31 de dezembro de 2005
30 de dezembro de 2005
Moldura digital
Numa época em toda a gente tira, normalmente, bastante fotos, sabem dizer qual a percentagem dessas fotos que nunca serão impressas? Bom… eu calculo que, no meu caso, irei imprimir entre 5 a 10% das fotos que tiro. Mas lá porque não as transformamos em papel, não quer dizer que não gostássemos de as exibir ou apreciar… foi precisamente para resolver este impasse que foi criada a Philips Digital Photo Display (Visor de fotografias digital). Esta solução consiste numa moldura digital que é, na verdade, um mini ecrã LCD com resolução de 720x480, visível de diferentes ângulos com bastante qualidade de imagem. As fotos podem ser visualizadas directamente dos cartões de memória ou transferidas para a memória interna da moldura via USB. A moldura tem capacidade para armazenar cerca de 80 fotos.
Estava aqui a pensar que esta é uma boa solução para quem tem mais do que uma/um namorada(o)… assim é fácil mudar o conteúdo das molduras de casa…
29 de dezembro de 2005
Next Generation Design Competition Metropolis 2006
A Metropolis deseja descobrir a próxima geração de Grandes Ideias e de Criativos. Para isso criou o Next Generation Design Competition, que se destina tanto a designers como arquitectos. O prémio de $ 10,000 será atribuído à “Grande Ideia” que contribua de alguma forma para melhorar o meio ambiente, tornando-o melhor, mais seguro e mais sustentável.
Este concurso iniciou-se em 2003 como reconhecimento e encorajamento do activismo e envolvimento social dos designers. A propósito desta temática lembrei-me daquilo que Vítor Papanek* disse: “Tanto a época como o lugar dão aos designers a certeza de que as técnicas e os talentos que colocam no trabalho permanecerão válidos no futuro. No entanto, deveremos ser extremamente cuidadosos com aquilo que criamos e porquê. As mudanças ambientais no nosso frágil planeta são uma consequência daquilo que fazemos e dos instrumentos que utilizamos. Agora que as mudanças que provocamos são tão grandes e tão ameaçadoras, é imperativo que os designers e arquitectos dêem o seu contributo para ajudarem a encontrar soluções.”
Ainda podem enviar os projectos até ao dia 15 de Janeiro.
*Papanek, Victor (1995). Arquitectura e Design. Ecologia e Ética. Lisboa: Edições 70.
Este concurso iniciou-se em 2003 como reconhecimento e encorajamento do activismo e envolvimento social dos designers. A propósito desta temática lembrei-me daquilo que Vítor Papanek* disse: “Tanto a época como o lugar dão aos designers a certeza de que as técnicas e os talentos que colocam no trabalho permanecerão válidos no futuro. No entanto, deveremos ser extremamente cuidadosos com aquilo que criamos e porquê. As mudanças ambientais no nosso frágil planeta são uma consequência daquilo que fazemos e dos instrumentos que utilizamos. Agora que as mudanças que provocamos são tão grandes e tão ameaçadoras, é imperativo que os designers e arquitectos dêem o seu contributo para ajudarem a encontrar soluções.”
Ainda podem enviar os projectos até ao dia 15 de Janeiro.
*Papanek, Victor (1995). Arquitectura e Design. Ecologia e Ética. Lisboa: Edições 70.
28 de dezembro de 2005
Embalagem para garrafas
Continuando a falar de bebidas alcoólicas… (Isto deve ser por causa da época festiva)
Quantas vezes transportamos as garrafas em sacos, ou caixas, chocalhando, roçando, batendo umas nas outras? Vez sem conta… Tantas que, em algumas delas, acontecem coisas desagradáveis que vão desde o barulho do vidro contra vidro, do estragar dos rótulos ou, pior do que tudo, partir as garrafas derramando o seu conteúdo. Para resolver este problema a Regale Corp. criou uma solução interessante de embalagem, dividida em 2 partes, para transporte de garrafas de vidro.
Para evitar o uso do plástico, foram utilizadas fibras recicladas para moldar esta embalagem, resultando numa solução muito positiva, ecológica e com custos muito baixos.
Neste caso, a forma segue a função... com bastante sucesso!
Espero que bebam com moderação!
27 de dezembro de 2005
Cadeira de rolhas de champanhe
Um estranho concurso de design parece ter-se transformado num clássico desta época. Estou a falar do concurso de design de cadeiras feitas com rolhas de champanhe - o DWR Champagne Chair Contest.
Tudo começou, há alguns anos atrás, quando um senhor, chamado Rob Forbes, recebeu uma cadeira em miniatura feita com rolhas de champanhe e respectiva armação de arame. Como essa miniatura fez enorme sucesso, ele teve a ideia de criar este evento de design.
O desafio é simples: trata-se de criar uma miniatura de cadeira usando as rolhas, os arames e as chapas de, no máximo, 2 garrafas de champanhe.
Este concurso está aberto a todos os designers, sejam profissionais, professores ou estudantes. O prazo de participação foi alargado até 6 de Janeiro de 2006. Uma selecção das melhores cadeiras será exibida nos DWR Studios. Os 6 finalistas serão mencionados no site e na Design Newsletter, para além de receberem um vale de compras da DWR. Nos últimos anos, as cadeiras seleccionadas apareceram em posters, na comunicação social em geral, em catálogos e galerias.
Já que vão beber… em vez de ficarem a olhar para as rolhas, com olhos esbugalhados, usem a criatividade para ganhar este concurso. Divirtam-se...
23 de dezembro de 2005
22 de dezembro de 2005
21 de dezembro de 2005
O gesto é tudo
Uma grande percentagem da informação, transmitida na comunicação interpessoal, é gestual. O nosso cérebro especializou-se em ler a linguagem corporal e tirar daí as devidas ilações.
Podemos simpatizar ou odiar os nossos interlocutores apenas com base na sua linguagem corporal e facial. As primeiras impressões são, por vezes, fatais na futura relação. Tanto poderá ser um caso de amor à primeira vista, como de ódio para sempre…
Bom… mas, quando apresentados fora de contexto, os gestos podem transmitir informações contraditórias, ou desconcertantes, como é o caso que aqui deixo…
Afinal, eles estarão a falar do quê… ou de quem?
Podemos simpatizar ou odiar os nossos interlocutores apenas com base na sua linguagem corporal e facial. As primeiras impressões são, por vezes, fatais na futura relação. Tanto poderá ser um caso de amor à primeira vista, como de ódio para sempre…
Bom… mas, quando apresentados fora de contexto, os gestos podem transmitir informações contraditórias, ou desconcertantes, como é o caso que aqui deixo…
Afinal, eles estarão a falar do quê… ou de quem?
20 de dezembro de 2005
Evaluation of Human Work
Wilson, J. R. & Corlett, E. N. (1995). Evaluation of Human Work.
A practical ergonomics methodology. 2ª Edição; Taylor & Francis.
Este livro é um “best-seller” no domínio da ergonomia.
É um verdadeiro compêndio de metodologias e técnicas ergonómicas para avaliação do trabalho humano.
Aborda conteúdos como: metodologias gerais; métodos e técnicas básicas da ergonomia; técnicas em produção; design de sistemas e avaliação; avaliação e design do posto de trabalho; análise da actividade de trabalho; análise da tarefa; interface homem-computador; stress de trabalho; avaliação de risco; observação da peformance; função psicofisiológica; design experimental; recolha de dados, entre muitos outros.
A practical ergonomics methodology. 2ª Edição; Taylor & Francis.
Este livro é um “best-seller” no domínio da ergonomia.
É um verdadeiro compêndio de metodologias e técnicas ergonómicas para avaliação do trabalho humano.
Aborda conteúdos como: metodologias gerais; métodos e técnicas básicas da ergonomia; técnicas em produção; design de sistemas e avaliação; avaliação e design do posto de trabalho; análise da actividade de trabalho; análise da tarefa; interface homem-computador; stress de trabalho; avaliação de risco; observação da peformance; função psicofisiológica; design experimental; recolha de dados, entre muitos outros.
19 de dezembro de 2005
Mala de mão iluminada
Aquilo que as mulheres põem dentro das suas malas de mão continua a ser um verdadeiro mistério, por vezes até mesmo para as suas donas. Uma aluna da Universidade de Brunel, chamada Rosanna Kilfedder, propõe-se dar uma mãozinha, ou melhor dizendo, uma luzinha, para acabar com este problema. A nova solução, que consiste numa mala que se auto-ilumina, promete tornar mais fácil encontrar as chaves de casa, ou outros objectos, dentro do caos. Este novo conceito de mala, apelidada de Sun Trap, usa uma célula solar, aplicada no exterior, para obter energia. A energia é armazenada numa bateria que alimenta a luz, semelhante à que encontramos nos telemóveis, e que é ligada através da abertura do fecho que funciona como interruptor. A luz apaga-se assim que o fecho é corrido, ou quinze segundos depois de ligada, para os casos em que a mala fica aberta por esquecimento. Esta bateria pode ter um uso secundário importante, pois pode ser usada como carregador móvel para telemóveis ou de outros pequenos aparelhos.
Rosanna afirma que teve esta ideia ao observar as dificuldades das suas amigas, em encontrar as chaves de casa no escuro, ou vendo-as a usar os telemóveis para iluminar o seu interior.
18 de dezembro de 2005
17 de dezembro de 2005
Design quotes
“Questions about whether design is necessary or affordable are quite beside the point: design is inevitable. The alternative to good design is bad design, not no design at all.”
Douglas Martin
Douglas Martin
16 de dezembro de 2005
Design sem preconceitos
E se uma empresa lhe pedisse para conceber brinquedos sexuais, como vibradores?
Aceitariam o desafio ou ficariam com receio?
A solução escolhida assentaria numa réplica real daquilo que a natureza criou?
Ou optariam por soluções esculturais, cheias de expressividade artística?
Por outro lado, talvez se pudesse investigar a ergonomia dessa interacção para encontrar a solução mais adequada!
Este desafio foi colocado, pela Myla , a diversos designers e artistas.
Ultrapassando preconceitos, ou falsos moralismos, estas peças de design não foram concebidas para estar escondidas na gaveta, quando não estão em uso, mas também não são meras esculturas ou peças decorativas.
O Bone, da autoria de Tom Dixon, actual director criativo da Habitat internacional, até tem uma edição especial, feita artesanalmente em cristal e, apesar do preço elevado da versão normal (240€), tem uma interminável lista de encomendas. Sobre este trabalho, o designer afirmou: «É extraordinário, que objectos destinados a um uso tão íntimo e agradável sejam tão destituídos de qualidade em termos de design e material. Objectos como estes devem ser preciosos, bonitos e higiénicos, reflectindo a sua função.». Marc Newson, designer australiano, é o autor de Mojo, cuja palavra-chave parece ser “divertido”. Sobre ele o autor disse: «Cada projecto é um desafio único, e não vejo nada de estranho em desenhar tudo, desde um jet privado a um acessório sexual». Tara Cottam, escultora britânica, é a autora de Seed, uma solução mais inspirada na natureza. A solução encontrada não se afasta muito da linha das suas esculturas, sempre inspiradas em objectos naturais e trabalhadas em pedra ou bronze. Outra escultora, Mari-Ruth Oda, japonesa, conhecida pelos seus trabalhos em pedra, é autora do Pebble, que passa bem por uma vulgar pedra rolada, a não ser que comece a vibrar no meio da sala...
