"Klimt", de Raoul Ruiz, chega esta quinta-feira aos cinemas portugueses. Uma homenagem a um homem que estava à frente do seu tempo. Um filme sobre um dos mais notáveis pintores de sempre.
Título original: Klimt De: Raoul Ruiz. Com: John Malkovich, Veronica Ferres, Saffron Burrows. Género: Drama. Classificacao: M/12. ALE/Áustria/FRA/GB, 2006, Cores, 97 min.
Argumento
Paris, 1900. Gustav Klimt é homenageado na Exposição Universal enquanto em Viena é condenado como provocador. Vive a vida como a pinta, os seus modelos são as suas musas. Klimt está à frente do seu tempo. As suas relações apaixonadas com as mulheres e a busca eterna da perfeição e do amor reflectem-se em todas as suas obras. "Klimt", um filme sobre uma das mais notáveis figuras da modernidade europeia, um pintor que foi maior que o seu país e a sua época, é realizado por Raoul Ruiz.
Recomendado pelo Cinecartaz do “Publico.pt”.
LISBOA
King - Sala 1 - 14h30, 17h, 19h30, 22h, 00h30Tel. 218480808
Monumental - Sala 1 - 14h10, 16h40, 19h10, 21h40, 00h15Tel. 213142223
O Pintor que embelezava as mulheres
O pintor austríaco Gustav Klimt (1862 – 1918), grande Mestre do Simbolismo, detentor de um estilo plenamente original, é um dos artistas mais admirados pela plasticidade de suas obras. Foi o pintor que melhor inseriu a beleza feminina no meio artístico, criando um conceito de que o mundo tem uma aparência feminina.
O processo primitivo de Klimt como pintor deu-se através de cópias de fotografias num registo histórico realista. Gustav Klimt participou de várias cooperativas de artistas, mas sem muito sucesso. Como todos os grande talento da humanidade, rebelou-se contra convenções da sua época e a sua obra foi incompreendida, até pelos seus companheiros de pincel.
Klimt, procurou fortalecer a arte austríaca frente à estrangeira, deu um carácter anti-comercial à sua arte e defendeu uma abertura às modernas correntes artísticas estrangeiras.
Os seus processos de trabalho criaram um estilo original. Através de mosaicos e composições geométricas, Klimt criou quadros com uma textura intrigante. Para além dos seus quadros, produziu cartazes para exposições de artistas em Viena, e deixou mais de cinco mil desenhos, que serviram de estudos para os seus quadros, nos quais revela um exercício de imagens plenas de erotismo.
5 comentários:
Está na minha lista...
Para além disso, gosto muito da obra de Klimt.
Tb está na minha...
Então? Quem me convida?
Ninguém!? Já sabia. Mas vale sempre a pena tentar, ih!ih!
Caros designers, artistas (e, por aí fora) aconselho também o filme (não é 5*) sobre outro grande artista MODIGLIANI(5*).
Título original: Modigliani Realização: Mick Davis Intérpretes: Andy Garcia, Elsa Zylberstein, Hippolyte Girardot, Omid Djalili, Eva Herzigova, Udo Kier ...
Infelizmente (para mim), só está a passar nas Amoreiras.
"O filme MODIGLIANI usa todos os lugares-comuns com que o cinema tem eternizado os pintores: o coração voraz, o apetite pelos excessos, a sensibilidade exacerbada, o fascínio das épocas loucas das festas e tertúlias artísticas, a tragédia como sopro do génio. Sim, tudo isto viveu o italiano que pintou poéticas mulheres de traços esguios. E tudo isto é fartamente sublinhado: na minúcia de cenários, figurinos e ambientes; na fotografia que persegue os climas afectivos do argumento; no traço demasiado carregado, aqui e ali, nas discutíveis opções musicais e erros de casting (como o Picasso taurino e ridículo de Omid Djalili). Mas a vontade de amar a figura, o desejo da homenagem, e até uma rendição pressentida à grandeza da pintura, resgatam este filme.
Na Europa de 1919, convalescente da I Grande Guerra, os artistas invadem os cafés, como o Rotonde. É preciso vender quadros para comer e beber, bem o sabem Cocteau, Soutine, Utrillo, Rivera e os rivais Picasso e Modigliani. O filme vive além da reconstituição, no entanto: no fôlego do actor Andy Garcia e na doçura com que tinge os maneirismos típicos do «italiano festivo e louco»."(Sílvia Souto Cunha / VISÃO nº 691 / 1 Jun. 2006)
http://visaoonline.clix.pt/default.asp?CpContentId=330890
É claro que te convidamos, aliás... considera-te convidada!...
Excelente comentário da Laca do filme "Modigliani"!
Fui ver os dois e gostei de ambos, mas para mim (gosto meramente pessoal), acho que o "Klimt", do grande Raoul Ruiz, é a nível da beleza estética da imagem e da interpretação, um flime absolutamente imperdível.
Por isso, caros designers não percam, nem um nem outro!
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