30 de abril de 2007

1ª Conferência de Design de Produtos – ESTA IPT



Entre 7 e 8 de Maio decorrerá a 1ª Conferência de Design de Produtos, promovida pelo Departamento de Design e Desenvolvimento de Produtos da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes
(Instituto Politécnico de Tomar).

Por estranho que pareça, a apenas uma semana de distância da data da conferência, não consegui encontrar, on-line, o seu programa. Mesmo que o programa definitivo não estivesse fechado, podiam disponibilizar um programa provisório. Assim torna-se difícil tomar decisões…

www.esta.ipt.pt

Fonte: CPD

29 de abril de 2007

Sem palavras

Pedro e Inês



Teatro Camões
Endereço: Parque das Nações, Passeio de Neptuno

Pedro e Inês (imperdível!)


Companhia Nacional de Bailado. Olga Roriz, dramaturgia e coreografia; João Mendes Ribeiro, cenografia; Mariana Sá Nogueira, figurinos.

Espectáculos: 11, 12 Mai: 21h, 12, 13 Mai: 16h.

Numa coreografia e dramaturgia de Olga Roriz, o amor mais admirado de Portugal – o de Pedro por Inês – é novamente levado à cena do Teatro Camões, pela Companhia Nacional de Bailado (CNB). Considerado um dos maiores sucessos da temporada 2003/2004 da CNB (estreou em Julho de 2004), o espectáculo trabalha, nas palavras da coreógrafa, uma “história cheia de segredos transparentes, de meandros obscuros, de interesses privados, de poder, defesas, fronteiras e, sobretudo, de uma incondicional paixão. Uma história que nunca saberei contar”.
Preço dos bilhetes: 5,00 € a 25,00 €. Descontos 20% cartão FNAC, 30% Amigos da CNB, jovens até 25 anos, maiores 65 anos e grupos 10 ou mais pessoas, 50% grupos escolares.

Duração: 1h (sem intervalo)

Para Onde Vai a Luz Quando se Apaga?


Culturgest
Endereço: Edifício Sede da Caixa Geral de Depósitos, Rua Arco do Cego, Lisboa.

Para Onde Vai a Luz Quando se Apaga?
Espectáculos 4 e 5 de Maio às 21.30h
Este espectáculo é a nova criação de João Fiadeiro/RE.AL, que se apresenta em estreia absoluta na Culturgest. O projecto assenta no resultado criativo de dois ateliers de pesquisa sobre composição em tempo real. Intentando a busca pelo gesto periférico e pelo movimento na margem do conhecimento, o espectáculo posiciona-se na fronteira do espectável. “O gesto que intriga é aquele que nos é familiar…que nos diz qualquer coisa e nos obriga a olhar a mesma realidade de sempre de uma outra perspectiva”.

RE.AL. João Fiadeiro, direcção artística e coreografia; António Pedro Lopes, Cláudia Dias, Gustavo Sumpta, Márcia Lança e Lenaïg Le Touze, interpretação.

Informações Úteis: Grande Auditório; Bilhetes: 18€ (normal) e 5€ (jovens até 30 anos) Maiores 12 anos.

Arpad Szenes




Museu Arpad Szenes - Vieira da Silva
Endereço: Praça das Amoreiras, 58, Lisboa
Horários: Seg a Sáb: 11h-19h Dom: 10h-18h
Encerra às terças e feriados.

Arpad Szenes - Obras da Colecção de 1 Mar a 17 Jun

A exposição reúne 129 obras de diferentes períodos, formatos e técnicas (desenho, pintura e gravura) agrupadas por séries ou temas recorrentes na sua produção e que salientam a criatividade e a originalidade de Arpad Szenes.

28 de abril de 2007

Design quotes

“There are very few lunatic entrepreneurs who will understand that culture and design are not about fatter wallets but about creating a future ... treat them well and use their money to change the world.”
Tibor Kalman

27 de abril de 2007

World Graphics Day


Hoje, dia 27 de Abril, celebra-se o World Graphics Day.

Pelo mundo fora, diversas associações de design celebram este dia, que marca o nascimento do Icograda (International Council of Graphic Design Associations), no ano de 1963.

O blog "desig-ergonomia" felicita o Icograda pelo seu 44º aniversário e, também, todos aqueles que escolheram o design de comunicação como profissão!

Parabéns!...

www.icograda.org

26 de abril de 2007

Prospect-Refuge Theory

Existe um comportamento natural comum aos animais, sejam eles humanos ou outros, que se define pela dualidade entre ver e permanecer escondido. Comportamento esse, que é essencial para a sobrevivência das criaturas vivas. Esta dualidade comportamental está na base da teoria formulada pelo geólogo Jay Appleton, na obra “Experience of Landscape (1975)”, designada por “Prospect-Refuge Theory. Esta teoria aplica-se à fruição da arte mas, também, aos habitats naturais ou construídos, dando-nos uma outra abordagem sobre a avaliação que fazemos dos ambientes que frequentamos. Para compreendermos melhor a teoria podemos definir o que se entende por “prospect” e por “refuge”. Podemos dizer que, havendo condições para observar o ambiente envolvente, estamos perante uma situação de “prospect”, pelo contrário, sempre que existem condições adequadas para permanecermos escondidos, ou procurarmos refúgio, designamos isso por “refuge”.