Aceitariam o desafio ou ficariam com receio?
A solução escolhida assentaria numa réplica real daquilo que a natureza criou?
Ou optariam por soluções esculturais, cheias de expressividade artística?
Por outro lado, talvez se pudesse investigar a ergonomia dessa interacção para encontrar a solução mais adequada!
Este desafio foi colocado, pela Myla , a diversos designers e artistas.
Ultrapassando preconceitos, ou falsos moralismos, estas peças de design não foram concebidas para estar escondidas na gaveta, quando não estão em uso, mas também não são meras esculturas ou peças decorativas.
O Bone, da autoria de Tom Dixon, actual director criativo da Habitat internacional, até tem uma edição especial, feita artesanalmente em cristal e, apesar do preço elevado da versão normal (240€), tem uma interminável lista de encomendas. Sobre este trabalho, o designer afirmou: «É extraordinário, que objectos destinados a um uso tão íntimo e agradável sejam tão destituídos de qualidade em termos de design e material. Objectos como estes devem ser preciosos, bonitos e higiénicos, reflectindo a sua função.». Marc Newson, designer australiano, é o autor de Mojo, cuja palavra-chave parece ser “divertido”. Sobre ele o autor disse: «Cada projecto é um desafio único, e não vejo nada de estranho em desenhar tudo, desde um jet privado a um acessório sexual». Tara Cottam, escultora britânica, é a autora de Seed, uma solução mais inspirada na natureza. A solução encontrada não se afasta muito da linha das suas esculturas, sempre inspiradas em objectos naturais e trabalhadas em pedra ou bronze. Outra escultora, Mari-Ruth Oda, japonesa, conhecida pelos seus trabalhos em pedra, é autora do Pebble, que passa bem por uma vulgar pedra rolada, a não ser que comece a vibrar no meio da sala...
15 de dezembro de 2005
Auto-café expresso
Há dependências que são mal vistas pela sociedade, como a dependência do álcool, das drogas e agora, cada vez mais, do tabaco, entre outras. Mas outras dependências são bem aceites, como a dependência financeira... e a dependência da cafeína. Aliás, são tão aceites que até arranjamos maneira de reduzir o sofrimento, daqueles que estão a sofrer os efeitos da privação… Nesse sentido, a Bertone criou uma máquina de café para ser usada nos automóveis, ou outros veículos motorizados. Assim, se é café-dependente, já pode dar cabo do vício mesmo enquanto aguarda nas filas de trânsito. Basta ligar a Velox ao isqueiro do carro e esperar...
Resta saber o impacto que esta inovação irá ter na sinistralidade!!!
Já estou a ver a cena: “Sr. Guarda, estava a mudar o filtro do café e não vi que o sinal tinha mudado…ou então, estava a mexer o café e não podia fazer "pisca"... eheheheh
Se a moda pegar, terão que incluir novas regras no código da estrada, como: proibido tomar café em andamento; proibido usar chávenas de porcelana nos automóveis, proibido atirar borras de café para a via pública, etc. etc…
A máquina custa cerca de 59€ e, como é óbvio, pode ser usada com o carro estacionado ;)
Resta saber o impacto que esta inovação irá ter na sinistralidade!!!
Já estou a ver a cena: “Sr. Guarda, estava a mudar o filtro do café e não vi que o sinal tinha mudado…ou então, estava a mexer o café e não podia fazer "pisca"... eheheheh
Se a moda pegar, terão que incluir novas regras no código da estrada, como: proibido tomar café em andamento; proibido usar chávenas de porcelana nos automóveis, proibido atirar borras de café para a via pública, etc. etc…
A máquina custa cerca de 59€ e, como é óbvio, pode ser usada com o carro estacionado ;)
14 de dezembro de 2005
Cortinas solares
Pensar em design significa pensar nas necessidades humanas, mas também, e não menos importante, pensar na sustentabilidade do design. De que serve ter um mundo altamente tecnológico se destruirmos o planeta e tornarmos, a nossa grande casa, inabitável?
Não é fácil encontrar soluções onde haja equilíbrio entre as questões do design, do lucro, do consumidor e do ambiente. No entanto, muito se poderá fazer com pequenas, mas maravilhosas soluções…semelhantes àquela que menciono neste post.
As Energie Curtain procuram resolver um dos maiores problemas que enfrentamos, que é a nossa dependência energética, sobretudo dos combustíveis fósseis, altamente poluentes e escassos. A ideia é simples - porque não usar cortinas solares, que acumulam a energia solar durante o dia para, durante a noite, iluminar os nossos espaços?
Esta inovação, criada pela Re:form, uma subsidiária dos Interactive Studios poderá, potencialmente, revolucionar o mercado dos cortinados e dos candeeiros, principalmente em Portugal, um país com uma média de horas de sol tão generosa. A Re:form dedica-se a explorar novas tecnologias, aplicáveis na concepção de interiores domésticos inteligentes, e têxteis interactivos.
É óbvio que se levantam algumas dúvidas, sobretudo técnicas ou tecnológicas, sobre esta solução, mas quanto a mim, vale pela originalidade e arrojo da proposta. Este projecto é um exemplo do equilíbrio entre as preocupações Humanas e ecológicas.
Não é fácil encontrar soluções onde haja equilíbrio entre as questões do design, do lucro, do consumidor e do ambiente. No entanto, muito se poderá fazer com pequenas, mas maravilhosas soluções…semelhantes àquela que menciono neste post.
As Energie Curtain procuram resolver um dos maiores problemas que enfrentamos, que é a nossa dependência energética, sobretudo dos combustíveis fósseis, altamente poluentes e escassos. A ideia é simples - porque não usar cortinas solares, que acumulam a energia solar durante o dia para, durante a noite, iluminar os nossos espaços?
Esta inovação, criada pela Re:form, uma subsidiária dos Interactive Studios poderá, potencialmente, revolucionar o mercado dos cortinados e dos candeeiros, principalmente em Portugal, um país com uma média de horas de sol tão generosa. A Re:form dedica-se a explorar novas tecnologias, aplicáveis na concepção de interiores domésticos inteligentes, e têxteis interactivos.
É óbvio que se levantam algumas dúvidas, sobretudo técnicas ou tecnológicas, sobre esta solução, mas quanto a mim, vale pela originalidade e arrojo da proposta. Este projecto é um exemplo do equilíbrio entre as preocupações Humanas e ecológicas.
13 de dezembro de 2005
Uma história natural dos sentidos
Ackerman, Diane (1990). Uma História Natural dos Sentidos. Lisboa: Circulo de Leitores.
Diane Ackerman conta-nos , de forma acessível e rigorosa , a história dos sentidos, como nasceram e evoluíram, como são entendidos pelas várias culturas , a que limites estão sujeitos , que podem ensinar-nos sobre o mundo surpreendente em que vivemos.
Aqui ficam alguns excertos, para aguçar o apetite...
“O corpo selecciona e desbasta a experiência, depois envia-a ao cérebro para que ele a arquive ou utilize para algum fim. (…) Nem tudo é sentido por nós com força suficiente para enviar uma mensagem ao cérebro; muitas sensações invadem-nos sem nos dizerem nada. Muito perde-se na tradução ou é censurado, e os nossos nervos nem sempre disparam de imediato. Alguns permanecem silenciosos enquanto outros reagem. Isso faz com que a nossa versão do mundo seja algo simplista, tendo em vista a complexidade desse mesmo mundo. O corpo não vive em busca da verdade mas sim da sobrevivência.
(…)”Um dos maiores paradoxos da condição humana é que a grande abundância de sensações, que tanto significam para nós, não é percepcionada directamente pelo cérebro. (…) O cérebro é cego, surdo, mudo, insensível”.
Diane Ackerman conta-nos , de forma acessível e rigorosa , a história dos sentidos, como nasceram e evoluíram, como são entendidos pelas várias culturas , a que limites estão sujeitos , que podem ensinar-nos sobre o mundo surpreendente em que vivemos.
Aqui ficam alguns excertos, para aguçar o apetite...
“O corpo selecciona e desbasta a experiência, depois envia-a ao cérebro para que ele a arquive ou utilize para algum fim. (…) Nem tudo é sentido por nós com força suficiente para enviar uma mensagem ao cérebro; muitas sensações invadem-nos sem nos dizerem nada. Muito perde-se na tradução ou é censurado, e os nossos nervos nem sempre disparam de imediato. Alguns permanecem silenciosos enquanto outros reagem. Isso faz com que a nossa versão do mundo seja algo simplista, tendo em vista a complexidade desse mesmo mundo. O corpo não vive em busca da verdade mas sim da sobrevivência.
(…)”Um dos maiores paradoxos da condição humana é que a grande abundância de sensações, que tanto significam para nós, não é percepcionada directamente pelo cérebro. (…) O cérebro é cego, surdo, mudo, insensível”.
12 de dezembro de 2005
WC de emergência
Muitos se lembram dos banquinhos de cartão, tão populares nas longas filas da Expo 98. E se agora pudessem comprar uma sanita segundo a mesma filosofia? Ou seja, uma sanita efémera, totalmente reciclável e biodegradável. Uma sanita de emergência que pode ser usada nos sítios mais remotos, mesmo onde não há água.
A UnBathroom, que é o nome deste equipamento, é fabricada em cartão canelado encerado, para resistir ás condições atmosféricas adversas, e tem uma montagem muito fácil... Esta sanita pode ser espalmada para facilitar o transporte e o armazenamento. O seu revestimento interno, em plástico, que equivale ao contentor, pode ser selado para ser depositado, mais tarde, no lixo sanitário. Depois de usados os revestimentos interiores, e por questões de higiene, a base em cartão pode ser reciclada. A altura da sanita pode ser ajustável, para idosos ou deficientes, ao ser colocada sobre qualquer superfície estável.
Ao criar esta sanita de emergência, William Hsu, estudante do Art Center College of Design, Pasadena, CA, ganhou uma menção honrosa atribuída pela I.D. em 2004.
A abordagem feita por William Hsu, à questão sanitária, revela um pensamento global e sistémico muito bom e que falta a muitos alunos de design. Este projecto impressiona pela simplicidade da solução, mas também pela forma como lida com os desperdícios. A informação aplicada é apenas a essencial, não possui material gráfico excessivo.
Fico espantada pelo nível de projecto destes alunos… O que acaba por levantar algumas questões problemáticas. Será que fazer estruturas em palitos, ou escadas industriais são temáticas correctas para ensinar alunos de design??? Poderíamos, ou não, fazer mais e melhor pelo ensino do design?
