 7 ou mais litros de água, o que significa um peso considerável;
c) a limpeza do balde e da esfregona é muito desagradável e pouco eficaz;
d) pessoas com dificuldades motoras (idosos, doentes com artrite, pessoas com problemas de coluna, etc.) não podem efectuar estas tarefas, ou estão sujeitos a grande sofrimento para o fazer.
Neste sentido, para responder a estas necessidades, e para contentamento dos calões, criaram o Scooba, o 1º robot doméstico que lava o chão . Este robot, muito semelhante ao seu antecessor, o Roomba, tem o aspecto de disco voador e promete reformar as esfregonas de muitas casas. É fácil de usar e está adequado para pavimentos de cerâmica, linóleo ou pedra natural e madeira.
O Scooba funciona da seguinte maneira:
1º aspira todo o lixo, poeiras e pequenas areias do chão;
2ª enxagua o chão, usando uma solução de limpeza designada por Clorox;
3º esfrega o chão para remover nódoas e lixo agarrado;
4º Enxuga o chão, removendo a solução suja, deixando o chão limpo e seco.
Devido à sua reduzida altura consegue ir debaixo da maioria dos móveis. Também vem equipado com sensores que o impedem de cair pelas escadas ou de ficar preso em cantos recônditos. Consegue determinar a configuração da divisão e não deixa ficar nenhuma parte por limpar, aliás, até passa mais do que uma vez pela mesma área. Para impedir que ele passe para outras divisões pode ser instalado um dispositivo, que cria uma barreira invisível, que o robot não ultrapassará. Se o Scooba se meter em apuros irá desligar-se automaticamente.
Aqueles que já o usaram afirmam que não faz um trabalho perfeito, mas é muito aceitável. Ele próprio é muito fácil de limpar e manter. As suas peças desmontam-se com facilidade e podem ir, na maioria, à máquina de lavar.
Como é um robot, basta carregar no botão e ele fica a fazer a limpeza. Não reclama, não pede ordenado nem aumento, não diz que está cansado ou que tem que ver o futebol na tv.
Outros robots domésticos virão num futuro próximo. O Scooba custa $399.99 ou 342€.
Se me perguntarem… eu digo que já escrevi ao Pai Natal a pedir um Scooba…por causa das minhas costas, claro ;)
8 de dezembro de 2005
Porque sim!
O Design Editorial é uma das áreas projectuais na disciplina do Design, que eu acho mais aliciante. Apesar de não apreciar o grafismo da maior parte dos jornais nacionais, acho que hoje, este, merece um especial destaque pela positiva!
Tetran o comilão de auscultadores
Arrumar os auriculares, ou auscultadores, pode ser um problema. São os fios, velho problema da electrónica, que se enrolam, que se estragam, que trazem tudo agarrado quando puxamos por eles, etc…
Surgiu agora uma solução muito imaginativa e divertida chamada Tetran, produzida pela Tunewear. Esta coisa funciona da seguinte forma: após inserir os auriculares na boca dos Tetran, que parecem um ouriço, ou uma mina aquática, os fios são enrolados em torno dos seus bicos. Segundo o fabricante, os Tetran, também podem ser usados como um massajadores ou como uma bola de stress.
Nesta época de Natal… pode ser uma prenda gira! Custa cerca de 11€…
7 de dezembro de 2005
Novo conceito de embalagem para medicamentos
A Target, comprou a patente de um novo conceito de frasco de medicamentos, criado por uma estudante norte-americana de design. Este novo conceito pretende revolucionar o design das embalagens e impedir erros na toma dos medicamentos.
Os frascos tradicionais, usados nos EUA, são curvos e têm rótulos colados contendo toda a informação sobre o medicamento.
Estes frascos apresentam diversos problemas: - não há consistência na hierarquização da informação, o nome do medicamento pode aparecer no topo, a meio ou na parte inferior do rótulo; - a marca, ou logótipo, da farmacêutica é normalmente o elemento que se destaca mais, desprezando-se o nome do medicamento; - o uso das cores não facilita o contraste; - a forma curva dificulta a leitura; o tipo, o corpo da letra, o espacejamento e o entrelinhamento escolhidos são de difícil leitura.
A solução encontrada corrige a maior parte destes problemas e apresenta algumas inovações interessantes.
O nome do medicamento aparece no topo do frasco, permitindo uma identificação fácil, mesmo quando guardado. O frasco encarnado aumenta a coerência da imagem corporativa (é a cor da Target). A informação encontra-se correctamente hierarquizada, aparecendo a informação primordial (nome do medicamento, dosagem, instruções) na zona central do rótulo e a restante informação (quantidade, validade, médico responsável), colocada numa zona secundária do rótulo. A colocação do rótulo, numa superfície plana do frasco, facilita a leitura e permite poupar gastos de produção desnecessários (com cortes de papel). Foi criado um sistema de anéis coloridos, colocados junto à tampa, que são uma forma de personalização do frasco, dificultando desta forma a confusão entre frascos pertencentes a diferentes membros da mesma família. Foi também anexado um cartão, expansível, que corresponde à bula do medicamento e que dificilmente será perdido.