Apleton sugere que nós, os humanos modernos, continuamos a avaliar os ambientes em função do grau de satisfação de necessidades biológicas básicas, como ver a presa e ficar escondido dos predadores. Isso quer dizer que preferimos espaços com layouts que tenham os atributos de uma savana, onde o mato oferece uma visão ampla e livre de obstáculos e, também, os atributos da orla da floresta, onde as árvores podem oferecer um refúgio excelente. Ou seja, aqueles que nos permitem ver sem sermos vistos.
Se mantivermos estas analogias em mente podemos, facilmente, encontrar ambientes com tais atributos. Outras pistas importantes, para reforçar a sensação de refúgio ou de exposição, são as superfícies (superfície convexa sugere observação, enquanto que uma côncava sugere refúgio), o pé direito, os vãos, os materiais, as cores e a iluminação. Curiosamente, existem alguns autores que analisam os projectos de Frank Lloyd Wright com este enfoque.

Ao reflectir sobre a “Prospect-Refuge Theory”, comecei a analisar o meu comportamento em ambientes desconhecidos e constatei que também os avalio desta forma. Por exemplo, quando entro num restaurante, a escolha da mesa obedece a estes critérios (nem gosto de me sentar juntos de montras ou de costas para uma porta). Se me sentar numa sala de espera procuro um ponto estratégico de onde veja todas as divisões possíveis e as entradas. Evidentemente que este não é um comportamento obsessivo mas, na verdade, sinto desagrado quando não posso satisfazer este instinto. Afinal, os predadores de hoje são os desconhecidos, que partilham os espaços connosco, são os carros que enchem as nossas ruas, entre outros, que temos que evitar mas mantendo-os sempre debaixo de olho.

Caros designers de ambientes, talvez a vida moderna não seja assim tão diferente, do que era nesses tempos remotos, tal como sugere o lugar comum que afirma que, vivemos numa selva!...

25 de abril de 2007

25 de Abril


As mãos

Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.

Manuel Alegre

24 de abril de 2007

A revolução de Abril e a arte

Couceiro, Gonçalo (2004). Artes e Revolução: 1974-1979. Colecção Estudos de Arte. Livros Horizonte.

Tive, na minha formação académica, diversos professores(as) de História de Arte. E, como acontece com toda a gente, gostei mais de uns do que de outros. Talvez porque nem todas as temáticas abordadas me interessassem de igual modo mas, certamente, muito devido à sua estratégia pedagógica de abordagem dos assuntos. Sem qualquer dúvida, posso afirmar que, as melhores aulas que tive foram dadas por uma professora que insistia em enquadrar os artistas na sua época. Falávamos da cultura, da politica, da sociedade em geral e da cultura em particular mas, também e muito, da vida pessoal do artista. Para mim, aquilo era uma autêntica viagem no tempo. Quase podia sentir os cheiros, ouvir as músicas e sentir as emoções que os artistas tinham experimentado. Só assim eu podia entender o porquê daquelas diferentes posturas artísticas. Ainda hoje só consigo entender a arte se a encarar dessa forma sistémica holística… Neste sentido e porque estamos em vésperas de mais um aniversário da Revolução dos Cravos, sugiro a leitura do livro “Artes e Revolução: 1974-1979” de Gonçalo Couceiro.

segundo a editora:

“Após a Revolução do 25 de Abril de 1974, a censura foi abolida e a liberdade de expressão conquistada. Artistas, grupos, instituições e movimentos associativos envolvem-se em acções culturais, cívicas e políticas. (...) Esta obra retrata essa época de abertura e instabilidade, de esperanças e de contradições que se viveram no mundo das artes plásticas, percorrido também pelas clivagens do tempo.”

23 de abril de 2007

Dia Mundial do Livro



“Wear the old coat and buy the new book”.
Austin Phelps

“The man who doesn’t read good books has no advantage over the man who can’t read them”.
Mark Twain

Hoje é o dia mundial do livro.
O dia internacional do livro foi uma ideia, da Unión Internacional de Editores e do governo espanhol, proposta à Unesco. Mais tarde, a Rússia propôs que se acrescentasse, à designação oficial, os direitos de autor. Assim, em 1995 a Unesco instituiu que, o dia 23 de Abril seria consagrado ao livro e aos direitos de autor.
A data escolhida, 23 de Abril, dia de São Jorge, evoca uma tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de São Jorge e recebem em troca um livro.

Uma imagem romântica…

Estão a decorrer, em Portugal e pelo mundo fora, vários eventos comemorativos do dia do livro. Na impossibilidade de divulgar todos, aqui ficam alguns destaques para Lisboa:

>10:00/20:00h – Lisboa:

Durante todo o dia, os lisboetas, poderão ir à “Rua do Livro”, a decorrer na Rua Augusta, na baixa pombalina. Este evento, patrocinado pela Câmara Municipal de Lisboa, conta com a participação de diversas editoras nacionais espalhadas por diversas bancas de venda de livros.