Aqui fica a questão para reflexão…
A UnBathroom, que é o nome deste equipamento, é fabricada em cartão canelado encerado, para resistir ás condições atmosféricas adversas, e tem uma montagem muito fácil... Esta sanita pode ser espalmada para facilitar o transporte e o armazenamento. O seu revestimento interno, em plástico, que equivale ao contentor, pode ser selado para ser depositado, mais tarde, no lixo sanitário. Depois de usados os revestimentos interiores, e por questões de higiene, a base em cartão pode ser reciclada. A altura da sanita pode ser ajustável, para idosos ou deficientes, ao ser colocada sobre qualquer superfície estável.
Ao criar esta sanita de emergência, William Hsu, estudante do Art Center College of Design, Pasadena, CA, ganhou uma menção honrosa atribuída pela I.D. em 2004.
A abordagem feita por William Hsu, à questão sanitária, revela um pensamento global e sistémico muito bom e que falta a muitos alunos de design. Este projecto impressiona pela simplicidade da solução, mas também pela forma como lida com os desperdícios. A informação aplicada é apenas a essencial, não possui material gráfico excessivo.
Fico espantada pelo nível de projecto destes alunos… O que acaba por levantar algumas questões problemáticas. Será que fazer estruturas em palitos, ou escadas industriais são temáticas correctas para ensinar alunos de design??? Poderíamos, ou não, fazer mais e melhor pelo ensino do design?
Aqui fica a questão para reflexão…
11 de dezembro de 2005
10 de dezembro de 2005
Design quotes
“The ability to simplify means to eliminate the unnecessary so that the necessary may speak.”
Hans Hoffman
Hans Hoffman
9 de dezembro de 2005
Scooba, lava o chão já!
O Homem criou a máquina para reduzir o seu desgaste biológico, ao mesmo tempo que aumentava a capacidade produtiva. Esperava, com isso, ter mais tempo para o lazer. Mas na verdade, aquilo que se verifica, na maior parte dos casos, é sobrar tempo para trabalhar cada vez mais… Assim, trabalhamos em 1 ou 2 empregos e trabalhamos em casa, ocupando dessa forma as 16 ou mais horas úteis do dia. Por isso, cada vez mais, as pessoas começam a perceber as vantagens dos robots domésticos (aqueles que se preocupam com a higiene doméstica!). Há alguns anos atrás a relutância face a estas máquinas era enorme, mas agora é uma área em franco crescimento (o Roomba, vendeu mais de 1 milhão de unidades em 2 anos).
Os engenheiros e designers envolvidos na concepção deste tipo de produtos analisaram, cuidadosamente, as necessidades de higiene doméstica e concluíram que a tarefa de lavar o chão levanta alguns problemas:
a) a água fica suja rapidamente, bem como a esfregona, acabando por espalhar o lixo em vez de o remover;
b) é necessário transportar um balde com 7 ou mais litros de água, o que significa um peso considerável;
c) a limpeza do balde e da esfregona é muito desagradável e pouco eficaz;
d) pessoas com dificuldades motoras (idosos, doentes com artrite, pessoas com problemas de coluna, etc.) não podem efectuar estas tarefas, ou estão sujeitos a grande sofrimento para o fazer.
Neste sentido, para responder a estas necessidades, e para contentamento dos calões, criaram o Scooba, o 1º robot doméstico que lava o chão . Este robot, muito semelhante ao seu antecessor, o Roomba, tem o aspecto de disco voador e promete reformar as esfregonas de muitas casas. É fácil de usar e está adequado para pavimentos de cerâmica, linóleo ou pedra natural e madeira.
O Scooba funciona da seguinte maneira:
1º aspira todo o lixo, poeiras e pequenas areias do chão;
2ª enxagua o chão, usando uma solução de limpeza designada por Clorox;
3º esfrega o chão para remover nódoas e lixo agarrado;
4º Enxuga o chão, removendo a solução suja, deixando o chão limpo e seco.
Devido à sua reduzida altura consegue ir debaixo da maioria dos móveis. Também vem equipado com sensores que o impedem de cair pelas escadas ou de ficar preso em cantos recônditos. Consegue determinar a configuração da divisão e não deixa ficar nenhuma parte por limpar, aliás, até passa mais do que uma vez pela mesma área. Para impedir que ele passe para outras divisões pode ser instalado um dispositivo, que cria uma barreira invisível, que o robot não ultrapassará. Se o Scooba se meter em apuros irá desligar-se automaticamente.
Aqueles que já o usaram afirmam que não faz um trabalho perfeito, mas é muito aceitável. Ele próprio é muito fácil de limpar e manter. As suas peças desmontam-se com facilidade e podem ir, na maioria, à máquina de lavar.
Como é um robot, basta carregar no botão e ele fica a fazer a limpeza. Não reclama, não pede ordenado nem aumento, não diz que está cansado ou que tem que ver o futebol na tv.
Outros robots domésticos virão num futuro próximo. O Scooba custa $399.99 ou 342€.
Se me perguntarem… eu digo que já escrevi ao Pai Natal a pedir um Scooba…por causa das minhas costas, claro ;)
Os engenheiros e designers envolvidos na concepção deste tipo de produtos analisaram, cuidadosamente, as necessidades de higiene doméstica e concluíram que a tarefa de lavar o chão levanta alguns problemas:
a) a água fica suja rapidamente, bem como a esfregona, acabando por espalhar o lixo em vez de o remover;
b) é necessário transportar um balde com 7 ou mais litros de água, o que significa um peso considerável;
c) a limpeza do balde e da esfregona é muito desagradável e pouco eficaz;
d) pessoas com dificuldades motoras (idosos, doentes com artrite, pessoas com problemas de coluna, etc.) não podem efectuar estas tarefas, ou estão sujeitos a grande sofrimento para o fazer.
Neste sentido, para responder a estas necessidades, e para contentamento dos calões, criaram o Scooba, o 1º robot doméstico que lava o chão . Este robot, muito semelhante ao seu antecessor, o Roomba, tem o aspecto de disco voador e promete reformar as esfregonas de muitas casas. É fácil de usar e está adequado para pavimentos de cerâmica, linóleo ou pedra natural e madeira.
O Scooba funciona da seguinte maneira:
1º aspira todo o lixo, poeiras e pequenas areias do chão;
2ª enxagua o chão, usando uma solução de limpeza designada por Clorox;
3º esfrega o chão para remover nódoas e lixo agarrado;
4º Enxuga o chão, removendo a solução suja, deixando o chão limpo e seco.
Devido à sua reduzida altura consegue ir debaixo da maioria dos móveis. Também vem equipado com sensores que o impedem de cair pelas escadas ou de ficar preso em cantos recônditos. Consegue determinar a configuração da divisão e não deixa ficar nenhuma parte por limpar, aliás, até passa mais do que uma vez pela mesma área. Para impedir que ele passe para outras divisões pode ser instalado um dispositivo, que cria uma barreira invisível, que o robot não ultrapassará. Se o Scooba se meter em apuros irá desligar-se automaticamente.
Aqueles que já o usaram afirmam que não faz um trabalho perfeito, mas é muito aceitável. Ele próprio é muito fácil de limpar e manter. As suas peças desmontam-se com facilidade e podem ir, na maioria, à máquina de lavar.
Como é um robot, basta carregar no botão e ele fica a fazer a limpeza. Não reclama, não pede ordenado nem aumento, não diz que está cansado ou que tem que ver o futebol na tv.
Outros robots domésticos virão num futuro próximo. O Scooba custa $399.99 ou 342€.
Se me perguntarem… eu digo que já escrevi ao Pai Natal a pedir um Scooba…por causa das minhas costas, claro ;)
8 de dezembro de 2005
Porque sim!
O Design Editorial é uma das áreas projectuais na disciplina do Design, que eu acho mais aliciante. Apesar de não apreciar o grafismo da maior parte dos jornais nacionais, acho que hoje, este, merece um especial destaque pela positiva!
Tetran o comilão de auscultadores
Arrumar os auriculares, ou auscultadores, pode ser um problema. São os fios, velho problema da electrónica, que se enrolam, que se estragam, que trazem tudo agarrado quando puxamos por eles, etc…
Surgiu agora uma solução muito imaginativa e divertida chamada Tetran, produzida pela Tunewear. Esta coisa funciona da seguinte forma: após inserir os auriculares na boca dos Tetran, que parecem um ouriço, ou uma mina aquática, os fios são enrolados em torno dos seus bicos. Segundo o fabricante, os Tetran, também podem ser usados como um massajadores ou como uma bola de stress.
Nesta época de Natal… pode ser uma prenda gira! Custa cerca de 11€…
7 de dezembro de 2005
Novo conceito de embalagem para medicamentos
A Target, comprou a patente de um novo conceito de frasco de medicamentos, criado por uma estudante norte-americana de design. Este novo conceito pretende revolucionar o design das embalagens e impedir erros na toma dos medicamentos.
Os frascos tradicionais, usados nos EUA, são curvos e têm rótulos colados contendo toda a informação sobre o medicamento.
Estes frascos apresentam diversos problemas: - não há consistência na hierarquização da informação, o nome do medicamento pode aparecer no topo, a meio ou na parte inferior do rótulo; - a marca, ou logótipo, da farmacêutica é normalmente o elemento que se destaca mais, desprezando-se o nome do medicamento; - o uso das cores não facilita o contraste; - a forma curva dificulta a leitura; o tipo, o corpo da letra, o espacejamento e o entrelinhamento escolhidos são de difícil leitura.
A solução encontrada corrige a maior parte destes problemas e apresenta algumas inovações interessantes.
O nome do medicamento aparece no topo do frasco, permitindo uma identificação fácil, mesmo quando guardado. O frasco encarnado aumenta a coerência da imagem corporativa (é a cor da Target). A informação encontra-se correctamente hierarquizada, aparecendo a informação primordial (nome do medicamento, dosagem, instruções) na zona central do rótulo e a restante informação (quantidade, validade, médico responsável), colocada numa zona secundária do rótulo. A colocação do rótulo, numa superfície plana do frasco, facilita a leitura e permite poupar gastos de produção desnecessários (com cortes de papel). Foi criado um sistema de anéis coloridos, colocados junto à tampa, que são uma forma de personalização do frasco, dificultando desta forma a confusão entre frascos pertencentes a diferentes membros da mesma família. Foi também anexado um cartão, expansível, que corresponde à bula do medicamento e que dificilmente será perdido.
Seria bom que chegassem rapidamente a Portugal, não só pelo bom exemplo de design ergonómico, mas também porque isso significava que poderíamos comprar a dose de medicamentos adequada ao nosso caso!
Este belissímo exemplo de design faz-me sentir saudades de um exercício, que se fazia em design bidimensional e, que agora foi eliminado... com muita pena minha :(
Os frascos tradicionais, usados nos EUA, são curvos e têm rótulos colados contendo toda a informação sobre o medicamento.
