30 de abril de 2009

Portugalo. Para uma dinâmica da cultura portuguesa.



Quem não se lembra do galo do tempo?
E das varinas da Nazaré? E dos antigos piões e io-ios de madeira?
Todos nós obviamente...
A equipa da Portugalo também se lembrou e decidiu pegar nessas nossas recordações, explicá-las aos visitantes estrangeiros e fazer disso um negócio.
Pegaram em vários produtos tradicionais portugueses que povoam o nosso imaginário, dividiram-os por famílias e encaixaram-os em blisters juntamente com um cartão onde vem a história do produto em questão em biligue.
Ou seja pegaram nos mais característicos produtos tradicionais, criaram outros direccionados ao turismo, e com uma comunicação e imagem bem cuidada, desenvolvida e gerida pelo meu antigo aluno e agora designer Ricardo Macieira, deram-lhe uma nova roupagem, acrescentaram-lhe a componente histórica e prepararam a sua comercialização tanto para os nós, os portugueses, como para os turistas que nos visitam.
Numa altura em que a palavra crise é predominante no nosso vocabulário é bom ver uma empresa que, para além de promover o nosso país, dinamiza também o mercado de produção de souvenirs artesanais, dando trabalho e volume financeiro a artesãos e a pequenos negócios de família.
E eu digo ainda, 20 valores para a iniciativa!

4 comentários:

Atom Ant disse...

Completamente de acordo! *****

maria cunha disse...

A ideia é optima de facto.. agora o design podia ter sido bem mais feliz. Só me faz lembrar as montras dos tinteiros da worten..

Ricardo Macieira disse...

Ja que estamos num blog dedicado ao design e ergonomia permitam-me justificar o meu trabalho.

Já várias pessoas, como a cara Maria Cunha questionaram o uso do "blister" e do expositor de gancho para a venda destes produtos. Optamos por este sistema ao invés de um sistema mais tradicional (como se pode encontrar em lojas mais viradas para o comercio de produtos vintage ou tradicionais, em caixas de cartão com aspecto antigo ou exposta em armarios antigos) basicamente porque queremos ser uma alternativa a este tipo de comercio.

Não temos loja própria, estamos em diferentes sitios, cada um com a sua especificidade daí que tenhamos de possuir um expositor e um sistema de venda seguro, tanto para nós como para o logista, e onde a marca fique a salvo de todo o ruido visual existente numa loja.

Daí que (como poderá comprovar nas lojas onde estamos) os nosso produtos encontram-se sempre no seu expositor proprio, com todos os produtos situadas nos mesmos ganchos, numa disposição cuidadosamente pensada e seguida à regra.

Se é a melhor solução? Eu penso que sim. Foi tudo bastante ponderado e de entre todas as outras possibilidades apresentou-se como a mais válida.

Ainda assim é bom que haja quem discorde e exprima essa discordância. Pluralidade de opiniões é sempre positivo.

=)

Atom Ant disse...

Já que estamos a falar de avaliações da qualidade do design, deixe-me meter aqui a ergonomia no meio...

Ao invés de estarmos a trocar opiniões, suposições, pontos de vista e outras considerações, todas elas com certa dose de subjectividade, o melhor era sujeitar o produto (design/solução) a uma avaliação com utilizadores.

Essa avaliação, quando feita com método e respeitando um protocolo bem definido, pode dar-nos os argumentos necessários para justificar a nossa produção de design. Essa avaliação pode assumir-se como uma validação das soluções/estratégias e acabar com a troca de argumentos não fundamentada...

Esta é uma, das várias diferenças, entre o ponto de vista do design típico e do Design Centrado no Utilizador, defendido pela Ergonomia...