>10:00h – Lisboa:

Pequeno-almoço, organizado pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, com a ministra da Cultura, a titular da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, Paula Morão, e o director-adjunto José Manuel Cortês, no café Nicola. Os participantes, desta refeição matinal, levarão um livro que será, no final, doado à Fundação Gil, que estará representada pela sua presidente, Margarida Pinto Correia.

>15:00h – Tires:
Visita da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, e do secretário de estado adjunto e da Justiça, José Conde Rodrigues, entre as 15:00 e as 16:30, ao Estabelecimento Prisional de Tires para participar numa acção de sensibilização à leitura com as reclusas. Esta acção será dinamizada pela escritora Maria Teresa Horta e subordinada ao tema «Tempo e Liberdade».

Hoje também se inicia a iniciativa "Lisboa Cidade do Livro, que contará com a realização de debates, colóquios, exposições e muitas outras iniciativas que têm o livro e a escrita como mote. Estes eventos decorrerão durante quase um mês (até 31 de Maio) e funcionarão como um aperitivo para a 77ª edição da Feita do Livro, entre 24 de Maio e 10 de Junho.

Leiam se faz favor!!!...

Mais informações no site do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas.

22 de abril de 2007

21 de abril de 2007

Design quotes

"Good design is innovative, gives a product utility, is aesthetic, makes a product easy to understand, is unobtrusive, is honest, is long-lived, is consistent down to the smallest detail and protects the environment. Good design is as little design as possible."

Dieter Rams

20 de abril de 2007

Para um soninho descansado...

Ás vezes, nas aulas, digo que o mais difícil é conceber soluções para problemas que, aparentemente, são insignificantes ou corriqueiros. Pois, para tais problemas, a criatividade tem que ser muito mais estimulada dado que, as soluções parecem sempre demasiado óbvias para serem estimulantes. Contudo, existirá sempre uma solução extraordinária à espera de ser encontrada. Tudo depende da nossa qualidade como designers!...

Exemplo de uma situação de projecto deste tipo é o produto que apresento neste post. O Lullabub é uma solução inovadora, para embalar os bebés no berço, que já ganhou um prémio de design na Austrália. Consiste em 4 pequenos pés, ou bases para os pés dos berços, que simulam um movimento suave, como a andar ao colo ou a trepidação de um carro, ajudando o bebé a dormir. A qualidade desta solução é reforçada por algumas das suas funcionalidades: o movimento pode ser regulado em 4 categorias diferentes; possui um temporizador; possui controlo remoto; incorpora luz de presença; adapta-se à maioria dos berços e tem suspensão independente.

Neste projecto, existem evidentes questões de engenharia, assim como questões ergonómicas, que requerem conhecimentos que não fazem parte da formação de base de um designer de produtos. Por isso, seria muito difícil conceber um produto destes sem ter uma abordagem multidisciplinar do problema.

19 de abril de 2007

Trabalhos de Nadir Afonso


Galeria António Prates - Arte Contemporânea (II) - Rua Alexandre Herculano, 39A - Lisboa

De 16-03-2007 a 30-04-2007

Seg-Sex: 11h00-20h00; Sab: 15h30-20h00

Entrada Livre

O objectivo fundamental da arte é para Nadir Afonso a expressão desta harmonia, do equilíbrio e de uma exactidão quase matemática das formas e da sua organização no espaço, que parte de um exaustivo estudo das suas leis. O pintor desenvolveu as suas teorias estéticas em numerosos textos e em livros, nos quais se destaca Les Mécanismes de la Création Artistique. As grandes telas em exposição evidenciam precisamente o realce da geometria (em curso desde os anos 50) que para o autor traduz a ordem essencial do universo.

INDIELISBOA 2007



4º. FESTIVAL INTERNACINAL DE CINEMA INDEPENDENTE
19 a 29 de Abril

O INDIELISBOA é um local privilegiado para a descoberta de novos autores e tendências do cinema mundial e integra uma competição de longas e curtas metragens de novos realizadores.
Mantendo o seu foco na criatividade e independência dos autores, em apenas três anos o INDIELISBOA é já reconhecido como um dos mais importantes festivais de cinema em Portugal.

Até 29 de Abril vão passar por Lisboa 226 filmes, vindos de quatro continentes: Europa, Ásia, África e América. Estreias mundiais (19) e europeias (10), filmes-concerto, masterclasses, painéis e mesas redondas são apenas alguns dos muitos atractivos desta edição, que se distribui pelo Fórum Lisboa e pelos cinemas São Jorge, Londres e King.

Ver mais conteúdos, tais como a programação no site:

http://www.indielisboa.com/2007/portugues/index.html

Technical Communication Summit

A Society for Technical Communication apresenta a “54ª Technical Communication Summit”, que decorrerá entre 13 e 16 de Maio em Minneapolis, EUA.


Durante o período da conferência estão programados mais de 100 seminários temáticos e workshops, abordando diversos temas relacionados com a comunicação técnica.


O programa parece-me muito bom.

stc@stc.org,

http://www.stc.org/54thConf/index.asp

18 de abril de 2007

Novo sinal para perigo de radiação

Foi apresentado pela IAEA (International Atomic Energy Agency), há poucos meses, um novo símbolo ISO (International Organization for Standardization) para Radiação Ionizante.