Seria bom que chegassem rapidamente a Portugal, não só pelo bom exemplo de design ergonómico, mas também porque isso significava que poderíamos comprar a dose de medicamentos adequada ao nosso caso!
Este belissímo exemplo de design faz-me sentir saudades de um exercício, que se fazia em design bidimensional e, que agora foi eliminado... com muita pena minha :(
Os frascos tradicionais, usados nos EUA, são curvos e têm rótulos colados contendo toda a informação sobre o medicamento.
Estes frascos apresentam diversos problemas: - não há consistência na hierarquização da informação, o nome do medicamento pode aparecer no topo, a meio ou na parte inferior do rótulo; - a marca, ou logótipo, da farmacêutica é normalmente o elemento que se destaca mais, desprezando-se o nome do medicamento; - o uso das cores não facilita o contraste; - a forma curva dificulta a leitura; o tipo, o corpo da letra, o espacejamento e o entrelinhamento escolhidos são de difícil leitura.
A solução encontrada corrige a maior parte destes problemas e apresenta algumas inovações interessantes.
O nome do medicamento aparece no topo do frasco, permitindo uma identificação fácil, mesmo quando guardado. O frasco encarnado aumenta a coerência da imagem corporativa (é a cor da Target). A informação encontra-se correctamente hierarquizada, aparecendo a informação primordial (nome do medicamento, dosagem, instruções) na zona central do rótulo e a restante informação (quantidade, validade, médico responsável), colocada numa zona secundária do rótulo. A colocação do rótulo, numa superfície plana do frasco, facilita a leitura e permite poupar gastos de produção desnecessários (com cortes de papel). Foi criado um sistema de anéis coloridos, colocados junto à tampa, que são uma forma de personalização do frasco, dificultando desta forma a confusão entre frascos pertencentes a diferentes membros da mesma família. Foi também anexado um cartão, expansível, que corresponde à bula do medicamento e que dificilmente será perdido.
Seria bom que chegassem rapidamente a Portugal, não só pelo bom exemplo de design ergonómico, mas também porque isso significava que poderíamos comprar a dose de medicamentos adequada ao nosso caso!
Este belissímo exemplo de design faz-me sentir saudades de um exercício, que se fazia em design bidimensional e, que agora foi eliminado... com muita pena minha :(
6 de dezembro de 2005
Psicologia cognitiva
Sternberg, Robert J., (2000). Psicologia Cognitiva. Tradução de Maria Regina Borges. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. ISBN: 85-7307-657-7.
(Capa da versão em inglês)
A Psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação. Ou seja, as várias áreas de estudo, dentro da psicologia cognitiva, são as bases biológicas da cognição, as imagens mentais, a atenção, a consciência, a percepção, a memória, a linguagem, a resolução de problemas, a criatividade, a tomada de decisões, o raciocínio, o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida, a inteligência humana e artificial, entre outros aspectos do pensamento humano.
A psicologia cognitiva é importantíssima para o design, não só porque permite ao designer conhecer as capacidades e limitações cognitivas, dos potenciais utilizadores dos seus projectos, mas também porque fomenta o auto conhecimento, ajudando o designer a tirar o máximo proveito das suas capacidades intelectuais.
Existem diversos livros excelentes sobre esta temática. O maior obstáculo poderá ser a falta de manuais traduzidos para o português. Uma excepção é o livro de Sternberg, professor da Universidade de Yale. É um manual actualizado, bastante extenso, bem organizado e cheio de exemplos. Óptimo para quem se inicia nesta temática, como é o caso dos alunos de design.
(Capa da versão em inglês)
A Psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação. Ou seja, as várias áreas de estudo, dentro da psicologia cognitiva, são as bases biológicas da cognição, as imagens mentais, a atenção, a consciência, a percepção, a memória, a linguagem, a resolução de problemas, a criatividade, a tomada de decisões, o raciocínio, o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida, a inteligência humana e artificial, entre outros aspectos do pensamento humano.
A psicologia cognitiva é importantíssima para o design, não só porque permite ao designer conhecer as capacidades e limitações cognitivas, dos potenciais utilizadores dos seus projectos, mas também porque fomenta o auto conhecimento, ajudando o designer a tirar o máximo proveito das suas capacidades intelectuais.