Estes frascos apresentam diversos problemas: - não há consistência na hierarquização da informação, o nome do medicamento pode aparecer no topo, a meio ou na parte inferior do rótulo; - a marca, ou logótipo, da farmacêutica é normalmente o elemento que se destaca mais, desprezando-se o nome do medicamento; - o uso das cores não facilita o contraste; - a forma curva dificulta a leitura; o tipo, o corpo da letra, o espacejamento e o entrelinhamento escolhidos são de difícil leitura.
A solução encontrada corrige a maior parte destes problemas e apresenta algumas inovações interessantes.
O nome do medicamento aparece no topo do frasco, permitindo uma identificação fácil, mesmo quando guardado. O frasco encarnado aumenta a coerência da imagem corporativa (é a cor da Target). A informação encontra-se correctamente hierarquizada, aparecendo a informação primordial (nome do medicamento, dosagem, instruções) na zona central do rótulo e a restante informação (quantidade, validade, médico responsável), colocada numa zona secundária do rótulo. A colocação do rótulo, numa superfície plana do frasco, facilita a leitura e permite poupar gastos de produção desnecessários (com cortes de papel). Foi criado um sistema de anéis coloridos, colocados junto à tampa, que são uma forma de personalização do frasco, dificultando desta forma a confusão entre frascos pertencentes a diferentes membros da mesma família. Foi também anexado um cartão, expansível, que corresponde à bula do medicamento e que dificilmente será perdido.
Seria bom que chegassem rapidamente a Portugal, não só pelo bom exemplo de design ergonómico, mas também porque isso significava que poderíamos comprar a dose de medicamentos adequada ao nosso caso!
Este belissímo exemplo de design faz-me sentir saudades de um exercício, que se fazia em design bidimensional e, que agora foi eliminado... com muita pena minha :(
6 de dezembro de 2005
Psicologia cognitiva
Sternberg, Robert J., (2000). Psicologia Cognitiva. Tradução de Maria Regina Borges. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. ISBN: 85-7307-657-7.
(Capa da versão em inglês)
A Psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação. Ou seja, as várias áreas de estudo, dentro da psicologia cognitiva, são as bases biológicas da cognição, as imagens mentais, a atenção, a consciência, a percepção, a memória, a linguagem, a resolução de problemas, a criatividade, a tomada de decisões, o raciocínio, o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida, a inteligência humana e artificial, entre outros aspectos do pensamento humano.
A psicologia cognitiva é importantíssima para o design, não só porque permite ao designer conhecer as capacidades e limitações cognitivas, dos potenciais utilizadores dos seus projectos, mas também porque fomenta o auto conhecimento, ajudando o designer a tirar o máximo proveito das suas capacidades intelectuais.
Existem diversos livros excelentes sobre esta temática. O maior obstáculo poderá ser a falta de manuais traduzidos para o português. Uma excepção é o livro de Sternberg, professor da Universidade de Yale. É um manual actualizado, bastante extenso, bem organizado e cheio de exemplos. Óptimo para quem se inicia nesta temática, como é o caso dos alunos de design.
(Capa da versão em inglês)
A Psicologia cognitiva trata do modo como as pessoas percebem, aprendem, recordam e pensam sobre a informação. Ou seja, as várias áreas de estudo, dentro da psicologia cognitiva, são as bases biológicas da cognição, as imagens mentais, a atenção, a consciência, a percepção, a memória, a linguagem, a resolução de problemas, a criatividade, a tomada de decisões, o raciocínio, o desenvolvimento cognitivo ao longo da vida, a inteligência humana e artificial, entre outros aspectos do pensamento humano.
A psicologia cognitiva é importantíssima para o design, não só porque permite ao designer conhecer as capacidades e limitações cognitivas, dos potenciais utilizadores dos seus projectos, mas também porque fomenta o auto conhecimento, ajudando o designer a tirar o máximo proveito das suas capacidades intelectuais.
Existem diversos livros excelentes sobre esta temática. O maior obstáculo poderá ser a falta de manuais traduzidos para o português. Uma excepção é o livro de Sternberg, professor da Universidade de Yale. É um manual actualizado, bastante extenso, bem organizado e cheio de exemplos. Óptimo para quem se inicia nesta temática, como é o caso dos alunos de design.
5 de dezembro de 2005
Quando não dá para aguentar mais...
Um destes dias, ia a chegar ao meu carro, que estava estacionado, quando não é o meu espanto, vejo um rabo virado para mim. Sim, era um rabo e pertencia a um cavalheiro (toxicodependente) que, virado para a estrada, entre o meu carro e outro, fazia as suas necessidades. Fiquei sem palavras e arrependi-me de não ter um telemóvel com câmara fotográfica. Sem saber o que fazer e sem querer interromper a acção, não fosse o senhor sofrer de prisão de ventre, dei meia volta e fui-me embora.
Enquanto caminhava lembrei-me de uma casa de banho pública, que existe na Suiça e em Inglaterra e que é absolutamente irreal. Trata-se de uma casa de banho totalmente em vidro. Quem está lá dentro sente-se absolutamente exposto mas, na realidade, o vidro é espelhado garantindo total privacidade.
Será que se pode usar de noite, quando estiver a luz acesa lá dentro?
Talvez, se a CML instalasse estes equipamentos pela cidade, houvesse menos merda nas ruas (desculpem a expressão).
Eu não sei bem como reagiria ao usa-las, mas gostava de experimentar…
4 de dezembro de 2005
3 de dezembro de 2005
Design quotes
“I’ve been amazed at how often those outside the discipline of design assume that what designers do is decoration. Good design is problem solving.”
Jeffery Veen, 2000
Jeffery Veen, 2000
2 de dezembro de 2005
Sinalética duvidosa...
Estas placas foram fotografadas, nos sanitários, de uma estação de serviço de auto-estrada e mereceram a minha atenção (por maus motivos, infelizmente).
Numa primeira olhadela, o nosso olhar fica imediatamente preso na grande figura do lado direito. A sua dimensão, peso e localização atraem, automaticamente, o olhar do utilizador. Isso seria bom, se essa imagem fosse importante para as necessidades de quem se dirige aos sanitários, mas não é. De facto, essa figura não tem qualquer significado fundamental, é uma pura “decoração” da placa.
Surpreendente, não é! Então, numa placa tão pequena, a figura maior, visualmente dominante, não quer dizer nada de relevante?!!! Certamente trata-se de um erro provocado pela falta de hierarquização da mensagem…
Já agora, o que vêem vocês nessa figura? Eu vi um pato e só depois vi metade de uma cabeça de uma vaca/boi, de frente. Afinal, que espécie de mensagem subliminar vem a ser esta? Estaremos a entrar numa reserva natural, numa zona do touro bravo, será uma vacaria ou um talho?
Também temos que falar do uso dos pictogramas da Expo 98. Neste caso, os olhos das caras desapareceram, dando lugar a um círculo com uns triângulozitos, que ora estão por cima, ora estão por baixo. Para quem não tenha ido à Expo, serão círculos suficientes para significar uma cabeça? E se não soubéssemos que os homens usam laços ao pescoço e que as mulheres os usam na cabeça (usam de facto???) o que significaria isto? Está bem, dizem os mais optimistas, podemos sempre ler o texto que está por baixo. Pois é… e se for um estrangeiro, ou um analfabeto?
Mas há mais. Então e o que vem a ser aquele pictograma, pequenito, ao lado da representação da mulher? Parece uma mulherzinha, pequenita, dentro de uma campânula. Será que é um escafandro, ou um capacete? Até parece ter uma antena!!! Será um WC para extraterrestres???... Graças ao texto, pude inferir que era um fraldário. Então o que representa aquela circunferência a envolver a criança? Dada a época corrente, só me lembro de uma bola de Natal. Não sei, a minha imaginação não dá para tanto esforço perceptivo :(
Digam vocês o que vos parece…
Numa primeira olhadela, o nosso olhar fica imediatamente preso na grande figura do lado direito. A sua dimensão, peso e localização atraem, automaticamente, o olhar do utilizador. Isso seria bom, se essa imagem fosse importante para as necessidades de quem se dirige aos sanitários, mas não é. De facto, essa figura não tem qualquer significado fundamental, é uma pura “decoração” da placa.
Surpreendente, não é! Então, numa placa tão pequena, a figura maior, visualmente dominante, não quer dizer nada de relevante?!!! Certamente trata-se de um erro provocado pela falta de hierarquização da mensagem…
Já agora, o que vêem vocês nessa figura? Eu vi um pato e só depois vi metade de uma cabeça de uma vaca/boi, de frente. Afinal, que espécie de mensagem subliminar vem a ser esta? Estaremos a entrar numa reserva natural, numa zona do touro bravo, será uma vacaria ou um talho?
Também temos que falar do uso dos pictogramas da Expo 98. Neste caso, os olhos das caras desapareceram, dando lugar a um círculo com uns triângulozitos, que ora estão por cima, ora estão por baixo. Para quem não tenha ido à Expo, serão círculos suficientes para significar uma cabeça? E se não soubéssemos que os homens usam laços ao pescoço e que as mulheres os usam na cabeça (usam de facto???) o que significaria isto? Está bem, dizem os mais optimistas, podemos sempre ler o texto que está por baixo. Pois é… e se for um estrangeiro, ou um analfabeto?
Mas há mais. Então e o que vem a ser aquele pictograma, pequenito, ao lado da representação da mulher? Parece uma mulherzinha, pequenita, dentro de uma campânula. Será que é um escafandro, ou um capacete? Até parece ter uma antena!!! Será um WC para extraterrestres???... Graças ao texto, pude inferir que era um fraldário. Então o que representa aquela circunferência a envolver a criança? Dada a época corrente, só me lembro de uma bola de Natal. Não sei, a minha imaginação não dá para tanto esforço perceptivo :(
Digam vocês o que vos parece…
1 de dezembro de 2005
O computador
Em 1945, no fim da II Grande Guerra, surgiu aquele que é considerado o primeiro computador digital (ENIAC), uma criação do físico John Mauchley e do engenheiro Presper Eckert. Era um monstro que pesava 27 toneladas e continha mais de 18.000 tubos de de vácuo. Três décadas mais tarde, em 1976, a dupla Steve Jobs e Steve Wozniak criou, em Silicon Valley, o primeiro computador pessoal (personal computer), baptizado de Apple I. Pouco depois a Microsoft de Bill Gates surgia em força com novas linguagens de programação e "software". Era o princípio do grande "boom" da indústria informática.
No entanto para mim, o primeiro grande e fantástico computador que surgiu foi o... Spectrum!
Belas tardes inteirinhas a jogar... belos tempos!
Deslizando com o rato...