Este novo símbolo (ISO 21482), que vem complementar e não substituir o símbolo já existente, destina-se a fontes perigosas de radiação, capazes de causar lesões graves ou morte e deverá ser aplicado nos dispositivos que contenham tal fonte de radiação. Em alguns casos, poderá ser aplicado debaixo da cobertura da fonte, sendo apenas visível caso haja desmantelamento do equipamento. Não é um símbolo destinado a ser aplicado em portas, contentores ou locais afastados da fonte de radiação. Potenciais aplicações do símbolo são irradiadores, equipamentos de radioterapia e unidades de radiografia.

A necessidade deste novo símbolo surge da constatação das grandes dificuldades de compreensão do símbolo do existente à data.


Sinal de perigo de radiação (triangulo com trifólio)




O símbolo anterior, com o trifólio, não possui qualquer significado inerente, é uma representação abstracta à qual foi convencionado associar o significado de radiação ionizante. Claro está que, sem aprendizagem e memorização do significado não haverá compreensão. Nesse sentido, com esta nova representação, ambiciona-se a obtenção de um símbolo universal, que seja facilmente compreendido por todos e que transmita a ideia de “Perigo, fuja, mantenha-se afastado”.

Para o desenvolvimento do novo símbolo foi criada uma equipa multidisciplinar, envolvendo designers, ergonomistas e especialistas em protecção contra radiações. Do trabalho dessa equipa resultaram diversas alternativas que foram, numa fase inicial, testadas com crianças. As cinco variantes que tiveram sucesso nesta fase foram, posteriormente, testadas pelo Instituto Gallup, em 11 países por todo o mundo (Brasil, Polónia, EUA, Marrocos, Quénia, Arábia Saudita, China, Índia, Tailândia, Ucrânia e México). Desta forma procurou-se garantir que, o novo símbolo, conseguisse transmitir, com sucesso, a mensagem de forma universal, independentemente da idade, educação ou background cultural.

A escolha da melhor solução foi obtida através da realização de um teste de compreensão, segundo o procedimento sugerido pela norma ISO 9186 (2001). Esse teste, que foi realizado a 1650 pessoas, consiste numa avaliação da compreensão, que é realizada na forma de uma entrevista estruturada com exibição do símbolo impresso a cores. Os participantes foram agrupados em 2 grupos, um com baixo nível de educação e outro, o grupo de controlo, com um nível médio de educação. Foram escolhidos participantes de meio rural e urbano. Os investigadores registaram as reacções iniciais, a força da mensagem e qual a melhor alternativa para o objectivo estabelecido.






Os resultados dos testes permitiram concluir que:

_o encarnado é a cor indicada para transmitir a noção de perigo;
_a forma octogonal ou triangular é a que melhor transmite a ideia de aviso;
_o trifólio é útil para aqueles que já conhecem o símbolo tradicional de radiação e também transmite a ideia de qualquer coisa má, da qual devemos fugir, quando combinado com um desenho de uma pessoa a fugir e uma seta;
_todas as 5 variantes transmitiram a ideia de perigo;
_a noção de perigo foi maior nos símbolos com a caveira;
_a variante 5 (triângulo-caveira-homem a correr-seta) foi o que obteve taxas mais elevadas (>50%) de identificação espontânea da mensagem de perigo, para a ideia de fuga e maior força na transmissão da mensagem.

Muito embora eu tenha uma opinião negativa sobre este sinal, do ponto de vista do gosto, este é um excelente exemplo de uma metodologia de design participativa, iterativa e multidisciplinar. Como é óbvio, o que realmente interessa, num projecto destes, não é, se o sinal é bonito, mas é, se as pessoas o compreendem de facto. Podendo, dessa forma, adoptar o comportamento correcto para se manterem a salvo.

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17 de abril de 2007

A linguagem silenciosa

Hall, Edward T. (1994). A linguagem silenciosa. Lisboa: Relógio de água.

O livro desta semana teve a sua primeira edição em 1959 mas, continua a ser daqueles clássicos de referência que vale a pena ler e reler. Escrito por Edward Hall, um antropólogo norte-americano, analisa o modo como as pessoas “falam” uma com as outras sem recurso a palavras. Segundo o autor, os conceitos de espaço e tempo também são usados pelos seres humanos para transmitir mensagens. Segundo ele “nós, os de ascendência europeia, vivemos num «mundo das palavras» que consideramos real, mas o facto de falarmos não significa que o que comunicamos através do nosso comportamento não seja igualmente importante (…). Temos também que nos habituar ao facto de as mensagens ao nível da palavra poderem significar uma coisa enquanto, por vezes, algo bastante diferente está a ser comunicado a outro nível”.

Edward T. Hall é também autor da “ A Dimensão Oculta”, livro que falaremos na próxima oportunidade.

Infelizmente, pelo que consegui apurar, a edição portuguesa desta obra está esgotada…

16 de abril de 2007

Concurso “Design Cork”


Está aberto o período de submissão de projectos para o concurso “Design Cork”, promovido pela SUSDESIGN, empresas Amorim Revestimentos, Amorim Industrial Solutions, Corticeira Amorim e Granorte em parceria com a Delft University of Technology, a APCOR e o INETI. Este concurso, destina-se a todos os designers portugueses, ou estrangeiros residentes em Portugal, assim como a estudantes de design e tem por objectivo central a promoção da cortiça e a aproximação do design a este sector tradicional, tão importante para Portugal.