Existem diversos livros excelentes sobre esta temática. O maior obstáculo poderá ser a falta de manuais traduzidos para o português. Uma excepção é o livro de Sternberg, professor da Universidade de Yale. É um manual actualizado, bastante extenso, bem organizado e cheio de exemplos. Óptimo para quem se inicia nesta temática, como é o caso dos alunos de design.
5 de dezembro de 2005
Quando não dá para aguentar mais...
Um destes dias, ia a chegar ao meu carro, que estava estacionado, quando não é o meu espanto, vejo um rabo virado para mim. Sim, era um rabo e pertencia a um cavalheiro (toxicodependente) que, virado para a estrada, entre o meu carro e outro, fazia as suas necessidades. Fiquei sem palavras e arrependi-me de não ter um telemóvel com câmara fotográfica. Sem saber o que fazer e sem querer interromper a acção, não fosse o senhor sofrer de prisão de ventre, dei meia volta e fui-me embora.
Enquanto caminhava lembrei-me de uma casa de banho pública, que existe na Suiça e em Inglaterra e que é absolutamente irreal. Trata-se de uma casa de banho totalmente em vidro. Quem está lá dentro sente-se absolutamente exposto mas, na realidade, o vidro é espelhado garantindo total privacidade.
Será que se pode usar de noite, quando estiver a luz acesa lá dentro?
Talvez, se a CML instalasse estes equipamentos pela cidade, houvesse menos merda nas ruas (desculpem a expressão).
Eu não sei bem como reagiria ao usa-las, mas gostava de experimentar…
4 de dezembro de 2005
3 de dezembro de 2005
Design quotes
“I’ve been amazed at how often those outside the discipline of design assume that what designers do is decoration. Good design is problem solving.”
Jeffery Veen, 2000
Jeffery Veen, 2000
2 de dezembro de 2005
Sinalética duvidosa...
Estas placas foram fotografadas, nos sanitários, de uma estação de serviço de auto-estrada e mereceram a minha atenção (por maus motivos, infelizmente).
Numa primeira olhadela, o nosso olhar fica imediatamente preso na grande figura do lado direito. A sua dimensão, peso e localização atraem, automaticamente, o olhar do utilizador. Isso seria bom, se essa imagem fosse importante para as necessidades de quem se dirige aos sanitários, mas não é. De facto, essa figura não tem qualquer significado fundamental, é uma pura “decoração” da placa.
Surpreendente, não é! Então, numa placa tão pequena, a figura maior, visualmente dominante, não quer dizer nada de relevante?!!! Certamente trata-se de um erro provocado pela falta de hierarquização da mensagem…
Já agora, o que vêem vocês nessa figura? Eu vi um pato e só depois vi metade de uma cabeça de uma vaca/boi, de frente. Afinal, que espécie de mensagem subliminar vem a ser esta? Estaremos a entrar numa reserva natural, numa zona do touro bravo, será uma vacaria ou um talho?
Também temos que falar do uso dos pictogramas da Expo 98. Neste caso, os olhos das caras desapareceram, dando lugar a um círculo com uns triângulozitos, que ora estão por cima, ora estão por baixo. Para quem não tenha ido à Expo, serão círculos suficientes para significar uma cabeça? E se não soubéssemos que os homens usam laços ao pescoço e que as mulheres os usam na cabeça (usam de facto???) o que significaria isto? Está bem, dizem os mais optimistas, podemos sempre ler o texto que está por baixo. Pois é… e se for um estrangeiro, ou um analfabeto?
Mas há mais. Então e o que vem a ser aquele pictograma, pequenito, ao lado da representação da mulher? Parece uma mulherzinha, pequenita, dentro de uma campânula. Será que é um escafandro, ou um capacete? Até parece ter uma antena!!! Será um WC para extraterrestres???... Graças ao texto, pude inferir que era um fraldário. Então o que representa aquela circunferência a envolver a criança? Dada a época corrente, só me lembro de uma bola de Natal. Não sei, a minha imaginação não dá para tanto esforço perceptivo :(
Digam vocês o que vos parece…
Numa primeira olhadela, o nosso olhar fica imediatamente preso na grande figura do lado direito. A sua dimensão, peso e localização atraem, automaticamente, o olhar do utilizador. Isso seria bom, se essa imagem fosse importante para as necessidades de quem se dirige aos sanitários, mas não é. De facto, essa figura não tem qualquer significado fundamental, é uma pura “decoração” da placa.
Surpreendente, não é! Então, numa placa tão pequena, a figura maior, visualmente dominante, não quer dizer nada de relevante?!!! Certamente trata-se de um erro provocado pela falta de hierarquização da mensagem…
Já agora, o que vêem vocês nessa figura? Eu vi um pato e só depois vi metade de uma cabeça de uma vaca/boi, de frente. Afinal, que espécie de mensagem subliminar vem a ser esta? Estaremos a entrar numa reserva natural, numa zona do touro bravo, será uma vacaria ou um talho?
