23 de junho de 2006

"Klimt", de Raoul Ruiz




"Klimt", de Raoul Ruiz, chega esta quinta-feira aos cinemas portugueses. Uma homenagem a um homem que estava à frente do seu tempo. Um filme sobre um dos mais notáveis pintores de sempre.

Título original: Klimt De: Raoul Ruiz. Com: John Malkovich, Veronica Ferres, Saffron Burrows. Género: Drama. Classificacao: M/12. ALE/Áustria/FRA/GB, 2006, Cores, 97 min.

Argumento

Paris, 1900. Gustav Klimt é homenageado na Exposição Universal enquanto em Viena é condenado como provocador. Vive a vida como a pinta, os seus modelos são as suas musas. Klimt está à frente do seu tempo. As suas relações apaixonadas com as mulheres e a busca eterna da perfeição e do amor reflectem-se em todas as suas obras. "Klimt", um filme sobre uma das mais notáveis figuras da modernidade europeia, um pintor que foi maior que o seu país e a sua época, é realizado por Raoul Ruiz.

Recomendado pelo Cinecartaz do “Publico.pt”.
LISBOA
King - Sala 1 - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h30Tel. 218480808
Monumental - Sala 1 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h40, 00h15Tel. 213142223

O Pintor que embelezava as mulheres

O pintor austríaco Gustav Klimt (1862 – 1918), grande Mestre do Simbolismo, detentor de um estilo plenamente original, é um dos artistas mais admirados pela plasticidade de suas obras. Foi o pintor que melhor inseriu a beleza feminina no meio artístico, criando um conceito de que o mundo tem uma aparência feminina.

O processo primitivo de Klimt como pintor deu-se através de cópias de fotografias num registo histórico realista. Gustav Klimt participou de várias cooperativas de artistas, mas sem muito sucesso. Como todos os grande talento da humanidade, rebelou-se contra convenções da sua época e a sua obra foi incompreendida, até pelos seus companheiros de pincel.
Klimt, procurou fortalecer a arte austríaca frente à estrangeira, deu um carácter anti-comercial à sua arte e defendeu uma abertura às modernas correntes artísticas estrangeiras.
Os seus processos de trabalho criaram um estilo original. Através de mosaicos e composições geométricas, Klimt criou quadros com uma textura intrigante. Para além dos seus quadros, produziu cartazes para exposições de artistas em Viena, e deixou mais de cinco mil desenhos, que serviram de estudos para os seus quadros, nos quais revela um exercício de imagens plenas de erotismo.

5 comentários:

Atom Ant disse...

Está na minha lista...
Para além disso, gosto muito da obra de Klimt.

CORTO MALTESE disse...

Tb está na minha...

art laca disse...

Então? Quem me convida?
Ninguém!? Já sabia. Mas vale sempre a pena tentar, ih!ih!

Caros designers, artistas (e, por aí fora) aconselho também o filme (não é 5*) sobre outro grande artista MODIGLIANI(5*).
Título original: Modigliani Realização: Mick Davis Intérpretes: Andy Garcia, Elsa Zylberstein, Hippolyte Girardot, Omid Djalili, Eva Herzigova, Udo Kier ...

Infelizmente (para mim), só está a passar nas Amoreiras.

"O filme MODIGLIANI usa todos os lugares-comuns com que o cinema tem eternizado os pintores: o coração voraz, o apetite pelos excessos, a sensibilidade exacerbada, o fascínio das épocas loucas das festas e tertúlias artísticas, a tragédia como sopro do génio. Sim, tudo isto viveu o italiano que pintou poéticas mulheres de traços esguios. E tudo isto é fartamente sublinhado: na minúcia de cenários, figurinos e ambientes; na fotografia que persegue os climas afectivos do argumento; no traço demasiado carregado, aqui e ali, nas discutíveis opções musicais e erros de casting (como o Picasso taurino e ridículo de Omid Djalili). Mas a vontade de amar a figura, o desejo da homenagem, e até uma rendição pressentida à grandeza da pintura, resgatam este filme.

Na Europa de 1919, convalescente da I Grande Guerra, os artistas invadem os cafés, como o Rotonde. É preciso vender quadros para comer e beber, bem o sabem Cocteau, Soutine, Utrillo, Rivera e os rivais Picasso e Modigliani. O filme vive além da reconstituição, no entanto: no fôlego do actor Andy Garcia e na doçura com que tinge os maneirismos típicos do «italiano festivo e louco»."(Sílvia Souto Cunha / VISÃO nº 691 / 1 Jun. 2006)
http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=330890

Atom Ant disse...

É claro que te convidamos, aliás... considera-te convidada!...

Anónimo disse...

Excelente comentário da Laca do filme "Modigliani"!
Fui ver os dois e gostei de ambos, mas para mim (gosto meramente pessoal), acho que o "Klimt", do grande Raoul Ruiz, é a nível da beleza estética da imagem e da interpretação, um flime absolutamente imperdível.
Por isso, caros designers não percam, nem um nem outro!