O concurso faz parte de uma iniciativa, mais abrangente, denominada de “Design Cork for future, innovation and sustainability” promovida SUSDESIGN, co-financiada pelo Instituto das Artes do Ministério da Cultura e co-promovida pelas empresas do sector da cortiça.

O desafio é o desenvolvimento de ideias para produtos, realizados em cortiça, que resultem numa aplicação inovadora e sustentável dos materiais e tecnologias da cortiça.

Os projectos, a apresentar no âmbito do concurso deverão, obrigatoriamente, pertencer a uma das seguintes tipologias:

Tipologia 1//“Livre”
Tipologia 2//“Cultura e Identidade Portuguesa”
Tipologia 3//“Cenários de futuro”

Não existe limite para o número de projectos submetidos por cada participante.

Serão atribuídos 3 prémios no valor de 1.500 euros, aos quais acresce um valor percentual relativo a Royalties de produção das peças, caso os projectos seleccionados venham a ser comercializados. Poderão existir 6 Menções Honrosas, se o júri julgar justificado, com prémios no valor de 500 € cada. Aos projectos vencedores será ainda atribuído um certificado de participação no Concurso Design Cork e será garantido a promoção dos projectos em todos os suportes de comunicação, nomeadamente exposição, livro e museu virtual.

As propostas poderão ser entregues até 15 de Maio.

Mais detalhes em: www.designcork.com/concurso

Concurso de design de torneiras

2º concurso de design industrial – Rubinetteria Webert
data limite: 30 abril

Foi lançada a 2ª edição do concurso de design industrial da Rubinetteria Webert, com o patrocínio da IDA, para a concepção de uma gama de torneiras misturadoras, de alavanca única, para casa de banho.

O valor dos prémios ascende aos 5.000€.
Os trabalhos premiados serão exibidos, em Dezembro de 2007, num evento que ainda está a ser planeado.

O período de registo está a decorrer e os trabalhos têm que ser submetidos até ao próximo dia 30 de Abril de 2007.

Mais informações em:
infocontest@webert.it
www.ida-design.it

15 de abril de 2007

14 de abril de 2007

Design quotes

“Available definitions of design are varied, complex, contradictory and in a state of permanent flux. Most would agree, however, that as a cultural concept design is determined by the outside forces that have shaped it and by the contexts within which it has manifested itself, as well as by the numerous faces it has presented to the world.”
Penny Spark (An Introduction to Design in the Twentieth Century, 1986).

13 de abril de 2007

Lavem as mãos sff!...


Quando se vai à casa de banho lava-se as mãos!

Quantas vezes ouviram esta frase dita pelas vossas mães? Certamente que bastantes. Mas, para alguns, talvez não tenham sido as suficientes. Para esses irresponsáveis e badalhocos é preciso abordagens mais radicais, como esta de que vos falo hoje. Estes posters de homens, em tamanho real, colados nas portas das casas de banho têm estado a fazer furor em Toronto, Canadá. A ideia foi de Sean Gallagher & Steve Turnbull, JWT Toronto. Nos posters, estrategicamente posicionados, constam também pequenos autocolantes que dizem: “92% dos tipos dizem que lavaram as mãos. 34% deles estão a mentir”. Terminando com o endereço para o seu web-site: washyourhands.tv
Suspeito que, abrir aquela porta não vai ser fácil ;)

No site estão disponíveis diversos vídeos, com comportamentos pouco higiénicos dos utilizadores das casas de banhos, que vale a pena ver. Provavelmente serão fictícios mas, na minha opinião, bem que podem ser reais. Acho que não é necessário explicar o porquê, da necessidade de cuidados de higiene tão básicos como lavar as mãos. Ainda para mais, quando é grande o número vírus, bactérias, esporos de fungos, que podem originar doenças, transmissíveis com um simples contacto de mãos.

Será que os vossos colegas de trabalho e amigos lavam as mãos depois de irem aos sanitários? Dá que pensar...

12 de abril de 2007

Work With Computing Systems



WWCS 07


O estilo de vida actual seria impossível de manter sem a ajuda dos computadores. Contudo, muitas coisas ainda funcionam mal e, consequentemente, muitas melhorias podem ser efectuadas, na maioria dos sistemas computorizados. Quando as soluções estão erradas, ocorrem desajustes entre as capacidades humanas e as exigências solicitadas pelos sistemas, quem sofre é o utilizador. O número crescente de problemas de saúde, associados ao uso do computador, é espelho dos erros existentes. Nesse sentido, diversas áreas do saber dedicam-se à investigação das temáticas relacionadas com os sistemas computorizados. Exemplo da vitalidade desta problemática é o grande número de encontros científicos que vão ocorrendo, um pouco por todo o mundo.