São cada vez mais frequentes os casos de lesões, provocadas por movimentos repetitivos, no posto de trabalho. Dados divulgados pelo NIOSH apontam que este tipo de lesões corresponda a cerca de 60% das doenças profissionais. Dentro desta categoria de lesões, a síndrome do túnel do carpo é a mais frequente.
Mas o que é a síndrome do Túnel do carpo?
O túnel do carpo, assim designado devido aos 8 ossos do pulso que criam uma estrutura em forma de túnel, está preenchido por 9 tendões flexores dos dedos e pelo nervo mediano que enerva as mãos. A flexão, ou a extensão, do pulso resulta na redução do diâmetro do túnel. A fricção repetitiva, da membrana sinovial, resulta numa inflamação que, ultrapassando certos limites, irá pressionar o nervo mediano levando ao aparecimento de dores.
Um dos grandes responsáveis por esta lesão é o trabalho ao computador e com o rato. Para ajudar a reduzir a probabilidade de sofrer deste síndroma, foi criado o ERGOglider, que é um apoio de braços ergonómico para o rato do computador. Este apoio ajuda a reduzir o stress dos movimentos repetitivos do braço, mantendo alguma liberdade de movimentos. Com o ERGOglider os movimentos do rato deixam de ser realizados pelo pulso e passam a ser controlados com o ombro, cotovelo e antebraço. As articulações deixam de ser solicitadas e o braço é usado como uma única peça. Isto significa uma importante redução do stress articular… tal como o nome indica, (glide=deslizar)…deslize…
Mas o que é a síndrome do Túnel do carpo?
O túnel do carpo, assim designado devido aos 8 ossos do pulso que criam uma estrutura em forma de túnel, está preenchido por 9 tendões flexores dos dedos e pelo nervo mediano que enerva as mãos. A flexão, ou a extensão, do pulso resulta na redução do diâmetro do túnel. A fricção repetitiva, da membrana sinovial, resulta numa inflamação que, ultrapassando certos limites, irá pressionar o nervo mediano levando ao aparecimento de dores.
Um dos grandes responsáveis por esta lesão é o trabalho ao computador e com o rato. Para ajudar a reduzir a probabilidade de sofrer deste síndroma, foi criado o ERGOglider, que é um apoio de braços ergonómico para o rato do computador. Este apoio ajuda a reduzir o stress dos movimentos repetitivos do braço, mantendo alguma liberdade de movimentos. Com o ERGOglider os movimentos do rato deixam de ser realizados pelo pulso e passam a ser controlados com o ombro, cotovelo e antebraço. As articulações deixam de ser solicitadas e o braço é usado como uma única peça. Isto significa uma importante redução do stress articular… tal como o nome indica, (glide=deslizar)…deslize…
30 de novembro de 2005
A ergonomia e o design de um pionés
Algumas coisas parecem perfeitas e impossíveis de modificar (pelo menos para melhor). Mas a Ideation Designs criou os Tak Brand Pushpins, um novo conceito de pionés, multifuncional, ergonómico e cheio de estilo. Ao que parece, tudo começou durante uma sessão de brainstorming em design industrial. O novo pionés tem 2 pins, em vez de um como os tradicionais, tem um arco, em forma de ferradura e tem também uma pega ergonómica. As vantagens destes pequenos novos pionés, segundo os seus criadores, são a sua maior facilidade de uso, o canal que permite a passagem de cabos e o seu duplo pin que impede os papéis de girar. A inovação tem feito furor, por esse mundo fora, tendo sido referida na impressa: The New York Times, Innovation Magazine, ID Magazine, Men's Journal, The Washington Post, DETAILS Magazine, The Boston Globe and Metropolis Magazine. Também já ganhou alguns prémios: IDEA Award, The I.D. Design Distinction Award, entre outras nomeações.
E é apenas um pionés!
É caso para dizer que o design não se mede aos palmos
29 de novembro de 2005
Visual information for everyday use
“The success of a (comunication) design depends on the coordination of the two sets of constraints: information with the appropriate means for action and the means for action with the appropriate information”.
Zwaga, H. J. G.; Boersema, T. & Hoonhout, H.C. M. editors. (1999), Visual Information for Everyday Use: Design and Research Perspectives. London: Taylor & Francis.
O conceito de informação está relacionado com o significado. Se organizarmos um conteúdo para que possa ser usado, pelas pessoas, para atingirem os seus objectivos, isso é informação. A organização desses dados irá evocar um significado para o utilizador. Será o significado, ou a falta dele, que determinará o que é útil e o que é apenas ruído.
A transmissão da informação, ao receptor, é a comunicação. Como não usamos a telepatia (alguns dizem que usam) temos que usar suportes que permitam a passagem da informação de mente para mente. É aqui que entra o designer de comunicação… o carteiro (como lhe chamou Corto). O problema é conceber de forma a que a interacção, homem-design, seja óptima...
A área do design de informação está em franco crescimento. Este livro discute a metodologia e a investigação realizada sobre o design de comunicação para uso público. Nele podemos encontrar uma panorâmica sobre o estado da arte de diversas áreas do design de informação, acompanhadas de diversos estudos de caso. O livro tem o contributo de diversos especialistas mundiais, sobre esta área interdisciplinar, do design de informação. Entre eles encontram-se ergonomistas, designers, psicólogos, entre outros. Os seus contributos reflectem a riqueza, a diversidade de preocupações e de abordagens desta área. São focados tópicos como formulários, tabelas, gráficos, mapas, instruções, pictogramas e avisos. Se querem ser carteiros/designers eficazes, então comecem por ler este livro!
Zwaga, H. J. G.; Boersema, T. & Hoonhout, H.C. M. editors. (1999), Visual Information for Everyday Use: Design and Research Perspectives. London: Taylor & Francis.
O conceito de informação está relacionado com o significado. Se organizarmos um conteúdo para que possa ser usado, pelas pessoas, para atingirem os seus objectivos, isso é informação. A organização desses dados irá evocar um significado para o utilizador. Será o significado, ou a falta dele, que determinará o que é útil e o que é apenas ruído.
A transmissão da informação, ao receptor, é a comunicação. Como não usamos a telepatia (alguns dizem que usam) temos que usar suportes que permitam a passagem da informação de mente para mente. É aqui que entra o designer de comunicação… o carteiro (como lhe chamou Corto). O problema é conceber de forma a que a interacção, homem-design, seja óptima...
A área do design de informação está em franco crescimento. Este livro discute a metodologia e a investigação realizada sobre o design de comunicação para uso público. Nele podemos encontrar uma panorâmica sobre o estado da arte de diversas áreas do design de informação, acompanhadas de diversos estudos de caso. O livro tem o contributo de diversos especialistas mundiais, sobre esta área interdisciplinar, do design de informação. Entre eles encontram-se ergonomistas, designers, psicólogos, entre outros. Os seus contributos reflectem a riqueza, a diversidade de preocupações e de abordagens desta área. São focados tópicos como formulários, tabelas, gráficos, mapas, instruções, pictogramas e avisos. Se querem ser carteiros/designers eficazes, então comecem por ler este livro!
28 de novembro de 2005
Abaixo as pás
O fim-de-semana trouxe a neve a vários concelhos do distrito de Viseu e à Serra da Estrela. As previsões apontam para mais dias de neve. Os promotores turísticos já esfregam as mãos de contentamento, pois os Lisboetas (e arredores) costumam fazer “expedições” à Serra da Estrela para ver nevar!
Até é giro ver a paisagem toda branca, praticar “Sku” e fazer guerras de bolas neve… Pois é, mas quando neva, ela cai em todo o lado, mesmo onde não devia. Limpar a neve, dos passeios e pátios, para além de cansativo, pode trazer problemas graves como, quedas, lesões nas costas, pneumonias, ou pior…Para minorar um pouco a dificuldade desta tarefa foi inventado o Wovel, que pretende destronar as velhinhas pás. O Wovel é uma engenhoca que consiste numa roda com uma enorme pá na ponta. A ideia é usarmos o peso do corpo para empurrar a neve, e limpar o terreno rapidamente, poupando as costas.
Pessoalmente até gostava de experimentar esta engenhoca para remover alguns “desperdícios” que me aparecem, ás vezes, pela frente! Também já estou a imaginar alguém, a aplicar esta ideia numa bicicleta e, criar uma nova modalidade tipo Snow/BMX!!!!
27 de novembro de 2005
26 de novembro de 2005
Design Quotes
“Good design is the most important way to differentiate ourselves from our competitors.”
CEO Yun, Samsung Electronics Co.
CEO Yun, Samsung Electronics Co.
25 de novembro de 2005
O todo e as partes
Estes dois exemplos publicitários fizeram-me pensar sobre a percepção visual.
Lembrei-me dos psicólogos da Gestalt (palavra alemã que significa forma ou figura inteira) que defendem que a organização é uma característica essencial de toda a actividade cognitiva. Estes investigadores analisaram inúmeras qualidades da forma e propuseram algumas leis para explicar o modo como a percepção está organizada. Demonstraram, por exemplo, que objectos próximos entre si tendem a ser vistos como um todo (Lei da Proximidade); que quanto mais simétrica for uma região fechada, mais tende a ser vista como uma figura (Lei da Simetria); que quanto mais semelhantes forem os objectos, entre si, mais tendem a ser vistos como um todo (Lei da Semelhança) e que a organização que prevalece, do conjunto figura-fundo, é a que apresentar menores mudanças ou interrupções nas suas linhas (Lei da Boa Continuidade), entre outras.
Uma das ideias mais importantes da Teoria da Gestalt é que uma forma é perceptivamente sentida como uma gestalt intacta, coerente, um todo diferente da soma das suas partes. Isto significa que para percepcionar uma forma são mais importantes as relações, que se estabelecem entre os componentes das formas, do que os próprios elementos que a compõem.
Lembrei-me dos psicólogos da Gestalt (palavra alemã que significa forma ou figura inteira) que defendem que a organização é uma característica essencial de toda a actividade cognitiva. Estes investigadores analisaram inúmeras qualidades da forma e propuseram algumas leis para explicar o modo como a percepção está organizada. Demonstraram, por exemplo, que objectos próximos entre si tendem a ser vistos como um todo (Lei da Proximidade); que quanto mais simétrica for uma região fechada, mais tende a ser vista como uma figura (Lei da Simetria); que quanto mais semelhantes forem os objectos, entre si, mais tendem a ser vistos como um todo (Lei da Semelhança) e que a organização que prevalece, do conjunto figura-fundo, é a que apresentar menores mudanças ou interrupções nas suas linhas (Lei da Boa Continuidade), entre outras.
Uma das ideias mais importantes da Teoria da Gestalt é que uma forma é perceptivamente sentida como uma gestalt intacta, coerente, um todo diferente da soma das suas partes. Isto significa que para percepcionar uma forma são mais importantes as relações, que se estabelecem entre os componentes das formas, do que os próprios elementos que a compõem.
24 de novembro de 2005
O novo velho!
