12 de janeiro de 2007
Perigo percepcionado e variáveis de design
Observando cuidadosamente, os vulgares sinais de segurança circulares (de proibição), podemos constatar que existem opções gráficas diferentes. Verifica-se a existência de diferenças ao nível dos pictogramas e ao nível do código forma-cor (traçados/não traçados). Isto seria pacífico se, essas opções, não produzissem resultados diferentes no comportamento dos utilizadores. Por isso, esta questão interessa a todos os designers envolvidos na concepção de informação de segurança.
Diversos trabalhos académicos procuraram investigar, se existem diferenças significativas, no nível da percepção do risco, entre diferentes sinais.
As questões gerais em estudo foram:
- O círculo traçado (C e D) transmite maior nível de perigo percepcionado do que o círculo simples (A e B)?
- Os pictogramas, que ilustram as consequências das lesões/pós-lesão (B e D) evocam maior nível de perigo percepcionado do que os que ilustram a acção/pré-lesão (A e C)?
- A combinação de pictogramas pós-lesão com proibição (D) gera confusão? (pode ser interpretado como uma dupla negativa).
Que respostas obtiveram estes estudos?
- O círculo traçado não revelou diferenças significativas face ao círculo simples.
- Os pictogramas pós-lesão obtiveram maior nível de perigo percepcionado do que os pré-lesão.
- A combinação de pictogramas pós-lesão com proibição obteve o nível de perigo percepcionado mais elevado de todas as configurações testadas, apesar do potencial para gerar confusão.
Vale a pena investigar mais, as relações entre as variáveis do design dos sinais e o impacto no comportamento do utilizador. Neste caso, quanto maior for o nível de perigo percepcionado, maior será a probabilidade de adopção de um comportamento seguro.
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2 comentários:
Interessante!...
Legal...
Preciso muito de bibliografia sobre pictogramas, sintese visual.. etc
Terias algo pra me indicar?
Meu email é:
mcascaes@gmail.com
obrigada!
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