No próximo mês de Maio de 2007, entre os dias 21 e 24, decorrerá a conferência WWCS 07 – Working With Computing Sistems, sob o lema "Computing systems for human benefits", em Estocolmo, Suécia. A conferência, cujo enfoque serão os benefícios dos sistemas computorizados para o Homem, focará sobretudo o uso dos computadores para actividades de trabalho (não para actividades de lazer). Outras preocupações são a saúde, o bem-estar, as competências e produtividade dos utilizadores, dando ênfase especial aos aspectos relativos ao género dos utilizadores e, por fim, a interacção entre teoria e prática.

Os temas da conferência são:
Healthy and efficient work with computing systems
Computing systems for mobile and non-mobile work
Computing systems for everyone and in specific areas

Infelizmente, com muita pena minha, não poderei ir… já tenho outra conferência na agenda… mas é, certamente, uma oportunidade excelente… até porque, a Suécia vale bem uma visita ;)

11 de abril de 2007

Concurso de design de jóias


Foi lançado, pela Casa Leitão & Irmão (antigos joalheiros da coroa), um concurso nacional para criação de jóias alusivas à Lisnave.
O objectivo, deste concurso, é a criação de uma colecção de jóias inspiradas nos estaleiros navais da Lisnave, ilustrativas da plástica do estaleiro naval associada à contemporaneidade do design. As peças podem ser utilitárias, decorativas ou de adorno pessoal; podem incluir diversos materiais, contudo os materiais nobres (ouro, prata e diamantes) devem ser predominantes.
Não existem limites relativamente às dimensões das peças, no entanto deve ser tido em conta as características do material predominante.

Podem concorrer estudantes portugueses ou, sendo estrangeiros, residentes em território nacional que, no ano lectivo 2006/2007, frequentem um curso de design industrial/design de joalharia (ou outra designação equivalente) e/ou a frequentarem um curso de joalharia/ourivesaria e jovens profissionais licenciados em Design Industrial/Design Joalharia e/ou com Curso de Joalharia/Ourivesaria com a idade limite de 30 anos à data de 31.12.2007.

Os concorrentes só podem candidatar-se a título individual, e apresentar um máximo de 3 candidaturas.

Para quem não estiver familiarizado com o ambiente de um estaleiro naval está a ser organizada uma visita à Lisnave.

O prazo de entrega de candidaturas termina no próximo dia 25 de Junho.

Para mais informações contactar o CPD.
paula.gris@cpd.pt

Links:
Regulamento:
http://www.cpd.pt/pdfs/Concurso_Leit%E3o_Irm%E3o_Lisnave_Regulamento.pdf

Visita:
http://www.cpd.pt/pdfs/Concurso_Leit%E3o_Irm%E3o_Lisnave_Visita.pdf

10 de abril de 2007

Don't Make Me Think

Krug, Steve (2005). Don't Make Me Think: A Common Sense Approach to Web Usability. New Riders Press; 2 edition.
ISBN-10:
0321344758; ISBN-13: 978-0321344755

Simplificar, parece ser a palavra-chave para o Web designer. Certamente, também o é para muitas outras áreas do design! Contudo, tornar simples aquilo que, por vezes, é muito complexo, não é tarefa simples. Esse processo pode tornar-se, facilmente, fastidioso e conduzir à desmotivação dos envolvidos. Por isso, é essencial encontrar estratégias que nos auxiliem a manter o humor e o espírito positivo durante a execução de tarefas tão complexas. Por isso, recomendo a leitura deste livro de Steve Krug, onde ele nos apresenta, de uma forma simples e bem humorada, diversas dicas, técnicas, orientações gerais e exemplos de sites bem concebidos. As ilustrações usadas são atraentes, coloridas, explícitas e cheias de conteúdo. De onde se destacam exemplos a dois tempos: antes e depois. O que é sempre muito esclarecedor, sobretudo para os iniciados na área, como eu. Parece-me que o enfoque foi colocado sobre os aspectos cruciais do design das páginas Web e não tanto sobre a fundamentação teórica-científica que estará subjacente. O livro aborda conteúdos como: "User patterns; Designing for scanning; Wise use of copy; Navigation design; Home page layout; Usability testing; Usability as common courtesy; Web Accessibility, CSS, and you; Help! My boss wants me to ______."

Para mim, é um livro interessante, um verdadeiro clássico, para quem dá os primeiros passos nesta área do design, talvez, um pouco básico para situações de maior complexidade. Mas, na verdade, a minha visão analítica dos sites mudou depois de ter lido este livro.

Mais detalhes na Amazon

9 de abril de 2007

The Spark Design Awards

O prémio de design Spark, que está aberto à participação de todos (designers e não designers, profissionais, empresas, alunos e não alunos…), abrange categorias tão diversas como: design gráfico, design de produto, arquitectura, entre outras. Existem ainda categorias especiais como o design sustentável, design para o sector público, acessibilidade, mobilidade, design automóvel, etc.

Datas:

O registo normal até: 15 de Maio de 2007 (inscrição normal $200; estudantes ou recém-licenciados $100);

O fim do prazo para registo é 30 de Maio de 2007 (inscrição normal $300; estudantes ou recém licenciados $150);

Mais detalhes no site sparkawards.com

7 de abril de 2007

5 de abril de 2007

Ainda sobre a caça à factura

Hoje ao almoço, numa animada troca de impressões, entre colegas, chegámos a conclusão que, muito provavelmente, a campanha do Ministério das Finanças (ver post de ontem) irá sofrer o efeito de boomerang.