Um antigo transístor, de nome Regency TR-1, tem andado ultimamente nas bocas do mundo. Este pequeno rádio, fabricado em 1954, foi na sua época uma inovação muito popular, tendo sido o primeiro rádio de bolso a ser comercializado. Cabia na palma da mão, era alimentado por pilhas e estava disponível em diversas cores. O seu slogan era: "See it! Hear it! Get it!".
Até aqui tudo pacífico... até o responsável pela análise da tecnologia na BBC, John Ousby, levantar enorme polémica ao compará-lo ao novo iPod Mini da Apple. As semelhanças óbvias, entre ambos os aparelhos, criaram grande frisson, especialmente, entre a comunidade Mac. Apesar da grande discussão, Ousby acredita que as semelhanças são mera coincidência.
Coincidência ou não, a questão é pertinente. Será que os designers são vulneráveis à influência das boas soluções? Ou os clássicos são, de facto, uma inesgotável fonte de inspiração?
Sempre serve de consolo saber que, até os grandes criativos, foram/são influenciados pelos seus grandes mestres. Talvez se possa concluir que nada é totalmente novo, que tudo tem raízes algures…
Afinal o que é uma inovação?
23 de novembro de 2005
Lights of the Future 2006
O Concurso Europeu de Design Lights of the Future 2006 , destina-se a empresas de iluminação e a designers que queiram apresentar peças, na área da iluminação, inovadoras e ao mesmo tempo comercializáveis. Será realizado no certame Light & Building, em Frankfurt, em Abril de 2006, onde serão expostas as peças a concurso e serão entregues os prémios (5000€).
A ficha de inscrição deverá ser enviada para AIPI, até 6 de Dezembro.
aipi@aipi.pt
A ficha de inscrição deverá ser enviada para AIPI, até 6 de Dezembro.
aipi@aipi.pt
22 de novembro de 2005
Inteligência visual
Hoffman, Donald D. (2000) Inteligência Visual. Como criamos o que vemos. Rio de Janeiro: Editora Campus.
"Você é um génio criativo. Seu génio criativo é tão completo que parece, a si e aos outros, que é algo que se realiza sem esforço. No entanto, supera todos os esforços mais importantes dos mais velozes super computadores actuais. Para invocá-lo, você só precisa de abrir os olhos". Donald D. Hoffman
É assim que a editora apresenta este livro:
“Já conhecemos o QI há muito tempo, e estamos começando a valorizar a inteligência emocional, mas há ainda outra dimensão fundamental da inteligência que dá forma à nossa experiência, envolve aproximadamente metade do córtex cerebral, e passa amplamente despercebida: nossa inteligência visual. Num estilo informal, o cientista cognitivo Donald Hoffman apresenta a evidência científica que se impõe acerca dos poderes construtivos da visão – um conjunto de regras que governam nossa percepção de linha, cor, forma, profundidade e movimento.
Fartamente ilustrada e acessível, baseada nos avanços mais recentes da pesquisa da visão, a obra conclui que a visão não é meramente um produto da percepção passiva, ela é um processo inteligente de construção activa. O que vemos é, invariavelmente, aquilo que nossa inteligência visual constrói”.
Donald Hoffman é professor de ciência cognitiva, filosofia e ciência de computação na Universidade da Califórnia, Irvine, podem encontrar alguns exemplos curiosos, sobre esta temática na página pessoal de Donald D. Hoffman
"Você é um génio criativo. Seu génio criativo é tão completo que parece, a si e aos outros, que é algo que se realiza sem esforço. No entanto, supera todos os esforços mais importantes dos mais velozes super computadores actuais. Para invocá-lo, você só precisa de abrir os olhos". Donald D. Hoffman
É assim que a editora apresenta este livro:
“Já conhecemos o QI há muito tempo, e estamos começando a valorizar a inteligência emocional, mas há ainda outra dimensão fundamental da inteligência que dá forma à nossa experiência, envolve aproximadamente metade do córtex cerebral, e passa amplamente despercebida: nossa inteligência visual. Num estilo informal, o cientista cognitivo Donald Hoffman apresenta a evidência científica que se impõe acerca dos poderes construtivos da visão – um conjunto de regras que governam nossa percepção de linha, cor, forma, profundidade e movimento.
Fartamente ilustrada e acessível, baseada nos avanços mais recentes da pesquisa da visão, a obra conclui que a visão não é meramente um produto da percepção passiva, ela é um processo inteligente de construção activa. O que vemos é, invariavelmente, aquilo que nossa inteligência visual constrói”.
Donald Hoffman é professor de ciência cognitiva, filosofia e ciência de computação na Universidade da Califórnia, Irvine, podem encontrar alguns exemplos curiosos, sobre esta temática na página pessoal de Donald D. Hoffman
21 de novembro de 2005
Inteligência no estendal...
Não tem feito outro tempo, neste últimos dias, do que chover… Eu sei que a chuva faz bastante falta, mas que é aborrecido lá isso é! Especialmente para algumas tarefas que dependem do sol… como por a roupa a secar. Quantas vezes já nos aconteceu, perder imenso tempo a estender a roupa para, alguns minutos depois, ter de apanhar tudo a correr porque começou a chover? Tantas vezes que já aceitamos isso como uma fatalidade inevitável… ou não. Uma nova geração, de molas de roupa inteligentes, promete evitar que a sua roupa, recém lavada, apanhe chuva. Estas molas, que são capazes de prever o tempo, foram criadas por Oliver MacCarthy, um aluno finalista de design, da Universidade de Brunel. O recipiente das molas é sensível à pressão atmosférica e envia sinais eléctricos à mola que, em caso de chuva próxima (dentro de 30 min), se recusa a abrir. Desta forma não dá para pendurar a roupa no estendal...
Infelizmente o sistema não consegue proteger a roupa da chuva, depois de esta estar estendida, nem evitar que a roupa voe durante um forte temporal.
Infelizmente o sistema não consegue proteger a roupa da chuva, depois de esta estar estendida, nem evitar que a roupa voe durante um forte temporal.
20 de novembro de 2005
19 de novembro de 2005
Design quotes
“The greatest challenge to any thinker is stating the problem in a way that will allow a solution.” Bertrand Russel
18 de novembro de 2005
O 50º aniversário da Miffy!
O DESIGN MINIMALISTA ESTÁ DE PARABÉNS!
Esta é uma singela homenagem ao designer holandês Dick Bruna, de Utrecht, cujo trabalho, ainda hoje, marca o imaginário infantil. Dick Bruna escreveu e ilustrou mais de 100 livros, que estão traduzidos em mais de 40 línguas, tendo vendido mais de 80 milhões de cópias em todo o mundo.
Muitos de nós temos boas recordações de infância onde aparecem as suas personagens: o cão corajoso “Snuffy”, a pequena porquinha “Poppy”, o urso “Boris” e sua namorada “Bárbara” e, o mais popular, a coelhinha branca “Miffy”, que nasceu em 1955.
O sucesso do design de Bruna reside, provavelmente, na simplicidade da sua linguagem, nos seus contornos simples, no desenho bidimensional, no uso das cores primárias.
No site oficial de Dick Bruna podem encontrar jogos, miffy song, postais electrónicos e um pouco da história de Dick Bruna e das suas personagens.
Vale a pena passar alguns momentos a navegar neste espaço e apreciar esta atmosfera tão relaxante e tão pura… e tão distante dos nossos dias actuais!
Obrigada La, pela dica…;)
17 de novembro de 2005
Artista e designer
Em relação a este post, aqui fica uma espécie de condimento para ajudar (ou confundir) a discussão.
Este post foi gamado daqui. Mas o propietário desse blog é um gajo porreiro e não se chateia com estes gamanços!
O artista trabalha com a imaginação e o designer com a criatividade. A imaginação é uma faculdade de espírito capaz de criar imagens mentais diferentes da realidade, imagens essas que podem ser irrealizáveis em termos práticos. A criatividade por seu lado, é uma capacidade produtiva em que a razão e a imaginação operam em conjunto, e da qual, por conseguinte, resulta sempre algo realizável.Com a imaginação, o artista, vê o que pensa, vê se o quiser, a obra já concluída. Noutros casos pode até ir trabalhando a sua obra mantendo sempre em alerta a fantasia, que lhe vai sugerindo os passos a dar, até que em certa altura o artista “sente” que a obra está concluída. Recorrendo à criatividade, o designer, após analisar o problema, procura uma síntese dos dados fornecidos a fim encontrar a melhor solução, uma solução que se quer inovadora e inédita. Pode dizer-se até que o artista por vezes menospreza o público, trabalhando para si próprio, enquanto que o designer trabalha para o agrado da sociedade. O designer tem que ser compreendido pelo público, enquanto que o artista, no campo da arte pura, pode fazer o que entender sem ter que se preocupar com o receptor das suas obras.O sonho de um artista é ocupar um lugar num Museu. O sonho de um designer é ocupar um espaço numa loja ou parede do seu bairro.
Adaptado de “Artista e Designer”de Bruno Munari
Este post foi gamado daqui. Mas o propietário desse blog é um gajo porreiro e não se chateia com estes gamanços!
O artista trabalha com a imaginação e o designer com a criatividade. A imaginação é uma faculdade de espírito capaz de criar imagens mentais diferentes da realidade, imagens essas que podem ser irrealizáveis em termos práticos. A criatividade por seu lado, é uma capacidade produtiva em que a razão e a imaginação operam em conjunto, e da qual, por conseguinte, resulta sempre algo realizável.Com a imaginação, o artista, vê o que pensa, vê se o quiser, a obra já concluída. Noutros casos pode até ir trabalhando a sua obra mantendo sempre em alerta a fantasia, que lhe vai sugerindo os passos a dar, até que em certa altura o artista “sente” que a obra está concluída. Recorrendo à criatividade, o designer, após analisar o problema, procura uma síntese dos dados fornecidos a fim encontrar a melhor solução, uma solução que se quer inovadora e inédita. Pode dizer-se até que o artista por vezes menospreza o público, trabalhando para si próprio, enquanto que o designer trabalha para o agrado da sociedade. O designer tem que ser compreendido pelo público, enquanto que o artista, no campo da arte pura, pode fazer o que entender sem ter que se preocupar com o receptor das suas obras.O sonho de um artista é ocupar um lugar num Museu. O sonho de um designer é ocupar um espaço numa loja ou parede do seu bairro.
Adaptado de “Artista e Designer”de Bruno Munari
Ainda faço parte deste blog!
Se calhar era bom eu postar alguma coisa inteligente, não?
Tenho andado desaparecido, mas prometo que isto vai mudar!
Digo tanta treta nas aulas que depois falta-me inspiração para escrever...
Tenho andado desaparecido, mas prometo que isto vai mudar!
Digo tanta treta nas aulas que depois falta-me inspiração para escrever...