Também temos que falar do uso dos pictogramas da Expo 98. Neste caso, os olhos das caras desapareceram, dando lugar a um círculo com uns triângulozitos, que ora estão por cima, ora estão por baixo. Para quem não tenha ido à Expo, serão círculos suficientes para significar uma cabeça? E se não soubéssemos que os homens usam laços ao pescoço e que as mulheres os usam na cabeça (usam de facto???) o que significaria isto? Está bem, dizem os mais optimistas, podemos sempre ler o texto que está por baixo. Pois é… e se for um estrangeiro, ou um analfabeto?
Mas há mais. Então e o que vem a ser aquele pictograma, pequenito, ao lado da representação da mulher? Parece uma mulherzinha, pequenita, dentro de uma campânula. Será que é um escafandro, ou um capacete? Até parece ter uma antena!!! Será um WC para extraterrestres???... Graças ao texto, pude inferir que era um fraldário. Então o que representa aquela circunferência a envolver a criança? Dada a época corrente, só me lembro de uma bola de Natal. Não sei, a minha imaginação não dá para tanto esforço perceptivo :(
Digam vocês o que vos parece…
1 de dezembro de 2005
O computador
Em 1945, no fim da II Grande Guerra, surgiu aquele que é considerado o primeiro computador digital (ENIAC), uma criação do físico John Mauchley e do engenheiro Presper Eckert. Era um monstro que pesava 27 toneladas e continha mais de 18.000 tubos de de vácuo. Três décadas mais tarde, em 1976, a dupla Steve Jobs e Steve Wozniak criou, em Silicon Valley, o primeiro computador pessoal (personal computer), baptizado de Apple I. Pouco depois a Microsoft de Bill Gates surgia em força com novas linguagens de programação e "software". Era o princípio do grande "boom" da indústria informática.
No entanto para mim, o primeiro grande e fantástico computador que surgiu foi o... Spectrum!
Belas tardes inteirinhas a jogar... belos tempos!
Deslizando com o rato...
São cada vez mais frequentes os casos de lesões, provocadas por movimentos repetitivos, no posto de trabalho. Dados divulgados pelo NIOSH apontam que este tipo de lesões corresponda a cerca de 60% das doenças profissionais. Dentro desta categoria de lesões, a síndrome do túnel do carpo é a mais frequente.
Mas o que é a síndrome do Túnel do carpo?
O túnel do carpo, assim designado devido aos 8 ossos do pulso que criam uma estrutura em forma de túnel, está preenchido por 9 tendões flexores dos dedos e pelo nervo mediano que enerva as mãos. A flexão, ou a extensão, do pulso resulta na redução do diâmetro do túnel. A fricção repetitiva, da membrana sinovial, resulta numa inflamação que, ultrapassando certos limites, irá pressionar o nervo mediano levando ao aparecimento de dores.
Um dos grandes responsáveis por esta lesão é o trabalho ao computador e com o rato. Para ajudar a reduzir a probabilidade de sofrer deste síndroma, foi criado o ERGOglider, que é um apoio de braços ergonómico para o rato do computador. Este apoio ajuda a reduzir o stress dos movimentos repetitivos do braço, mantendo alguma liberdade de movimentos. Com o ERGOglider os movimentos do rato deixam de ser realizados pelo pulso e passam a ser controlados com o ombro, cotovelo e antebraço. As articulações deixam de ser solicitadas e o braço é usado como uma única peça. Isto significa uma importante redução do stress articular… tal como o nome indica, (glide=deslizar)…deslize…
Mas o que é a síndrome do Túnel do carpo?
O túnel do carpo, assim designado devido aos 8 ossos do pulso que criam uma estrutura em forma de túnel, está preenchido por 9 tendões flexores dos dedos e pelo nervo mediano que enerva as mãos. A flexão, ou a extensão, do pulso resulta na redução do diâmetro do túnel. A fricção repetitiva, da membrana sinovial, resulta numa inflamação que, ultrapassando certos limites, irá pressionar o nervo mediano levando ao aparecimento de dores.
Um dos grandes responsáveis por esta lesão é o trabalho ao computador e com o rato. Para ajudar a reduzir a probabilidade de sofrer deste síndroma, foi criado o ERGOglider, que é um apoio de braços ergonómico para o rato do computador. Este apoio ajuda a reduzir o stress dos movimentos repetitivos do braço, mantendo alguma liberdade de movimentos. Com o ERGOglider os movimentos do rato deixam de ser realizados pelo pulso e passam a ser controlados com o ombro, cotovelo e antebraço. As articulações deixam de ser solicitadas e o braço é usado como uma única peça. Isto significa uma importante redução do stress articular… tal como o nome indica, (glide=deslizar)…deslize…
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