Neste contexto, o efeito boomerang ocorre em resposta à tentativa de persuasão para mudança de uma atitude. Ou seja, a força exercida para mudar determinada atitude poderá desencadear uma força de sentido contrário de intensidade semelhante. A probabilidade disto ocorrer é tanto maior, quanto maior for a sensação de manipulação transmitida...


Vejamos, o que está em causa, nesta campanha, é uma mudança de atitude face ao pagamento de impostos. Aquilo que se ambiciona, de facto, com esta campanha, não é apenas incentivar o cidadão a pedir a factura, mas sim, mudar a sua atitude face ao dever de pagar impostos. Para facilitar este processo é incluído um incentivo dizendo que, se todos pagarem os seus impostos, cada um de nós pagará menos. Porém, como este incentivo se revela vago, intangível e até mesmo falacioso, talvez não tenha força suficiente para persuadir o vulgar cidadão (que acha que paga demais). Então, como complemento, tenta-se a estratégia da dissonância cognitiva dizendo que, facturar faz o país avançar. Ou seja, tenta-se passar a ideia que, se o país não avança, a culpa é de quem não exige a factura. Teoricamente, ninguém quererá assumir tal culpa. Na realidade isso não é assim tão simples. Pois, sabemos que, perante o desconforto associado ao estado de dissonância cognitiva, as pessoas irão fazer o possível para eliminar as razões que provocam esse sofrimento. E poderão fugir, desse estado inconsistente, recorrendo a 3 estratégias típicas:

a) reduzindo a importância da dissonância: seu eu não pedir uma factura não é muito grave porque os outros pedem por mim;

b) adicionando um pensamento consonante: acho que esta campanha me está a manipular e é por isso que eu não peço factura;

c) eliminando a dissonância: eu ajudo o país contribuindo de outra forma qualquer, por isso, não faz mal não pedir a factura.


Posto isto, para que a campanha tenha força suficiente, para ultrapassar este difícil obstáculo que são as atitudes e crenças instaladas, face aos impostos e face ao estado, ela teria que ser muito forte a diversos níveis: ao nível da credibilidade associada à fonte (ministério das finanças); ao nível da clareza da mensagem; ao nível da força de persuasão (incentivos); ao nível da coerência entre todos os meios envolvidos na campanha; ao nível das variáveis intrínsecas dos suportes (design), entre outras.

Infelizmente, como se pode perceber, ela é fraca na maioria destes aspectos, assim, espera-se o pior!...

4 de abril de 2007

Caça à factura


O Ministério das Finanças Português está a desenvolver uma campanha publicitária que visa diminuir a fuga ao fisco. A estratégia adoptada passa por tornar cada cidadão numa espécie de cobrador de impostos. Supostamente, se todos nós passarmos a pedir factura, pelos bens e serviços pagos, haverá menos fuga aos impostos. Digo supostamente porque tenho dúvidas sobre a eficácia desta estratégia. Com certeza haverá muitas outras formas, bem mais sofisticadas, de não pagar impostos do que não passar uma factura. Eu acho que, os grandes agentes financeiros, aqueles onde a fuga pode ser significativa, não serão afectados por este tipo de campanhas. Mas, eu até sou apoiante da moralização da sociedade, acho que devemos cumprir com a nossa obrigação, pagar os impostos e pedir facturas (para que todos paguem).

Contudo, a ideia deste post não é debater os problemas das finanças portuguesas, a intenção é analisar a qualidade da campanha que o Ministério das Finanças lançou.

Devo confessar que tive uma reacção muito estúpida a este material gráfico. A primeira vez que olhei para isto, na forma de cartaz e não de folheto (como aqui está ilustrado), pareceu-me que era alguém que tinha desaparecido e que aquilo era um cartaz com a sua fotografia… Devo andar a ver muitas séries de tv. Também me ocorreu que parecia a secção da necrologia dos jornais, informando da morte de alguém conhecido… Sei que em alguns países, como no Brasil, imprimem as fotos dos desaparecidos no verso das facturas, ou nas embalagens dos produtos, para facilitar a divulgação da imagem das pessoas. Pensei que essa estratégia tinha chegado cá.

Mas afinal, qual a razão para incluir fotografias de pessoas nesta réplica de uma factura? A intenção será humanizar a campanha? Estarão, os designers, a tentar dizer que, até mesmo as jovens (só mulheres???) e os jovens casais enamorados pedem factura? Se essa era a intenção, duvido que funcione, sobretudo por causa da má qualidade da imagem impressa… O mais certo foi usarem a fotografia porque tinham um espaço em branco para preencher e não sabiam o que lá colocar… não iam por uma réplica de uma factura do pequeno-almoço ;)