Bad design: fritadeira
Pela primeira vez, neste blog, temos um post proposto por uma aluna de design. A Helena Ferreira trouxe-nos uma fritadeira que é um verdadeiro exemplo de mau design. Podemos constatar, pelas fotos que apresenta, que são diversos e graves os erros existentes, tal como passamos a identificar:
1 – O botão de comando possui 3 posições específicas, para três tipos de fritura, mas essas características são ilustradas unicamente com pictogramas. Como sabemos, os pictogramas não são uma solução universal, pelo que, seria útil a transmissão redundante da informação através de texto (no caso de dúvidas, só nos resta consultar o manual de instruções). Este botão não inclui a função “on-off, que também não existe em mais lado algum, pelo que a fritadeira apenas pode ser ligada e desligada com o cabo de corrente. Seria desejável a introdução de um botão, ou uma posição, para esta função.
2, 3, 4 – A tampa possui uma pequena reentrância, na frente, para a sua abertura mas, devido à sua reduzida dimensão, torna-se muito difícil o seu uso (sobretudo para aqueles com problemas articulares, pouca coordenação motora ou mãos grandes). Ao abrir a tampa, usando esta pega frontal, o braço do utilizador fica exposto directamente aos vapores escaldantes do óleo, podendo sofrer queimaduras.
5 – Existe uma pega, nas traseiras da fritadeira, que supostamente deve ser o sistema de abertura da tampa preferido (para evitar o referido nos pontos anteriores). Porém, aquilo que se constata é que esta pega não possui dimensão suficiente para funcionar correctamente. Para além disso, estando colocada atrás da fritadeira obriga a rodar o aparelho para lhe aceder, ou então, ao uso do aparelho posicionado lateralmente na bancada.
6 – A tampa possui umas ranhuras para saída do vapor do óleo, mas não permite qualquer visualização do seu interior, pelo que, para acompanhar a evolução da fritura temos que abrir a tampa.
7 – O contentor do óleo não é destacável da fritadeira, pelo que as tarefas de vazar o óleo usado e lavar a cuba ficam seriamente comprometidas.
8 – Não existe qualquer encaixe que permita colocar o cesto em suspensão, para o encher ou para escorrer o óleo dos alimentos fritos.
Como é possível um aparelho destes ter sido comercializado?...Temos a obrigação de desenvolver o nosso espírito crítico e capacidade de análise, como designers, ou como consumidores, para que não desperdicemos o nosso dinheiro em objectos que nos aborrecem, nos colocam em perigo e nos fazem sentir defraudados.
Recomenda-se, ao fabricante, que contrate, URGENTEMENTE, um bom designer!!! (posso recomendar alguns).
Obrigado Helena por nos teres dado esta oportunidade... pois este é um exercício que se deve fazer diariamente...
1 – O botão de comando possui 3 posições específicas, para três tipos de fritura, mas essas características são ilustradas unicamente com pictogramas. Como sabemos, os pictogramas não são uma solução universal, pelo que, seria útil a transmissão redundante da informação através de texto (no caso de dúvidas, só nos resta consultar o manual de instruções). Este botão não inclui a função “on-off, que também não existe em mais lado algum, pelo que a fritadeira apenas pode ser ligada e desligada com o cabo de corrente. Seria desejável a introdução de um botão, ou uma posição, para esta função.
2, 3, 4 – A tampa possui uma pequena reentrância, na frente, para a sua abertura mas, devido à sua reduzida dimensão, torna-se muito difícil o seu uso (sobretudo para aqueles com problemas articulares, pouca coordenação motora ou mãos grandes). Ao abrir a tampa, usando esta pega frontal, o braço do utilizador fica exposto directamente aos vapores escaldantes do óleo, podendo sofrer queimaduras.
5 – Existe uma pega, nas traseiras da fritadeira, que supostamente deve ser o sistema de abertura da tampa preferido (para evitar o referido nos pontos anteriores). Porém, aquilo que se constata é que esta pega não possui dimensão suficiente para funcionar correctamente. Para além disso, estando colocada atrás da fritadeira obriga a rodar o aparelho para lhe aceder, ou então, ao uso do aparelho posicionado lateralmente na bancada.
6 – A tampa possui umas ranhuras para saída do vapor do óleo, mas não permite qualquer visualização do seu interior, pelo que, para acompanhar a evolução da fritura temos que abrir a tampa.
7 – O contentor do óleo não é destacável da fritadeira, pelo que as tarefas de vazar o óleo usado e lavar a cuba ficam seriamente comprometidas.
8 – Não existe qualquer encaixe que permita colocar o cesto em suspensão, para o encher ou para escorrer o óleo dos alimentos fritos.
Como é possível um aparelho destes ter sido comercializado?...Temos a obrigação de desenvolver o nosso espírito crítico e capacidade de análise, como designers, ou como consumidores, para que não desperdicemos o nosso dinheiro em objectos que nos aborrecem, nos colocam em perigo e nos fazem sentir defraudados.
Recomenda-se, ao fabricante, que contrate, URGENTEMENTE, um bom designer!!! (posso recomendar alguns).
Obrigado Helena por nos teres dado esta oportunidade... pois este é um exercício que se deve fazer diariamente...
16 de novembro de 2005
Designers à conversa
Hoje decorre uma palestra com o tema: “O Designer Face à Sociedade”, no Porto, no Auditório Soares dos Reis, pelas 21.30h.
Estas palestras são promovidas pela Associação Portuguesa de Designers (APD), sob a designação de "Designers à Conversa".
As duas primeiras "conversas" já aconteceram (a primeira ocorreu no dia 28 de Setembro e teve como tema – "Jovens Designers: Como começar no Mercado de Trabalho”, e a segunda, que ocorreu no dia no dia 26 de Outubro, teve como tema – “O Ensino e o Designer. Comunicar o Design”), mas ainda vão a tempo de assistir às restantes. A tomar nota, os próximos temas serão:
- “O Estatuto Profissional do Designer”, no dia14 de Dezembro – Lisboa, SNBA ás 21h30.
- “O Designer e a Actividade Associativa” no dia 25 de Janeiro de 2006 – Lisboa, SNBA ás 21h30.
Eis uma iniciativa louvável, que visa proporcionar uma melhor perspectiva a quem se inicia na profissão, mas que Infelizmente passou despercebida a muita gente.
Estas palestras são promovidas pela Associação Portuguesa de Designers (APD), sob a designação de "Designers à Conversa".
As duas primeiras "conversas" já aconteceram (a primeira ocorreu no dia 28 de Setembro e teve como tema – "Jovens Designers: Como começar no Mercado de Trabalho”, e a segunda, que ocorreu no dia no dia 26 de Outubro, teve como tema – “O Ensino e o Designer. Comunicar o Design”), mas ainda vão a tempo de assistir às restantes. A tomar nota, os próximos temas serão:
- “O Estatuto Profissional do Designer”, no dia14 de Dezembro – Lisboa, SNBA ás 21h30.
- “O Designer e a Actividade Associativa” no dia 25 de Janeiro de 2006 – Lisboa, SNBA ás 21h30.
Eis uma iniciativa louvável, que visa proporcionar uma melhor perspectiva a quem se inicia na profissão, mas que Infelizmente passou despercebida a muita gente.
15 de novembro de 2005
Arte ou Design? eis a velha questão...
Calvera, Anna (Ed.) (2003),
Arte? Diseño? Barcelona: Editorial Gustavo Gilli.
“Nuevos capítulos en una polémica que viene de lejos”… É assim que começa este pequeno livro, muito interessante, que pretende ser um espaço de reflexão sobre a relação do design com a arte. Esta é uma questão inerente, pertinente e inevitável para o design. Neste livro é dado especial relevo à área do design gráfico (visual) e suas ténues fronteiras com a arte. Os capítulos são redigidos por diversas personalidades da área do design e das artes plásticas, de todo o mundo, como Bruno Munari, Yves Zimmermann, Óscar Salinas, Roxana Meygide, Francisco Providência, entre outros.
A não perder... infelizmente só disponível na lingua de nuestros hermanos.
Arte? Diseño? Barcelona: Editorial Gustavo Gilli.
“Nuevos capítulos en una polémica que viene de lejos”… É assim que começa este pequeno livro, muito interessante, que pretende ser um espaço de reflexão sobre a relação do design com a arte. Esta é uma questão inerente, pertinente e inevitável para o design. Neste livro é dado especial relevo à área do design gráfico (visual) e suas ténues fronteiras com a arte. Os capítulos são redigidos por diversas personalidades da área do design e das artes plásticas, de todo o mundo, como Bruno Munari, Yves Zimmermann, Óscar Salinas, Roxana Meygide, Francisco Providência, entre outros.
A não perder... infelizmente só disponível na lingua de nuestros hermanos.
14 de novembro de 2005
Terei o peso ideal?
O que é o Índice de Massa Corporal (IMC)?
O IMC é um método, fácil, para obter uma indicação se está abaixo do peso, no peso ideal, acima do peso ou obeso. É apenas uma indicação, não é totalmente rigoroso...
A fórmula para calcular o Índice de Massa Corporal é:
IMC = peso / (altura)2
Como sei se estou com o peso ideal?
A Organização Mundial de Saúde usa um critério simples de categorização:
IMC em adultos
abaixo do peso: abaixo de 18,5
no peso normal: entre 18,5 e 25
acima do peso: entre 25 e 30
obeso: acima de 30
Podem calcular o vosso IMC no site: emagreça com saúde
The "Big-Shoe" is watching you!
“As estatísticas dizem que, a nível nacional, 31,5% das crianças entre os 9 e os 16 anos são obesas ou sofrem de excesso de peso. E daqui sobressai uma conclusão: é preciso agir. Caso contrário, a já ameaçada esperança média de vida destes miúdos vai ser ainda mais curta do que aquela que a geração dos pais tem neste momento” in Médicos de Portugal
Gillian Swan é aluna de Design, da Universidade de Brunel, em Londres, e decidiu por o design ao serviço da saúde pública ao criar os “square-eyes”, que são uma inovação que pretende combater os efeitos do sedentarismo. Abaixo os corpos e mentes quadrados, é o lema destes sapatos que têm um pedómetro embutido na sola. Este dispositivo conta os passos do seu utilizador e, através de um pequeno transmissor, envia os dados para o televisor lá de casa. O que é que isto tem fantástico? É que o televisor só permanecerá ligado durante o mesmo tempo que o indivíduo gastou em actividade física…
Pois é, embora a autora tenha direccionado o seu projecto para o combate à obesidade infantil, eu acho que ele pode ser útil a muita gente adulta.
Em todo o mundo existem 300 milhões de obesos e em Portugal são 1,5 milhão!!!
13 de novembro de 2005
12 de novembro de 2005
Design quotes
“Like all forms of design, visual design is about problem solving, not about personal preference or unsupported opinion.”
