10 de janeiro de 2007

Passeios acessíveis

Os passeios de Lisboa, em calçada Portuguesa, são famosos por esse mundo fora. Não é de estranhar ver os turistas de câmara apontada para o chão.
As suas origens remontam à Mesopotâmia, tendo sido divulgados pelos antigos Gregos e Romanos. Estranhamente, apesar de serem muito importantes para a mobilidade dos peões no meio urbano, devem ser o equipamento urbano mais desprezado e mal tratado na nossa cidade. É uma pena, pois são muito mais bonitos do que os passeios de cimento, tijoleira ou de borracha (última inovação).

Os passeios, como é óbvio, podem ter diferentes larguras, em função da rua onde se localizam. Porém, quase sempre, estão cheios de buracos, valas que se enchem de água da chuva ou obstáculos (candeeiros, baldes do lixo, sinais, cabines telefónicas mal posicionados). Para agravar mais esta situação, são constantemente invadidos por carros mal estacionados. Para os deficientes, residentes em Lisboa, os passeios são verdadeiras barreiras arquitectónicas intransponíveis com as quais lidam no seu quotidiano.

Ao nível dos passeios urbanos, existem algumas soluções interessantes, que podem aumentar a usabilidade deste equipamento como, por exemplo, as zonas rebaixadas junto das passadeiras (para deficientes em cadeiras de rodas) ou guias tácteis (para deficientes visuais).

Estas imagens são de pavimentos em Curitiba, Brasil, onde a calçada Portuguesa coexiste com estas soluções. Também existem passeios como este em Bruxelas, Bélgica.
Soluções tão básicas mas que facilitam muito a vida…mas quand
o chegarão a Lisboa?

3 comentários:

art laca disse...

Acessibilidade??? Soluções básicas??? Será que alguém explica???
Pois! Pois! Plagiamos sempre modelos que pouco facilitam…QUALIDADE DE VIDA / QUALIDADE DESIGN INCLUSIVO.

“Mais do que uma expressão contemporânea, o Design
Inclusivo é uma prova da evolução da mentalidade ocidental,
onde já se percebeu que o Mundo não pode continuar
a ser idealizado apenas a pensar numa sociedade
perfeita, de super cidadãos capazes de assimilar todos
os conceitos da modernidade, física e emocionalmente.”
(http://www.fpc.pt/FPCWeb/museu/displayconteudo.do2?numero=19903)

Atom Ant disse...

Laca... podes explicar melhor o teu ponto de vista?

Anónimo disse...

Agora fiquei confusa...