Também temos que falar das cores usadas que, de estimulante não têm nada. Se a intenção é mudar atitudes, não é com aquele azul, branco e preto que isso se consegue. Curiosamente, as cores escolhidas transmitem-me, na perfeição, o sentimento que eu nutro pelo estado português... frio, impessoal, burocrático, antipático, aborrecido, enfadonho, etc. O lettering acompanha a estratégia de aborrecimento, mecânico, impessoal, frio. Pelo menos é coerente com a má qualidade! E falta, ainda, falar daquele símbolo, do dedo no ar, que já vi colado, por aí, nas paredes dos cafés e que lembra o apontar de uma pistola, ou algo pior (se bem que aqui é usado o indicador e não o dedo grande). Ainda assim, é um gesto feio, agressivo…

Conclusão: é um mau material, muito mau!
Estou convencida que vai ser um fracasso e que, todos os euros
gastos (pagos com os impostos que se quer cobrar) vão ser deitados fora... :(
Gostava muito de saber, porque razão não se investe em qualidade?!
Com tanto talento, que existe em Portugal, não receberam propostas melhores do que estas?

Eu peço factura mas, não é que me sinta estimulada por esta campanha :(
Espero que, no mínimo, os designers envolvidos tenham passado factura!...

3 de abril de 2007

Design Research

Laurel, Brenda (2003). Design Research: Methods and Perspectives. The MIT Press.
ISBN-10: 0-262-12263-4
ISBN-13: 978-0-262-12263-4

Em algumas ocasiões tive o privilégio de discutir, com profissionais de outras áreas, o que é o design e como se faz design. Esta discussão, muito embora seja aliciante, é sempre muito cansativa porque, não são conceitos fáceis de explicar. Como sabemos, as abordagens, os métodos, os processos do design são tantos e tão diversos que se torna difícil englobar, toda essa diversidade, num conceito pré-formatado. Mesmo entre colegas designers é um tema complicado e do qual costumam fugir, por ser de definição complicada. No entanto, aquilo que me espanta mais, nas conversas que tenho sobre esta problemática, é o total desconhecimento relativamente aos métodos e técnicas do design. É comum, os especialistas de outras áreas, acreditarem que o design se faz, apenas, com base na intuição e na criatividade espontânea. Como se o designer fosse um artista iluminado, que faz unicamente aquilo que lhe dá na gana. Mas, infelizmente, essa visão também é partilhada por alunos e licenciados em design. Somos forçados a aceitar, que existem alguns praticantes de design, que desconhecem a verdade sobre o design. Contudo, podemos duvidar se o seu trabalho pode ser classificado como design!

Para dizer a verdade, a grande ignorância que ronda esta área, seus conceitos e metodologias, não me espanta assim tanto. Pois, a confusão inicia-se logo nas escolas, com currículos desajustados, alunos confusos e professores com formação em áreas absolutamente distantes e sem qualquer formação específica em design. Naturalmente, a confusão e as dúvidas saem das escolas e espalham-se pela sociedade. Por isso, sinto-me motivada a falar sobre design, a divulgar obras de excelência sobre design, a reflectir publicamente sobre esta área fantástica. Até porque, através desta reflexão, procuro sedimentar as minhas próprias ideias e eliminar alguma dúvidas, sobre o design, que também me assolam…

Nesse sentido, aqui trago mais um livro, que considero de leitura obrigatória para compreender esta área: “Design Research: Methods and Perspectives”, de Brenda Laurel. Neste livro, podemos encontrar inúmeras metodologias de pesquisa em design e aprender a usá-las, para fazer melhor projecto. É uma colectânea fantástica de experiências, reflexões e exemplos, da autoria de diversos designers consagrados.

Mais detalhes no site do MIT Press
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2 de abril de 2007

Wellness - Roca


Está a decorrer o prazo de submissão de trabalhos para o 2º. concurso internacional de design da Roca: Wellness. Este concurso, promovido pela conhecida marca Roca em parceria com o Centro de Design de Barcelona, destina-se a desenvolver a criatividade na área do design de produtos sanitários. O tema é “wellness” (bem-estar, saúde, etc.) e engloba colunas de hidromassagem, banheiras com jacuzzi e cabinas de sauna. O objectivo é a produção de novos conceitos, novas tecnologias e novas ideias sobre este tipo de produtos. Os produtos a conceber podem ser pensados para caber em instalações sanitárias com 15 m2.

Podem participar designers, individuais ou em grupo, nascidos após 1971, residentes nos seguintes países: França, Alemanha, Grécia, Itália, Holanda, Portugal, Espanha e Reino Unido. O vencedor receberá um prémio de 4.000€ e o seu trabalho será apresentado no stand da Roca, na Feira 100% Design 2007, em Londres, no próximo mês de Setembro. O vencedor será convidado a estar presente neste evento, o que é uma excelente oportunidade par se dar a conhecer ao mundo…

O prazo de submissão termina no próximo dia 26 de Abril de 2007 (para quem fez a pré-inscrição).

1 de abril de 2007

Sem palavras

Colecção Berardo 3D na Assembleia da República



Colecção Berardo 3D na Assembleia da República
17 Abr a 19 Ago

Nesta exposição podem ser vistas 30 esculturas seleccionadas da Colecção Berardo. Estas esculturas são representativas das transformações que a escultura sofreu ao longo dos séculos XX e XXI.As obras são apresentadas nos jardins e piso 0 da Assembleia da República.