Bob Baxley, 2003
Bob Baxley, 2003
11 de novembro de 2005
Tecnologias de informação e comunicação sem barreiras
Todos estamos de acordo sobre a importância da usabilidade e acessibilidade para a melhoria das condições de vida das populações. Porém, demonstrar alguma sensibilidade não basta. Como designers compete-nos lutar, activamente, contra a “info-exclusão” ou a “e-exclusão” (exclusão do mundo das tecnologias de informação e comunicação). O primeiro passo deve ser, exactamente, na realização de projectos que respeitem as orientações de usabilidade e acessibilidade existentes.
O problema não é encontrar erros no nosso projecto, o problema é não reconhecer a necessidade de os corrigir…e não saber como corrigi-los.
Para superar esta dificuldade, existem diversas ferramentas, gratuitas na Net, que permitem avaliar a acessibilidade dos conteúdos da Web. Um dos avaliadores clássicos, e o mais famoso, é o Bobby, que está disponível no site da WatchFire. Podem encontrá-lo com o nome WebXact da WatchFire, ou no site da acesso, entre outros recursos semelhantes.
As recomendações da W3C's Web Content Accessibility podem ser consultadas , em português, numa tradução realizada pela Universidade de Trás os Montes e Alto Minho e que é parte integrante do MANUAL DIGITAL . Este manual digital é uma ajuda preciosa para estes casos, pois reúne programas na área da acessibilidade (ao computador e à Internet) e ergonomia. A vantagem é que estão incluídas explicações muito simples e ferramentas que, na grande maioria, estão disponíveis gratuitamente on-line.
O símbolo da acessibilidade (fechadura), criado pelos Estúdios Stormship de Boston, Massachusetts, deve ser aplicado nos sítios Web que contêm funcionalidades de acessibilidade que vão ao encontro das necessidades dos utilizadores com deficiências. A utilização do símbolo é gratuita, pelo que, não nos fornece nenhuma garantia que a sua aplicação é adequada. É por isso fundamental que os cibernautas tenham um espírito crítico, denunciando eventuais usos indevidos, mas também estimulando a correcção dos erros detectados e sugerindo eventuais modificações.
Antes de afixar o símbolo de acessibilidade, devem pedir à equipa do Programa ACESSO da UMIC que verifique a acessibilidade do site. Dessa forma, para além da certeza de que cumprem os requisitos necessários para ostentar o símbolo de acessibilidade, passam também a figurar na Galeria da Acessibilidade Web.
Somos designers, e também utilizadores, profissionais ou "experts", não podemos continuar a alimentar a imagem de criativos ao serviço da especulação, da moda, da estética e do "giro"...
O problema não é encontrar erros no nosso projecto, o problema é não reconhecer a necessidade de os corrigir…e não saber como corrigi-los.
Para superar esta dificuldade, existem diversas ferramentas, gratuitas na Net, que permitem avaliar a acessibilidade dos conteúdos da Web. Um dos avaliadores clássicos, e o mais famoso, é o Bobby, que está disponível no site da WatchFire. Podem encontrá-lo com o nome WebXact da WatchFire, ou no site da acesso, entre outros recursos semelhantes.
As recomendações da W3C's Web Content Accessibility podem ser consultadas , em português, numa tradução realizada pela Universidade de Trás os Montes e Alto Minho e que é parte integrante do MANUAL DIGITAL . Este manual digital é uma ajuda preciosa para estes casos, pois reúne programas na área da acessibilidade (ao computador e à Internet) e ergonomia. A vantagem é que estão incluídas explicações muito simples e ferramentas que, na grande maioria, estão disponíveis gratuitamente on-line.
O símbolo da acessibilidade (fechadura), criado pelos Estúdios Stormship de Boston, Massachusetts, deve ser aplicado nos sítios Web que contêm funcionalidades de acessibilidade que vão ao encontro das necessidades dos utilizadores com deficiências. A utilização do símbolo é gratuita, pelo que, não nos fornece nenhuma garantia que a sua aplicação é adequada. É por isso fundamental que os cibernautas tenham um espírito crítico, denunciando eventuais usos indevidos, mas também estimulando a correcção dos erros detectados e sugerindo eventuais modificações.
Antes de afixar o símbolo de acessibilidade, devem pedir à equipa do Programa ACESSO da UMIC que verifique a acessibilidade do site. Dessa forma, para além da certeza de que cumprem os requisitos necessários para ostentar o símbolo de acessibilidade, passam também a figurar na Galeria da Acessibilidade Web.
Somos designers, e também utilizadores, profissionais ou "experts", não podemos continuar a alimentar a imagem de criativos ao serviço da especulação, da moda, da estética e do "giro"...
10 de novembro de 2005
Lillian Moller Gilbreth
Lillian Moller Gilbreth(1878-1972) é considerada, por alguns, a primeira ergonomista da história. Esta mulher, que trabalhou até aos 90 anos, mãe de 12 filhos, destacou-se pela sua tenacidade e vontade de vencer num mundo hostil para as mulheres. Foi investigadora, professora, consultora para a indústria e para o governo. Gilbreth estudou literatura inglesa, mas a sua grande paixão de sempre foi a psicologia, área na qual obteve o doutoramento em 1915.
Lillian dedicou grande parte da sua vida a estudar a “melhor forma” de desempenhar uma tarefa, para aumentar a eficiência e a produtividade na indústria. As suas propostas científicas foram aplicadas na empresa do seu marido, mas também na sua própria casa, transformando-a numa mini-industria. Os Gilbreth filmavam, planeavam e controlavam as actividades domésticas e o orçamento familiar, para posterior análise das estratégias escolhidas, tentando optimizar os processos.
Na sua dissertação de doutoramento – Psychology of Management – Lillian defendeu a importância das relações humanas e das diferenças individuais, psicológicas e fisiológicas, entre trabalhadores. As noções de justiça e felicidade também foram incluídas nas suas análises e interpretação da gestão científica.
O que torna as ideias de Gilbreth tão especiais é o facto de ter sido a primeira a integrar a psicologia na gestão industrial.
As ideias de Gilbreth também foram aplicadas noutros contextos, fora da indústria, por exemplo desenvolveu técnicas cirúrgicas mais eficazes e métodos de reabilitação de pessoas com handicaps físicos. Durante a Grande Depressão ajudou o presidente Hoover a encontrar soluções de emprego e durante a II Guerra Mundial foi consultora do governo, ajudando a pensar as bases militares e as indústrias de armamento. Mas Gilbreth continuou sempre o seu estudo da melhoria das condições de trabalho das donas de casa americanas, tentando encontrar formas de poupar tempo e energia nas tarefas domésticas.
Algumas das suas criações são o balde do lixo com tampa de pedal e as prateleiras dentro das portas do frigorífico.
Lillian dedicou grande parte da sua vida a estudar a “melhor forma” de desempenhar uma tarefa, para aumentar a eficiência e a produtividade na indústria. As suas propostas científicas foram aplicadas na empresa do seu marido, mas também na sua própria casa, transformando-a numa mini-industria. Os Gilbreth filmavam, planeavam e controlavam as actividades domésticas e o orçamento familiar, para posterior análise das estratégias escolhidas, tentando optimizar os processos.
Na sua dissertação de doutoramento – Psychology of Management – Lillian defendeu a importância das relações humanas e das diferenças individuais, psicológicas e fisiológicas, entre trabalhadores. As noções de justiça e felicidade também foram incluídas nas suas análises e interpretação da gestão científica.
O que torna as ideias de Gilbreth tão especiais é o facto de ter sido a primeira a integrar a psicologia na gestão industrial.
As ideias de Gilbreth também foram aplicadas noutros contextos, fora da indústria, por exemplo desenvolveu técnicas cirúrgicas mais eficazes e métodos de reabilitação de pessoas com handicaps físicos. Durante a Grande Depressão ajudou o presidente Hoover a encontrar soluções de emprego e durante a II Guerra Mundial foi consultora do governo, ajudando a pensar as bases militares e as indústrias de armamento. Mas Gilbreth continuou sempre o seu estudo da melhoria das condições de trabalho das donas de casa americanas, tentando encontrar formas de poupar tempo e energia nas tarefas domésticas.
Algumas das suas criações são o balde do lixo com tampa de pedal e as prateleiras dentro das portas do frigorífico.
9 de novembro de 2005
O poder da mente
M473M471C0 (53N54C1ON4L):
4S V3235 3U 4C0RD0 M310 M473M471C0
D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 M3 P0NH0 4 P3N54R 3M NUM3R05,
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 R4C10N4L.
540 5373 D1550, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505
H1NDU-4R481C05
Pode não resultar à primeira, mas ao fim de várias leituras o texto fica compreensível.
Fantástico, não é? Mais fantástico é saber porque isto acontece!
Isso fica para uma próxima...
4S V3235 3U 4C0RD0 M310 M473M471C0
D31X0 70D4 4 4857R4Ç40 N47UR4L D3 L4D0
3 M3 P0NH0 4 P3N54R 3M NUM3R05,
C0M0 53 F0553 UM4 P35504 R4C10N4L.
540 5373 D1550, N0V3 D4QU1L0...
QU1N23 PR45 0NZ3...
7R323N705 6R4M45 D3 PR35UNT0...
M45 L060 C410 N4 R34L
3 C0M3Ç0 4 F423R V3R505
H1NDU-4R481C05
Pode não resultar à primeira, mas ao fim de várias leituras o texto fica compreensível.
Fantástico, não é? Mais fantástico é saber porque isto acontece!
Isso fica para uma próxima...
8 de novembro de 2005
Introduction to ergonomics
Bridger, Robert S. (2003). Introduction to Ergonomics. 2ª edição. CRC Press. ISBN: 0415273781
O livro Introduction to Ergonomics foi revisto e melhorado numa nova edição mas, tal como o nome indica, continua a ser um livro de introdução à ergonomia, aos seus princípios fundamentais e suas áreas de intervenção. Os capítulos iniciais do livro apresentam os fundamentos da anatomia e fisiologia o que permite, ao leitor leigo, compreender os conteúdos apresentados com facilidade. O livro aborda tópicos como a antropometria, biomecânica, design de postos de trabalho, trabalho em escritórios, manuseamento e transporte de cargas, fadiga e stress, design de displays e comandos, ergonomia cognitiva, interacção homem-máquina, sistemas de informação, erro humano, organização do trabalho, entre outros.
É um livro de referência para estudantes, professores ou formadores.
Pessoalmente, acho que é um óptimo livro, apesar de não ter ainda visto a nova edição...
Concurso de design inclusivo
A Handitec francesa promove um concurso, internacional, de inovação. Este concurso destina-se a todos os profissionais e estudantes de arquitectura, design, artes aplicadas e electrónica, que apresentem um projecto que possa facilitar a vida de pessoas com incapacidades motoras, cegos ou amblíopes.
Se a temática não é suficiente para vos cativar, talvez o valor do prémio o faça: 5500€
A data limite de envio da documentação é 1 de Março de 2006: handitec2@handitec.com
Se a temática não é suficiente para vos cativar, talvez o valor do prémio o faça: 5500€
A data limite de envio da documentação é 1 de Março de 2006: handitec2@handitec.com
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